Quando ela nasceu, seu avô e seu pai já eram criadores de cavalo no tradicional Rancho Coyote
Natural de Campinas/SP, Giulia Carbonari hoje mora em Itatiba/SP, onde treina no Rancho Coyote, que é de propriedade de seu avô, Antônio Carbonari. Hoje ela tem três éguas de Três Tambores em treinamento, com Bruna Tedesco Cortelini, e um cavalo de Apartação, que está em preparo no CT Taboga.
Por conta da pandemia da COVID-19 e a paralisação das provas, Giulia Carbonari conta que só conseguiu ir a duas provas em 2020. Contudo, mantém Dani Bell Zorrero (foto de chamada) e Flame Fly TY, suas companheiras de pista para essa temporada em movimento e manutenção.
Entre os principais títulos, ela destaca nos Três Tambores: campeã 9ª Copa dos Campeões ABQM, Grand Prix Haras Raphaela, Congresso ABQM 2015, AQHA 2018; reservada campeã Grand Prix Haras Raphaela, Latim American AQHA/ABQM 2016. Mas a versátil competidora, que tem o cavalo no sangue, também coleciona títulos em outras modalidades: já foi campeã da Copa dos Campeões ABQM 2015 em Apartação; e no Ranch Sorting, campeã Potro do Futuro ABQM 2017 e reservada em 2016.
Conversamos com ela, confira!
Começo de tudo
“Conheci os cavalos desde pequena já que meu avô sempre criou animais de Apartação. Desde quando comecei a entender o que era tudo isso, me apaixonei pelos cavalos. Nessa época os nossos treinadores eram o Zé Carlos Rodrigues e a Jacira, que são super especiais para nós!
Comecei a competir Três Tambores e Apartação em 2010. Apesar de gostar muito de Apartação, confesso que pendi mais para o lado dos Três Tambores, porque as provas eram mais frequentes e mais perto. Além disso, também já corri Ranch Sorting e Western Pleasure, que vieram logo depois. Hoje eu continuo só no Tambor, aguardando meu potro de Apartação ficar pronto.”
Paixão
“Acho que essa paixão já veio comigo desde que nasci. Com toda a certeza não me lembro de chegar um dia e falar: ‘nossa, eu quero montar cavalo’. Foi algo muito natural, sem escolha pré-determinada, quando eu dei conta já montava. Não sei explicar como ou quando foi, acho que por conta do meu avô e do meu pai eu sempre gostei.
Lembro-me de pequenininha indo às provas, muitas provas de Apartação longe de casa, muita prova da ABQM também quando ainda era Bauru. Eu sou muito feliz com tudo que já fiz com os cavalos, muito mesmo. Posso não montar todo dia, mas eu vejo os cavalos todos os dias. Contudo, é meu hobby e não algo que eu queira levar como profissão.”
Momentos marcantes
“São três os cavalos que me marcaram bastante. Com cada um deles eu tive uma história. Com a Bright Lena Star, a minha primeira égua de Apartação, nós fizemos provas juntas e ela foi vendida depois de um tempo. Aprendi com ela a confiar em um cavalo.
O Bobs Freckle é um garanhão de Apartação que hoje já é bem velhinho e me marcou muito também. Eu vejo ele todos os dias até hoje. E tem a Dani Bell Zorrero, que é hoje a égua que me ensina a importância de se ter paciência, que a vida é feita de fases e sejam elas boas ou ruins elas passam!”
Para você o cavalo é
“Cavalo para mim significa muito. Eu ia responder só: tudo! Mas talvez não expressasse o meu sentimento por eles: eu amo cavalos. É o que eu realmente amo de verdade na vida! Entrei na faculdade por conta deles, moro no haras também para ficar com eles.
Passo cada nervoso por conta desses cavalos (risos), mas os momentos felizes são muito maiores e mais constates. Não consigo achar uma palavra para descrever o que os cavalos são pra mim, mas é isso, eles são praticamente parte de mim!”
Por Luciana Omena
Crédito das fotos: Arquivo Pessoal
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