O Adestramento Paraequestre teve sua última competição na Paralimpíada de Tóquio na segunda-feira (30/08), com a prova Estilo Livre (Freestyle) que reuniu 40 conjuntos que ficaram entre os oito melhores resultados nos cinco graus em que se divide a modalidade. Dessa forma, quem representou o Brasil foi Rodolpho Riskalla montando Don Henrico, conjunto do Grau IV e prata na prova técnica na quinta-feira, 26.
Freestyle
O cavaleiro paulista ficou entre os top 5 no Freestyle, prova com coreografia livre e música, registrando a nota 74,070%. Contudo, a apresentação do conjunto teve alguns momentos de tensão a galope, prejudicando o desempenho e o sonho de uma segunda medalha.
“No trote e passo fomos super bem e no galope o Don Henrico esquentou um pouco. Aí ele demora um pouco para acalmar de novo, as figuras são próximas e com a tensão perdemos um pouco em harmonia. Não podemos falar que foi ruim, ficamos em 5º e temos uma medalha de prata. Continua todo mundo feliz e prontos para próxima: daqui a um ano no Mundial”, comentou Riskalla.
No Grau IV o resultado do pódio no Freestyle teve a holandesa Sanne Voets montando Demantur conquistando novamente o ouro (82.085%) assim como a belga Manon Claeys / San Dior 2 (75.680%) o bronze. Já a prata ficou com a sueca Louise Etzner Jakobsson / Goldstrike B.J. (75.935%). Sannne Voets também foi ouro individual na Rio 2016.
Atletas Brasil
Bem como, o outro representante brasileiro no Adestramento Paraequestre, Sérgio Froés Oliva montando Milenium, no Grau I, ficou em 10º entre 18 competidores na prova técnica na sexta-feira, 27, com a boa média de 69,643%, mas não avançou para o Freestyle. O cavaleiro brasiliense de 39 anos e equipe, no entanto, ficaram felizes com o resultado e comemoraram a evolução rápida do conjunto recém-formado.
Dono de dois bronzes nos Jogos do Rio 2016 e campeão mundial em 2007 em Hartpury, na Inglaterra, Sérgio estava sem competir internacionalmente desde o início de 2020 em razão da pandemia da Covid-19. “Estamos bem felizes com o resultado. O Sérgio e o Milenium evoluíram muito rápido saindo de um percentual 61% há um mês e meio para quase 70%”, destacou Marcela Parsons, diretora de Paraequestre da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e treinadora do cavaleiro.
“Encerro minha estadia no Japão com grande aprendizado foi uma vitória o que fizemos em pista na competição mais difícil que já participei. A equipe do Brasil está de parabéns pelo resultado. Eu, particularmente, acredito que fiz 100% do possível”, disse Sérgio, que garantiu sua 4ª participação olímpica consecutiva em Tóquio.
Equipes
A disputa por equipe, definida no sábado, 28, reuniu 15 nações, em que a Grã-Bretanha confirmou o favoritismo conquistando o ouro por equipe em um total de oito medalhas, com dois ouros individuais, três pratas e dois bronzes. Assim como, a Holanda faturou a prata em um total de seis medalhas com dois ouros, uma prata e dois bronzes na disputa individual. Os Estados Unidos ficaram com o bronze, além de dois ouros individuais.
Dos 27 países representados no Adestramento Paraequestre em Tóquio, 11 voltaram para casa com medalhas: Grã-Bretanha (7), Holanda (5), Bélgica (4), Estados Unidos (3); com duas medalhas ficaram a Dinamarca, Latvia, Áustria e Itália, e com uma medalha a Alemanha, Noruega e o Brasil.
Histórico
Então, o Brasil soma agora cinco medalhas no adestramento paralímpico. Dois bronzes Marcos Fernandes Alves, o Joca, em Pequim 2008 e outros dois com Sergio Froes Oliva na Rio 2016 e inédita prata de Rodolpho Riskalla em Tóquio.
Por fim, o quadro completo de medalhas do Adestramento Paraesquestre Tóquio 2020 pode ser conferido no site da CBH.
Fonte: CBH
Credito das imagens: Divulgação/Wander Roberto – CPB