Caco Auricchio fala sobre o desafio de presidir a ANLI

Criador, investidor no Cavalo Quarto de Milha com direcionamento para o Laço Individual e, agora, presidente da Associação Nacional de Laço Individual

São muitos os desafios, mas o empresário e proprietário da Fazenda Sapucaia, de Pindamonhangaba/SP, Caco Auricchio, está preparado. A paixão por cavalos vem desde à infância, com a convivência diária com a criação de Mangalarga Marchador de sua família. A ligação forte e antiga com os cavalos, o levou a retomar essa paixão que a vida profissional havia interrompido. Em meados de 2000 voltou ao segmento com a criação de Quarto de Milha, é atualmente considerado um dos maiores investidores na raça.

Durante a fase em que esteve afastado do mundo equestre, participou institucionalmente de entidades ligadas ao seu outro ramo de atuação, a mineração. Passando pela Diretoria do Sindareia, Apepac, Anepac e Fiesp, frentes onde atua até hoje. Assumiu, recentemente, a presidência da Associação Nacional do Laço Individual – ANLI, pois acredita na importância de defender e padronizar as competições, bem como, fomentar a modalidade no país, além de elucidar a sociedade sobre os cuidados com os animais usados nas provas.

Como começou a sua história com o Laço?

Caco: A história começa com a paixão por cavalos e o sonho de criar Quarto de Milha. Em 1999, quando nasceu minha filha, voltei de São Paulo para São José dos Campos e reencontrei um amigo, Beto Castro que treinava cavalos para a modalidade laço de bezerro. Gostei e comecei a me dedicar, primeiro laçando como lazer, depois participando de algumas competições de forma amadora. Mas foi em 2010 que incorporei na Fazenda Sapucaia a criação de animais para competições.

Qual é o projeto que você designou para a Fazenda Sapucaia?

Caco: O negócio na Fazenda é diversificado. Temos a mineração de areia, a pecuária de corte, a piscicultura e criação de cavalos. O desafio é aprimorar e evoluir sempre. Nossa primeira geração de potros foi em 2012 e, nas pistas estreamos em 2016 com vitória. Felizmente ganhamos, na categoria castrado, o Potro do Futuro, o que indica que estamos no caminho.

E como surgiu o seu envolvimento com a ANLI, antiga ANLB?

Caco: Eu já acompanhava o esforço da entidade e tenho uma visão completa da modalidade por ser criador e ter treinadores dentro de casa. Como sou crítico, no sentido de melhorar o que se faz, principalmente comigo mesmo, conversava muito com o Milton Lopes Monteiro, ex-Presidente da ANLB, em fortalecer e ampliar as atividades da Associação, em dar sentido à cadeia produtiva desta modalidade, de treinadores a criadores e estimular os jovens a participarem desse esporte. Por essa razão fui convidado a assumir a presidência, o que só aceitei na condição de que a categoria se unisse. Não há meta atingida que não possa ser melhorada e a associação precisava de uma visão assim, com possibilidade de quebrar paradigmas e avançar na sua representação.

Como ficou o novo regulamento de provas da ANLI?

Caco: Importante dizer que nosso regulamento está apoiado no da ABQM (Associação Brasileira do Quarto de Milha). Nosso site possui um login para acesso a todas as provas que acontecem no Brasil, credenciadas pela Associação e que aceitam o regulamento para o Campeonato Nacional da ANLI. Os dez primeiros classificados por categoria (aberta, amador, iniciante e máster) em cada pontuam para grande final. Extinguimos a anuidade e criamos uma taxa para cada inscrição, criando um fundo de premiação para um campeonato regrado e com qualidade. Nesse ano, faremos a semifinal e final em novembro, com premiação em torno de R$ 100.000,00. A Prova Técnica nas categorias aberta sênior e junior, amador e máster, com premiações com 80% do rateio e o Potro do Futuro nas categorias aberta e amador com prêmios que chegam a R$ 43.250,00.

 Como ficou formada a diretoria da ANLI?

Caco: A diretoria conta com a participação de profissionais, amadores e até amantes do esporte. Nossa intenção é criar comitês específicos para dar voz a todos, mas alinhando as estratégias, o que têm sido bem aceito nos Estados. Teremos muito trabalho pela frente e é importante que estejamos unidos para superar os obstáculos que identificarmos pelo caminho.

Por Equipe Cavalus
Foto: Arquivo Pessoal

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