Campeonatos como CPLD, Revolution e Copa Internúcleos apoiam e incentivam bastante o Laço Feminino
Para Roberta Garbelini Gomes Zanin, 34 anos, o Team Roping é uma paixão. Ela, que laça cabeça e é de Londrina/PR. tomou gosto pelo Laço aos 12 anos de idade. Participou de algumas provas e ficou um tempo parada, retornando em 2015. E foi o CPLD deu um empurrãozinho para se aperfeiçoar mais.
Roberta ZaninPara ela, o CPLD abrir esse espaço para as mulheres foi importante. Ela fala que uma das dificuldades é encontra cavalo bom. Mas que é um esporte de muita adrenalina, cada boi é um boi, são muitas variáveis para dar certo. E isso é algo que a motiva.
Roberta tem como desejo que as mulheres que laçam se unam mais. Quando começou, não tinha quase ninguém. E hoje o número de mulheres já aumentou bastante. Como outras meninas que estão se dedicando ao Team Roping, o sonho é que a categoria Feminino se fortaleça e se consolide.
Conversamos com ela. Confira!
Como tudo começou:
Roberta: Eu comecei fazendo Baliza e Tambor com cavalos emprestados de uma amiga dos tempos de escola, de Dracena/SP. Cidade que nasci. O pai, o tio e os primos dessa minha amiga Milena faziam Laço em Dupla. Então começamos a bater cavalete e treinar junto com eles. Eu tinha 12 anos nessa época. E o laço estava muito forte na região e nos animamos. Também tive a oportunidade de fazer cursos pelo SENAR com o finado Testa e com o Celso Batista. E formei dupla com a Milena, eu na cabeça e ela no pé.
Foi bem no começo de tudo mesmo.
Roberta: Sim. Não tinha mais nenhuma outra mulher que laçava, além da gente e a Eliziane, esposa do Testa. Meu pai levava a gente nas provas e os organizadores davam uma inscrição para que nos apresentássemos. Éramos novas e não disputávamos contra os demais. Depois eu passei a laçar valendo, mas essa minha amiga parou. Depois de um tempo eu também parei, quando comecei a faculdade. Mudei par Londrina para cursar medicina veterinária.
No BreakawayE quando voltou para as provas?
Roberta: Voltou há três anos atrás, mais ou menos. Quando mais nova, eu não tinha um cavalo meu, laçava e treinava com os cavalos de propriedade da família dessa minha amiga. Agora, eu já tenho meu cavalo e fica tudo um pouco melhor.
Qual sua maior dificuldade no esporte?
Roberta: Acho que é a dificuldade de encontrar bons cavalos. Eu laço na categoria Incentivo, iniciantes. Encontrar um cavalo de cabeça para amadores é caro, então acho que é isso que dificulta mais. Para evoluir na modalidade, precisamos ter bons cavalos. É isso que faz o laçador progredir, melhorar de handcap, laçar mais rápido, livrar barreira, puxar melhor o boi para o seu parceiro, para poder completar a laçada.
O que você mais gosta no Team Roping?
Roberta: Difícil escolher uma coisa só. Mas algo que me chama muito a atenção é o ambiente familiar. Trazer a família para junto da gente, para o que a gente faz. Fora isso, a adrenalina. Dois cavalos, dois laçadores, um soltador de boi, um boi, um juiz, uma barreira, um cronômetro. Acho que tudo isso leva à adrenalina. Um vício de querer fazer sempre melhor.
Quais os seus objetivos?
Roberta: Certamente melhorar na minha parte técnica, quem saber melhorar de handcap, subir para melhores categorias. Desejo ter um cavalo melhor para que isso tudo seja mais possível. E além do lazer, do hobby, é progredir.
Como é seu dia a dia?
Roberta: Tenho a companhia e o apoio do meu marido. Ele começou a laçar por incentivo meu e agora somos muito parceiros um do outro nessa caminhada. Eu treino em Londrina, no Rancho Itamaraty, do Artur Gandolfo. Muitos laçadores têm cavalos lá, então é legal. Final de tarde nos reunimos, menos de segunda e quinta. Mas por conta do meu trabalho, consigo ir apenas duas a três vezes por semana.
Roberta laçando com a amiga Aline LimaE a sua parceria com a Aline Lima?
Roberta: Ela é muito importante para mim. Somos amigas, laçamos juntas e estamos sempre nos incentivando. Ela é minha dupla hoje, ela corre pé e eu corro cabeça. Sempre uma está mais para baixo, a outra vem e puxa para cima.
Tem alguma lembrança especial das provas?
Roberta: A minha melhor laçada acredito que foi quando ganhei uma das etapas do CPLD o quarto lugar na Incentivo, em 2017, embolada no meio da ‘homarada’. Acho que foi uma das classificações que mais me marcou, visto o grau de dificuldade. Consegui ir para a final e foi uma das maiores emoções que eu já tive.
Por Luciana Omena e Verônica Formigoni
Fotos: Arquivo Pessoal