A Federação Equestre Internacional aprovou uma mudança significativa em seu regulamento que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026. A tradicional política de tolerância zero ao sangramento de cavalos em competições, que previa eliminação imediata diante de qualquer vestígio de sangue, será substituída por um sistema de penalidades graduais, com advertências formais, avaliações veterinárias obrigatórias e punições em casos de reincidência.
Até o encerramento da temporada de 2025, a simples presença visível de sangue no cavalo durante uma prova, seja na boca, no nariz, nos flancos ou em decorrência do uso de espora ou chicote, resultava automaticamente na eliminação do conjunto. Em situações consideradas excepcionais, como quando o próprio animal mordia a língua, era permitida a limpeza da área, mas qualquer novo sangramento identificado após esse procedimento levava à desclassificação.
Com a nova regra, a primeira infração relacionada à presença de sangue resultará no registro de uma advertência oficial, além da realização de exame veterinário obrigatório. Caso o cavalo seja considerado apto, o conjunto poderá seguir na competição. Uma segunda infração dentro de um período de 12 meses implicará nova advertência, aplicação de multa e suspensão do responsável pela montaria.
Mudança na regra de sangramento de cavalos
Segundo a FEI, a mudança busca equilibrar a proteção ao bem-estar animal com a realidade competitiva do esporte, diferenciando ocorrências acidentais de condutas abusivas ou recorrentes e permitindo sanções proporcionais à gravidade de cada caso.
A decisão, aprovada em assembleia geral da entidade, dividiu opiniões no meio equestre. Enquanto parte dos atletas e federações avalia que o modelo anterior gerava punições excessivamente rígidas em episódios pontuais, críticos e defensores da causa animal argumentam que flexibilizar a regra enfraquece um dos principais símbolos de proteção ao cavalo, já que o sangramento é sempre indicativo de lesão e desconforto.
A FEI reforça que a alteração não reduz o rigor da fiscalização, mas amplia o papel técnico dos veterinários e oficiais de prova na análise individual de cada situação. Os impactos práticos da nova diretriz deverão ser observados a partir de 2026, mantendo o tema em evidência nas discussões sobre o futuro do hipismo e a responsabilidade no esporte equestre de alto rendimento.
Com informações do Compre Rural
Foto: Reprodução/Internet
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