Os Jogos Olímpicos de Tóquio seguem a todo vapor e o cavaleiro, João Victor Macari Oliva tem muito o que comemorar. O brasileiro se despede das Olimpíadas com o registro da nota 70,419%, superando seu próprio recorde de 68,071% na Rio 2016. Além de notas acima de 70% na avaliação de cinco juízes em Tóquio, fazendo da participação do cavaleiro paulista o melhor resultado do Brasil no Hipismo Adestramento em Olimpíadas.
Contudo, João Victor Oliva só não superou a melhor colocação do país, o 25º lugar conquistado pelo Cel. Sylvio Marcondes de Rezende montano Othelo nos Jogos de Munique em 1972. Na ocasião, participaram 33 competidores, conforme informações do Comitê Olímpico Internacional (COI). Porém, em Tóquio, 59 conjuntos de 30 países disputaram o Grand Prix, dos quais somente 18 vão para a final individual.
João Victor Oliva
Apesar de ser o único representante do país na modalidade, o jovem talento nacional, João Victor, de 25 anos, entrou em pista com leveza. Bem como teve apresentação elogiada por juízes, imprensa especializada internacional e amantes do Adestramento pelo mundo afora.
“Fui o primeiro atleta do hipismo a entrar em pista (e o primeiro atleta brasileiro na vila olímpica). Fizemos uma boa prova, meu cavalo esteve bem e estou super contente. O Escorial esteve disponível, escutando as ajudas e tranquilo. Estou muito feliz. Tem coisas para melhorar. Tivemos um errinho no meio da prova, mas mesmo assim o resultado foi bom. Agora quero me entrosar cada vez mais com ele, pois temos pouco tempo juntos e vamos melhor cada vez mais para representar o Brasil nos próximos desafios”, destaca o cavaleiro.
De acordo com a chefe de equipe Sandra Smith de Oliveira Martins, houve uma evolução da modalidade, resultado do cavaleiro e novos objetivos. “Tivemos um bom resultado na Rio 2016, fomos medalha nos Pans de Toronto e Lima e agora tivemos esse grande resultado do João em Tóquio. Foi um trabalho sério e responsável. O João é um atleta maravilhoso, sua equipe é fantástica, um time muito bom e eficiente, o que facilita tudo. Agora vamos focar na formação de uma equipe nos Jogos Equestres Mundiais de 2022, na Dinamarca”.
Trajetória rumo a Tóquio
Estabelecido na Europa desde 2014, primeiro na Alemanha, João Victor retornou então ao Brasil no início de 2019. O brasileiro buscava vaga na equipe que conquistou o bronze no Pan de Lima. Então, logo depois da conquista no Pan se estabeleceu em Portugal, e em setembro de 2020 foi convidado a integrar um projeto olímpico idealizado pelo grupo JRME Horse Campline. Projeto que reservou para o cavaleiro um dos cavalos de sua propriedade, Escorial Horsecampline, garanhão Puro Sangue Lusitano de 12 anos.
João Victor montou Escorial pela primeira vez em setembro, dois meses depois o conjunto fez a estreia internacional no CDI3* de Alter do Chão, em Portugal. Na ocasião, o conunto registrou o primeiro índice olímpico. Bem como, outros dois índices foram registrados em concursos internacionais em Portugal e na França, e a melhor média apresentada pelo conjunto entre os concorrentes do país garantiu a vaga em Tóquio.
Decisão de pódios por equipes e individual
Forte candidata a conquistar a 14ª medalha de ouro por equipe, a Alemanha lidera a lista dos oito países classificados para a disputa por equipes nesta terça-feira (27), a partir das 17h (05h no horário brasileiro). Juntam-se à favorita Alemanha, Grã-Bretanha, Espanha, Estados Unidos, Dinamarca, Holanda, Portugal e Suécia. A prova que define o pódio é o Grand Prix Special que desta vez será com música escolhida pelo atleta e os países participantes entram com a pontuação zerada.
Por fim, a definição do pódio individual acontece na quarta-feira, 28, a partir das 17h30 (05h30 no Brasil) no Grand Prix Freestyle, prova com coreografia livre e música. Participam da disputa os 18 melhores classificados do Grand Prix, em que se habilitaram à vaga os dois melhores conjuntos de cada um dos seis grupos, mais os seis melhores da classificação geral.
Fonte: CBH
Credito da foto: Divulgação/Luis Ruas – CBH