A Mega Final encerrou o décimo ano de um campeonato que mudou a visão do Laço em Dupla brasileiro
Incontáveis pessoas passaram pelas provas do Campeonato Paranaense de Laço em Dupla, hoje já considerado do campeonato brasileiro da modalidade. Inovador desde que foi lançado, rapidamente ganhou espaço. Um modelo diferente, que exigiu mudança de comportamento de toda a cadeia do esporte, desde o manejo, passando pelos laçadores, até os organizadores. Comemorando dez anos de existência, acabou de encerrar mais uma temporada, com a realização da quinta etapa e a Mega Final, que aconteceram de 24 a 26 de novembro, nas duas arenas cobertas do Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina/PR. Foram mais de 400 mil reais em prêmios e a presença de 2500 inscrições.
Feminina, vencida por Ju Balbo e Aline
“O que deu pra ver é que dez anos é um caminho longo, mas passou rápido. Parece que a gente começou ontem e já se foram algo perto de 40 etapas ao longo desses anos, não é pouca coisa. E, graças a Deus, pelo que avaliamos e sentimos nos feedbacks que temos, é que a cada prova, a cada ano, melhoramos. Sempre temos o que melhorar, mudar, fazer eventos melhores, tanto para quem trabalha com a gente, quanto para, principalmente, quem compete. Não podemos parar de inovar nunca. E por isso estamos sempre atrás de novidades, acompanhando o que acontece nos Estados Unidos e em outros campeonatos no Brasil. O que dá certo, procuramos implantar, e sempre vamos atrás de algo novo, o que é o mais difícil”, comentam Anderson Proença e Felipe Monteiro, os idealizadores e promotores das provas CPLD.
os futuros laçadores.
Para eles, especificamente, a Mega Final é um orgulho muito grande. “O formato que a gente fez, e que já estamos pensando em novidades para o ano que vem, também é especial. Queremos mudar para poder dar mais prêmio nas finais de 2018. E o que deixa a gente feliz é ver todo mundo vindo para a Mega Final, o gosto que os laçadores têm de fazer questão de comparecer, de não faltar. Sabemos que muitos estão longe e não conseguem vir em todas as etapas, mas marcam sua presença na final. É gratificante fechar o ano assim. E a Mega também anima e deixa todo mundo com vontade de voltar em fevereiro, o que é muito bacana para nós”, complementam os organizadores, avisando que entre as ideias para o próximo campeonato é o de ir para outras regiões, abrir espaço em outras cidades para o CPLD, diversificar.
De sexta até domingo, as provas foram válidas para as somatórias #11, #8, #6, #4 e Incentivo, e ainda a disputa da ETR Premium. Os laçadores foram em busca do título, mas também dos três carros ‘zero’ km, quatro motos ‘zero’ km, fivelas, dinheiro e brindes. Diferente de outros campeonato, onde a pontuação é somada ao longo das etapas, no CPLD há apenas os campeões da Mega Final. Para ser o campeão dos campeões é imprescindível ir bem na quinta etapa, classificar para a Mega e Mega Ouro, e laçar seus bois com eficiência.
Ganharam os carros os campeões da quinta etapa (classificatória para a Mega Final): Bruno Felipe e Heitorzinho Oliveira- Soma #11; Diego Protz e Foguinho da Silva – Soma #6; e João Lucas dos Santos e Tiago Pereira – Soma #4. Demais resultados no site oficial ou instagram oficial.
As disputas da ETR Premium também foram destaque na programação. Para o campeão, R$ 30.000,00, que foram dados para a dupla Diogo Campos e Thales Bodinho! Diogo e Thales se conhecem há muito tempo, laçam juntos em algumas provas, mas não são parceiros fixos. De qualquer forma, são entrosados e foram bem nesta etapa. “A prova é de alto nível. Foi muito apertada, o prêmio era bem interessante, então todo mundo realmente estava buscando título. É um campeonato super difícil, bastante concorrido, então foi muito bacana ganhar”, comentou Diogo, que está fazendo conjunto desde o meio do ano com um novo cavalo.
Paulo Junqueira e Adriano Rodrigues levaram o prêmio de segundo lugar, R$ 20.000,00. O terceiro lugar e R$ 15.000,00 ficaram para Marcos Felício e Thales Miranda. Resultados completos também nos canais acima. Os títulos de Pé e Cabeça da temporada já estavam definidos, após as 18 etapas dessa temporada – a segunda realizada, Tu dos Santos e Nikinho Barone foram os que mais somaram ganhos. Para que os profissionais não ficassem de fora da festa de encerramento, veio a ETR Premium, que não foi uma final, mas sim uma prova especial, corando o sucesso desse campeonato.
“Foi um grande evento que superou as expectativas em todos os sentidos, o que só mostra a força do segmento no país. O Laço em Dupla crescendo cada dia mais e o nível dos competidores melhorando sempre. A ETR Premium foi um grande espetáculo na final do CPLD, altas laçadas, os melhores profissionais do Brasil. Foi bonito de ver, talento e experiência. Os meninos honraram de forma belíssima esse título”, reforçou Juliana Balbo, responsável pela organização da ETR – Elite Team Roping, laçada em 2015. Foram ao todo R$ 700.000,00 em prêmios nessa temporada com a presença de cerca de 150 profissionais.
Dois momentos, além de todas as emoções nas categorias, finais, premiações, CPLD Mirim, merecem um destaque. Um deles, a categoria Feminina, onde duplas formadas por mulheres laçaram, com o título para Ju Balbo e Aline. É possível que a categoria entre nas disputas regulares do campeonato, os organizadores estudam como viabilizar. É fato que o número de team ropeiras cresceu bastante de um tempo para cá e poderá ser uma boa aposta. Assim como incluir uma categoria de Breakaway para as meninas e jovens, quem sabe? #ficaadica! E o outro mostra a inclusão que o esporte equestre, como podemos ver na foto abaixo, proporciona para quem curte montar a cavalo. O parceiro da Juliana Balbo, Adriano Laureano, tem uma deficiência física, que não o impede de fazer o que ele ama, montar e laçar.
Por Luciana Omena
