Time Brasil de Salto fecha competição por equipes nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 6º lugar

Suécia ficou com ouro, EUA com a prata e a Bélgica garantiu bronze. Já a França, Alemanha e Grã-Bretanha não conseguiram fechar a competição, aparecendo da 8ª à 10ª colocação

A final olímpica do Salto encerrou as disputas do hipismo nos Jogos Olímpicos no parque equestre Baji Koen, em Tóquio, no último sábado (07). As 10 melhores equipes da qualificativa disputada na sexta-feira (06), habilitaram-se na corrida pelo ouro e a eletrizante disputa que começou com contagem de pontos zerada teve muitas surpresas.

O Brasil que largou pela ordem com Marlon Zanotelli montando Edgar M, 12 pontos, Yuri Mansur montando QH Alfons dos Santo Antonio, com apenas 1 falta no meio do triplo, 4 pontos, e Pedro Veniss com Quabri de L´Isle, 13 pontos, fechou a difícil competição por equipes nos Jogos Olímpicos em 6º lugar totalizando 29 pontos perdidos.

Pódio

Duas equipes da Suécia e EUA – com oito pontos cada – foram ao desempate pelo ouro. Os três integrantes de cada equipe zeraram o desempate. Com o tempo de Peder Fredericson com All In, duas vezes vice-campeão olímpico individual na Rio 2016 e agora em Tóquio, a Suécia foi a grande campeã.

Formaram a equipe medalha de prata dos EUA Laura Kraut montando Baloutine, Jessica Springsteen apresentando Don Juan de Donkhoeve, e Mc Lain Ward com Contagius. A medalha de bronze ficou com a Holanda que contou com Marc Houtzager com Dante, Harrie Smolders apresentando Bingo du Parc e Maikel van der Vleuten montando Beauville Z.

Time Brasil

O grande nome do Time Brasil de Salto em Tóquio foi Yuri Mansur, 42, cavaleiro paulista radicado na Europa. Em sua estreia olímpica com QH Alfons do Santo Antonio, um cavalo estoniano de filho de Aromats de 14 anos de propriedade do empresário carioca Francisco Brandão. Yuri foi o único brasileiro na final individual fechando em 20º lugar e após ficar de fora da qualificativa das equipes. O cavaleiro substituiu Rodrigo Pessoa e Carlito´s Way 6, holsteiner de 11 anos.

“Foi bom meu cavalo descansar depois da final individual. Acabou que ninguém imaginava o que aconteceu com o cavalo do Rodrigo. Mas a princípio a gente imaginava que tanto eu como Marlon estaríamos na final por equipes. Eu vou dizer que o meu cavalo agradeceu muito esses dois dias de descanso porque na verdade como na final individual isso aqui está muito técnico, muito difícil,” destacou Yuri, que também comentou sobre a presença de Rodrigo Pessoa, de volta ao Time Brasil, em sua 7ª Olimpíada.

Pedro, paulista de 38 anos radicado na Europa, cavaleiro de três Olimpíadas e que integrou o Time Brasil na Rio 2016 com a mesma montaria quando o país fechou em 5º lugar, lamentou seu resultado. “O Quabri estava um pouco cansado, mas não ajudei como deveria. Fiquei triste por não ter o resultado que a gente queria, por não ter montado o Quabri como merece”, disse o cavaleiro referindo-se ao garanhão sela francês de 17 anos de sua propriedade, com o qual forma um dos mais premiados conjuntos do hipismo brasileiro nos últimos anos.

Marlon, 33, maranhense radicado na Europa e atual nº 7 do ranking mundial, elogiou seu cavalo Edgar, uma sela holandês de 12 anos, de propriedade do empresário norueguês Bjorn Rune Gjelsten e do cavaleiro. “O Edgar saltou muito bem. No final as faltas foram mais culpa meu tanto no triplo como no duplo. Fizemos ainda a falta no rio (água), em que normalmente ele não tem dificuldades”, comenta.

O Time Brasil de Salto em Tóquio foi liderado pelo técnico suíço Philippe Guerdat e o chefe de equipe Pedro Paulo Lacerda, que acompanharam o Brasil na conquista do hexacampeonato por equipes e o ouro individual de Marlon Zanotelli no Pan Lima 2019.

Fonte: CBH
Credito da foto: Divulgação/Luis Ruas – CBH

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