Sobretudo em 2020, Brasil promete ter forte participação na maior competição mundial do esporte, marcada para Tóquio, no Japão
Serão dois os representantes do Time Brasil Paraequestre nos Jogos Paralímpicos de Toquio 2020: Rodolpho Riskalla, 36, e Sergio Froes Oliva, 38. Em outras palavras, foram eles que alcançaram a qualificação graças posição no ranking da Federação Equestre Internacional.
Antes de mais nada, ambos os cavaleiros têm experiência nesse tipo de competição. Sergio fará sua quarta participação em Jogos Paralímpicos. Já que esteve em 2008, 2012 e 2016. Inegavelmente, teve uma ótima Rio 2016.
Sergio, campeão mundial em 2007 e sete vezes campeão brasileiro, conquistou duas medalhas de bronze individuais nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro. O cavaleiro, servidor Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, tem paralisia cerebral e disputa o grau I.
Por outro lado, Rodolpho fez sua estreia em Paralimpíadas na Rio 2016. De tal forma que ao completar um ano do acidente em que perdeu a parte inferior das pernas, dedos de uma mão e parte da outra, ficou na décima colocação no grau III.
Entretanto, Rodolpho representou o Brasil lindamente nos Jogos Equestres Mundiais 2018. De modo que garantiu duas medalhas de prata, dessa vez, no grau IV. Radicado em Paris, o paratleta equestre trabalha na empresa Christian Dior. E também compete com sucesso em provas de adestramento clássico.
Vagas
De acordo com as informações da Confederação Brasileira de Hipismo, foi por pouco que o Brasil não classificou a equipe completa. “Temos quatro medalhas paralímpicas e, dessa vez, tentamos, mas acabamos não classificando a equipe completa”, destaca Marcela Parsons, diretora Paraquestre da CBH e grande pioneira na modalidade no país.
Com os resultados do Rodolpho e Sergio, o Brasil garante, portanto, vagas individuais pelo ranking da Federação Equestre Internacional. Lembrando que a classificação dos brasileiros veio com o resultado do ranking FEI das Américas (máximo dois atletas por nação). Ou seja, para atletas de países que não alcançaram a vaga por equipes.
Nessa contagem, principalmente, Rodolpho e Sergio ocupam, respectivamente, a primeira e a segunda colocação. Ao passo que, no ranking geral paraequestre FEI (grau I a IV – maior ao menor grau de comprometimento físico) Rodolpho ocupa o 20º posto e Sergio, o 35º.
Isso se contados os eventos válidos até 31/1/2020. Boas colocações se levado em conta que são 252 atletas competindo em nível internacional. Os Jogos Paralímpicos 2020 acontecem entre 25 de agosto e 6 de setembro.
Bons resultados
Com a classificação na mão, o cavaleiro brasileiro Rodolpho Riskalla segue competindo. Em competição pelo Concurso de Adestramento Internacional – CDI1*em Neumünster, Alemanha, de 13 a 16 de fevereiro, Rodolpho apresentando Don Henrico conquistou o quinto posto na reprise St George, 69,118% de aproveitamento.
Em seguida, o conjunto fechou com expressivo índice de 72,708% no Freestyle Intermediária I. Resultado que lhe garantiu a quarta colocação. O evento também contou com um Concurso 3* de Adestramento e Salto. Provas válidas como qualificativas para Copa do Mundo.
Don Henrico é de propriedade do stud Schafhof, da ex-amazona olímpica alemã Ann Katrin Linsenhof. Rodolpho também apresenta Don Frederic, adquirido do stud Schafhof pela brasileira Tania Loeb.
“O Don Henrico foi super bem aqui no Internacional de Adestramento em Neumünster. Sobretudo, contado o nível de cavalos que estavam na competição. Na última qualificativa paralímpica na Holanda acabei levando o Don Frederic”, reforça o brasileiro.
A próxima competição dele será o Internacional Paraequestre, com Don Frederic, em Doha. Enquanto Don Henrico ficará ‘de férias’ para retornar às pistas no começo de marçor em uma prova paraequestre na Dinamarca.
Fonte: CBH
Foto de chamada/Divulgação: Rodolpho Riskalla em sua estreia na Rio 2016. | Crédito: Washington Alves/MPIX/CPB