“Estamos sempre trabalhando para que o nosso esporte melhore cada vez mais. Por isso, o cuidado com os animais é um ponto primordial nas condutas de evolução da Vaquejada”, comenta Pauluca Moura, presidente da ABVAQ. Pensando nesse principio, então, o protetor de cauda foi um avanço significativo.
“Antes de mais nada, todo o critério na homologação desse produto se faz necessário para que possamos cada vez mais oferecer o melhor para os principais protagonistas desse esporte”. De acordo com o Manual de Bem-Estar Animal da Associação Brasileira de Vaquejada, o uso do protetor de cauda será disciplinado segundo as seguintes observações:
- Deverá ser colocado no local ideal do bovino de acordo com as especificações do fabricante, sob a orientação do chefe de curral, para não prejudicar a integridade física do animal, tampouco a apresentação do competidor.
- Em bovinos com cauda normal;
- Ser retirado imediatamente após cada apresentação;
- As luvas padrão ABVAQ, sem quinas nem inclinação até a altura de 5cm, nem material cortantes, ou quaisquer artifícios que venham a danificar o protetor de cauda ou a integridade física do animal.
Então, durante uma prova, cabe ao Juiz de Bem-Estar Animal observar se o regulamento é cumprido à risca, em todos os seus pontos, incluindo o do protetor de cauda.
“Nosso regulamento contém regras bem detalhadas de Bem-Estar Animal. Sobretudo, que devem ser seguidas e obedecidas na íntegra nos eventos regulamentados e chancelados pela ABVAQ. Definimos diretrizes e normas a fim de garantir totalmente a integridade física de cavalos e bois em atendimento aos princípios de bem-estar animal”, complementa Pauluca.
Portanto, o protetor de cauda é um equipamento de segurança importante para garantir que não haja nenhum dano ao boi. Diversas pesquisas científicas constataram sua eficácia e a aplicação correta dá uma maior segurança ao animal.
Transparência e a importância da homologação do protetor de cauda
Há alguns dias, a ABVAQ soltou em seu Instagram um vídeo sobre o assunto, que é um dos pontos de grande questionamento dos que acompanham a Vaquejada. Segundo Pauluca, a Associação recebe sempre muitas perguntas, inclusive sobre a ABVAQ ter apenas uma empresa com o protetor de cauda homologado.
“O regulamento da ABVAQ versa que o protetor de cauda precisa de homologação, ou seja, a Associação analisa com base em todos os critérios que garantem que aquele protetor de fato protege a cauda do boi. E muita gente pergunta por que até hoje apenas uma empresa tem seu produto homologado”, lembra o presidente.
Com efeito, ele reforça que a ABVAQ está à disposição para receber e para homologar todo e qualquer protetor de cauda que documentalmente comprove a proteção.
“infelizmente, até o momento, nós só temos uma marca comprovada. E, acima de tudo, para o bem da Vaquejada, é importante que todos entendam que não é papel da ABVAQ aprovar ou vetar esse ou aquele produto. Estamos aqui para cobrar que seja usado um protetor que garanta, de fato, a proteção da cauda do boi e com isso garantir a proteção do nosso esporte”.
Entre os pontos mais importantes do processo de homologação pela ABVAQ, que tem várias etapas, é o envio do protetor de cauda a um perito judicial. Antes de mais nada, a ABVAQ trabalha, especialmente nesse caso, sob critérios técnicos. Só após a análise e parecer desse perito, e cumpridos todos os demais critérios técnicos, é que o produto recebe homologação como seguro para o seu fim, que é a proteção do rabo do boi.
Ainda segundo, Pauluca Moura, a Vaquejada sofreu e sofre muitos ataques. “Desse modo, não adianta colocarmos o esporte em risco porque fulano de tal fez um protetor e acha que funciona. É simples, traga seu protetor para a ABVAQ, com toda documentação que prove que, efetivamente, o produto apresentado protege o rabo do boi, que ele será é homologado pela ABVAQ”, finaliza.
Veja o que diz o regulamento a respeito dos requisitos necessários, clique aqui.
Por Equipe Cavalus
Crédito das fotos: Divulgação/Ana Clark
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