Não é de hoje que Rodolpho Riskalla – dono de medalhas de prata no Mundial 2018 na modalidade Paraequestre – vence no Internacional Al Shaqab, em Doha. De fato, nos últimos três anos o atleta brasileiro coleciona nove vitórias no Catar. Venceu, portanto, as três provas que disputou nessa competição em 2019, 2020 e 2021.
O cavaleiro brasileiro Rodolpho Riskalla, qualificado para a Paralimpíada de Tóquio, retornou então com força total ao picadeiro. Participou do Concurso Internacional CPEDI3* Shaqab. Com Don Henrico, um de seus principais cavalos, venceu a prova Grau IV, na abertura do evento, quinta-feira (25) com expressivos 76,468% de aproveitamento.
“Fiquei super contente com minha prova. O Don Henrico está muito bem e competir em meio a essa situação da Covid-19, em que muitas provas são canceladas, é muito importante na preparação para os Jogos Olímpicos”, destaca Rodolpho.
Para completa os 100% de aproveitamento, o brasileiro venceu novamente na sexta-feira (26), repetindo o feito no sábado (27). Contudo, nessa última, registrou nada menos 81.075% de Freestyle Grau IV.
“Essa do sábado foi a melhor reprise que já fiz com Don Henrico. Aliás, nos três dias foram os melhores percentuais que já tive com ele. Don Henrico, realmente, está em sua melhor forma. Estamos muito felizes com o resultado”, destaca o campeão que monta esse cavalo, de propriedade da ex-amazona olímpica alemã Ann Katrin Lisenhof, desde julho de 2017.
Rodolpho Riskalla
O próximo desafio é um Internacional em Macon Chaintre, França. O cavaleiro paralímpico vai levar seu outro cavalo, Don Frederic, propriedade da brasileira Tania Loeb Wald. “Agora o meu foco total é a preparação para Tóquio”, garante Rodolpho, uma das principais apostas de medalha do hipismo brasileiro nos Jogos Olímpico e Paralímpicos em Tóquio.
Aos 37 anos, Rodolpho Riskalla pratica Adestramento desde a infância. Sobretudo, aderiu ao Adestramento Paraequestre no início de 2016. Seis meses após a perda da parte inferior das duas pernas, a mão direita e dedo da mão esquerda em decorrência de uma meningite.
Menos de um ano depois, então, defendeu o país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Em seguida, em 2018, foi o melhor brasileiro nos Jogos Equestres Mundiais 2018 nos Estados Unidos, duas pratas. O cavaleiro mudou para Alemanha recentemente, depois de dez anos na França.
A divisão das disputas no Adestramento Paraquestre apresentam os graus I,II,III,IV e V, graus de dificuldade crescentes, portanto, de acordo com classificação funcional da deficiência do atleta. Além de Rodolpho, o cavaleiro Sergio Oliva, residente no Brasil, também tem vaga para Jogos Paralímpicos desse ano.
Colaboração: Assessoria CBH
Crédito das fotos: Divulgação/In2strides