Entre as muitas atividades do seu dia a dia, Bárbara divide seu tempo entre trabalho, provas, rodeios e as passarelas!
Aos 20 anos, Bárbara Kopp é uma das competidoras mais premiadas e conhecidas do estado do Paraná, acumulando na carreira mais de 100 títulos de campeã, em pistas oficiais e nas arenas de rodeio. Natural de Cascavel, região oeste do Paraná, sua ligação com os animais teve inicio quando, à convite de amigas, participou de provas de equitação. Foi amor à primeira vista e com o incentivo total dos pais, que desde então lhe deram todo o suporte necessário para que ela se tornasse uma competidora de sucesso, sua carreira cresce ano a ano.
Atualmente, a competidora de sorriso fácil e querida por todos, divide seu tempo entre treinamentos, viagens, competições, a faculdade onde cursa Processos Químicos e o trabalho na empresa da família. Mas longe da sala de aula e das arenas de rodeio, ela também brilha como modelo, onde realizou diversos trabalhos fotográficos e nas passarelas desde a sua infância. Recentemente, coroando sua brilhante carreira de modelo, ela foi eleita a Rainha da Expovel 2017, uma das mais importantes exposições agropecuárias do Paraná, realizada em sua cidade natal.
Em meio a uma temporada onde conquistou bons resultados, Bárbara Kopp nos concedeu esta entrevista. Falou um pouco sobre sua carreira, seus sonhos e objetivos e a sua paixão pelas provas equestres, que a faz querer sempre estar competindo em alto nível. Veja abaixo!
Como foi seu primeiro contato com cavalos?
Bárbara: Foi aos sete anos de idade. Minhas vizinhas começaram a fazer aula de equitação na Sociedade Rural em Cascavel e me chamaram para ir junto algumas vezes, fui gostei e com o incentivo e influência dos meus pais nunca mais parei.
Quando começou a competir e como foi a primeira prova?
Bárbara: Eu tinha mais ou menos uns oito anos. Foi uma prova no Parque de Exposições de Cascavel, só com as alunas do Juliano Sfalcini, que é meu treinador até hoje. Foi bastante marcante, porque todas eram pequenas e iniciantes, todas estavam muito nervosas, mas eu consegui ficar em segundo lugar. Isso me motivou bastante a continuar e me deu a certeza que era o que eu queria fazer.
Como considera sua carreira de competidora desde então?
Bárbara: Minha carreira como competidora foi sempre muito abençoada. Desde o início, todos os animais que tive, sempre consegui ganhar muitos prêmios com eles e nunca parei de competir. Nos primeiros anos me dediquei mais as provas oficiais, venci os principais campeonatos oficiais dentro do Paraná, acumulei mais de 300 troféus e medalhas. Nos últimos quatro ou cinco anos tenho me dedicado bastante também aos rodeios e conquistei títulos nas principais arenas do estado. Deus sempre me abençoou muito, só tenho a agradecer.
Tem um cavalo que é especial?
Bárbara: Sem dúvidas, o King Katie Times. Porque ele foi meu ponto de partida, com ele tive os primeiros e os grandes momentos de glória dentro das pistas. Infelizmente o perdi precocemente, no auge de sua carreira, mas sempre serei grata por tudo que ele me trouxe. Em sua homenagem lancei uma grife de roupas e acessórios há alguns anos, chamada ‘Katie King’.
Como foi este momento da perda do seu cavalo e como superou?
Bárbara: Ele morreu de cólica, foi de repente, um choque enorme, era início do ano, estava cheia de planos e metas com ele. Fiquei bem desanimada, praticamente decidi parar de correr. Mas ai um amigo me ofereceu uma égua para correr uma prova que ele já tinha pago a inscrição. Apesar de tudo me motivei e fui para a prova. Acabei derrubando o tambor, mas o tempo da égua era ótimo e então decidimos ir ao Rodeio de Colorado. Isso foi em 2014.
Como foi a adaptação com os novos animais?
Bárbara: A principio, iria correr em Colorado somente com esta égua, mas em cima da hora meu treinador decidiu levar a Creek Jay Dee. Eu nunca tinha montado ela e não fomos bem na prova do Test Horse, mas mesmo assim ele insistiu para que eu corresse com ela no Feminino e ai nos ‘encontramos’. Com ela, consegui me classificar para a final e terminei em quinto lugar no Rodeio de Colorado, na etapa da ANTT. Era tudo o que precisava naquele momento, a Creek foi um presente de Deus mesmo. Na sequência, ganhamos os rodeios de Ouro Verde do Oeste e Maringá, além de outros títulos no decorrer do ano.
Qual foi a prova mais marcante da sua carreira?
Bárbara: O Rodeio de Barretos em 2015. Foi uma emoção muito grande estar entre as finalistas na arena mais famosa do Brasil.
Qual o título que ainda não tem e sonha em conquistar?
Bárbara: O título do Rodeio de Colorado, por ser o maior do meu estado. Ano passado cheguei a final liderando, entre as melhores competidoras do Brasil, mas acabei derrubando o tambor na última passada. Mas eu não desisti desse sonho. Outro objetivo que tenho é voltar a final de Barretos e subir no pódio.
Você exerce ou gostaria de exercer outras atividades dentro do cavalo?
Bárbara: No momento não. Mas acho muito legal tudo que envolve a terapia equina, é uma atividade que tenho vontade de desenvolver. Já a parte da medicina veterinária é uma área que admiro demais, mas eu não daria muito certo, sou fraca pra sangue, passaria mal muito fácil (risos).
Tem algum ídolo na prova dos Três Tambores?
Bárbara: Não tenho ídolos, mas me espelho muito nas atitudes de algumas competidoras, que mesmo tendo tanto reconhecimento, mantém a humildade com as pessoas como por exemplo a Keyla Polizello e também a Keila Mendonça. Elas são super premiadas, referencia na modalidade, mas mesmo assim são sempre humildes.
Porque a prova dos Três Tambores te encanta?
Bárbara: Eu tenho duas paixões nas provas equestres, o Tambor e a Baliza. Não estou praticando baliza atualmente porque estou sem animal, mas quero voltar logo. Mas o Tambor tem algo diferente que mexe com a gente. O que me encanta é adrenalina antes de entrar na pista, aquela pressão, o friozinho na barriga e após a passada aquela sensação de dever cumprido ou a sensação de querer voltar no tempo pra não derrubar o tambor. O que me motiva é o reconhecimento, não só meu pessoal, mas da modalidade como um todo que tem aumentado cada vez mais. Tudo isso torna o tambor apaixonante.
Quais são seus principais títulos?
Bárbara: Nos rodeios, bicampeã em Maringá/PR e Ouro Verde do Oeste/PR; campeã na Expovel de Cascavel/PR, Atalaia/PR, Jandaia do Sul/PR, Icaraíma/PR, Pérola/PR, Toledo/PR, finalista de Barretos 2015, finalista de Colorado 2014 e 2016, duas vezes o melhor tempo do Rodeio de Colorado e campeã da Copa OppinusShark. Nas pistas, campeã Circuito Costa Oeste do Cavalo de Trabalho, campeã NBHA-PR, campeã APQM e mais de 100 títulos em provas e etapas de campeonatos oficiais.
Por Abner Henrique
Fotos: Rodolfo Lesse