Regra já está em vigor e marca avanço na evolução do esporte mais radical do planeta. A partir deste mês de julho, a Ekip Rozeta colocou em prática uma mudança importante para a segurança dos competidores na montaria em touros: o uso obrigatório do capacete para todos os atletas nascidos a partir de 1º de janeiro de 2000. A decisão vale para todas as etapas do Campeonato Nacional de Montaria em Touros da Ekip Rozeta e acompanha a tendência internacional de modernização do esporte.
Para os competidores mais experientes, nascidos antes dessa data, o uso continua opcional. Já os mais jovens não terão escolha: capacete sempre que entrarem na arena. “Essa é uma medida que protege os atletas, previne sequelas graves e ainda os prepara para competir em alto nível internacional, onde o uso já é exigido em várias ligas”, explica o presidente da Ekip Rozeta, Enrique Moraes.
O regulamento foi aprovado no início do ano durante o 10º Congresso de Normas e Regras da entidade e previa um período de adaptação para os atletas atingidos pela regra. “Definimos uma data de corte justa para que ninguém que já está a muitos anos montando seja prejudicado. Mas os mais jovens já entram para o esporte sabendo da obrigação e da importância do equipamento”, acrescenta Moraes.
Além da proteção imediata contra fraturas e traumas, a medida busca reduzir riscos de doenças neurológicas decorrentes de pancadas repetidas, como a Encefalopatia Traumática Crônica (ECT), que já afetou competidores de renome no cenário internacional.
Ekip Rozeta sempre prezando pela segurança dos competidores
A expectativa da Ekip Rozeta é que, nos próximos anos, a adesão ao capacete ultrapasse 90% dos competidores, acompanhando o avanço já registrado na PBR (Professional Bull Riders), onde o uso obrigatório para jovens foi implantado em 2013.
O uso do capacete começou a se popularizar nos anos 90 nos Estados Unidos, inicialmente com adaptações de equipamentos de hóquei. Hoje, fabricantes desenvolvem modelos específicos para o rodeio, com materiais leves e resistentes, como titânio, fibra de carbono e polipropileno expandido (EPP).
Para Moraes, trata-se de mais um passo para conciliar a essência do esporte com a modernidade e a responsabilidade com a saúde dos atletas. “Sabemos que sempre gera debate, mas estamos certos de que é o caminho certo para a evolução do rodeio e para proteger aqueles que dão show na arena”, finaliza.
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Fonte: Agência PrimeComm
Fotos: Lucas Lealdini e Waguinho JW Fotos
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