Em mais um bom final de semana para o Hipismo brasileiro, Carlos Parro, montando Goliath, garantiu vaga na modalidade Concurso Completo de Equitação para as Olimpíadas de Tóquio 2021. O conjunto participou, de 30 de abril a 2 de maio, do CCI4*-L Stregom na Polônia.
Ao lado do sela holandês de apenas 10 anos, Carlos Parro garantiu o segundo índice olímpico exigido para a qualificação. Portanto, agora está tecnicamente habilitado para Jogos Olímpicos marcados para julho no Japão.
Na oportunidade, Carlos Parro e Goliath (foto de chamada) fecharam o Adestramento com -34,6 pontos perdidos (pp). Em seguida, fizeram um percurso seguro e sem faltas no Cross, com 26 pp por estourar o tempo. Por fim, no Salto cometeram duas faltas, 8 pp. Ao todo, fecharam com 70,5 pp na 14ª colocação.
O primeiro índice da dupla foi no CCI4*S em Barroca de Alva, em Portugal, em novembro de 2020. Radicado na Inglaterra há 20 anos, Cacá, 41 anos, integrou o Time medalha de prata e foi bronze individual no Pan Lima 2019.
Com vasta experiência em provas desse nível, também foi bronze por equipe no Pan Rio 2007, prata por equipe no Pan Toronto 2015. E ainda integrou o Time Brasil na Rio 2016 e defendeu o Brasil no individual em Sydney 2000.
Vagas no CCE
Candidatos a uma vaga no Time Brasil de Concurso Completo de Equitação nos Jogos Olímpicos de Tóquio precisam garantir índices técnicos entre 1° de janeiro de 2019 e 21 junho de 2021. Um em CCI5*-Longo; ou um índice técnico em CCI4*-Longo e em um CCI4* – Curto.
A fim de obter esse índice técnico, o conjunto tem que registrar o mínimo de 55% no Adestramento; zerar ou 11 pontos perdidos nos obstáculos no Cross, e não mais que 75 segundos de excesso tempo (100 segundos em CCI5*L); e no Salto não mais que 16 pontos perdidos.
Com o segundo índice de Carlos Parro, ele se junta a Rafael Losano, também em atividade na Inglaterra, Nilson Moreira Leite, radicado nos Estados Unidos, e a Marcio Appel, em atividade no Brasil e Europa. Todos estão tecnicamente qualificados para os Jogos.
Marcelo Tosi, com Genfly, Marcio Carvalho Jorge, com Joly Jumper, Ruy Fonseca Filho, com Ballypatrick SRS têm um índice cada. Marcio e Ruy residem na Inglaterra e também estiveram a postos no CCI4*-L Stregom.
Ruy e Ballypatrick SRS não foram para o Cross. Marcio, com Joly Jumper, que fez o primeiro índice em 18 de abril na Inglaterra, não concluiu o Cross. Marcelo, em atividade no Brasil, busca seu retorno para a Inglaterra. É lá que está seu cavalo Genfly.
Mas, o competidor enfrenta dificuldades devido às restrições de viagem em função da pandemia da Covid-19. Iberon JMen, montaria de Marcio Appel, também está na Inglaterra. Dessa forma, o cavaleiro estudao a melhor logística para entrar no país nessa reta final de preparação para os Jogos Olímpicos.
Mundial de Enduro Equestre 2021
Equipe brasileira de Enduro Equestre vive expectativas para o Mundial de Enduro em Pisa, Itália. A apreensão fica por conta dos problemas com a entrada na Europa. Desse modo, o que se espera agora é que todos cheguem à Itália, diante de todas as restrições impostas ao Brasil pela crise sanitária.
O Mundial de Enduro Equestre 2021 acontece dias 21 e 22 de maio, no parque de San Rossore. Na programação, dia 21 acontece a primeira inspeção veterinária e em 22 começa a disputa de 160 km. A saber, percorrida pelo mesmo cavalo e cavaleiro em um único dia.
O evento por si só sofreu incertezas sobre sua realização. Contudo, a Federação Equestre Internacional abriu as inscrições e o Brasil é uma das 24 nações participantes. Time formado por Felipe Morgulis (com Saiph SBV), André Vidiz (com Chambord Endurance), Renato Salvador (com Uzes Trio), e Rodrigo Barreto (com Koheilan Elvira P).
Apesar das dificuldades, Morgulis já se encontra na Itália e está animado para a disputa. Antes de mais nada, a Comissão de Enduro da CBH está ciente de que será um Mundial diferente de outros anos por conta de todos os novos protocolos impostos pela pandemia.
Fonte: Assessoria de Imprensa CBH e Isabella Campedelli
Crédito da foto de chamada: Reprodução/Instagram