Considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil (Lei 13.364/2016), a Vaquejada é uma das 22 modalidades esportivas da Associação Brasileira do Quarto de Milha que mais cresceu nos últimos anos e tem contribuído para movimentar a economia no país, tanto com as premiações em pista – em 2022, a ABQM pagou R$ 1,5 mi nas provas oficiais -, quanto na geração de emprego e renda para milhares de famílias nordestinas com os eventos esportivos.
Conforme os dados da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), por ano, são cerca de 720 mil empregos diretos e indiretos gerados pelo setor. A auxiliar de limpeza, Adnailza Maria de Moraes Santos, é temporária em uma empresa terceirizada de serviços gerais. No ano passado, ela trabalhou em quase 50 eventos de Vaquejada. O dinheiro extra tem ajudado a pagar as contas de casa.
“Faz um ano que eu já estou trabalhando com a Vaquejada. É uma renda que complementa o meu orçamento familiar. Eu tenho três filhos e sou mãe solteira. É uma forma de tirar um dinheirinho pra ajudar com as contas de casa, né? Se não fosse a Vaquejada, eu ia ter que viver só dos programas sociais”, conta a auxiliar.
Há mais de 20 anos, o treinador Juvenal Vieira saiu do Espírito Santo para Pernambuco e fez da paixão uma profissão. O vaqueiro capixaba se tornou referência como domador de cavalos para Vaquejada e hoje é dono de um dos maiores centros de treinamento do Nordeste.
“Desde criança sou apaixonado por cavalo. E foi na Vaquejada que eu consegui construir a minha história. Eu comecei como tratador, depois tive a oportunidade de correr e competir, e agora nos últimos 15 anos da minha vida, me tornei um treinador reconhecido. O cavalo pra mim é tudo. A Vaquejada mudou a minha vida e de muita gente”, afirma o domador.
Já o quartista e empresário Leonardo Borba, é da 3ª geração de uma das famílias mais tradicionais de vaqueiros do Nordeste. Hoje, além de competir com o pai, ele cuida dos negócios como gerente administrativo do Parque Rufina Borba, em Bezerros (PE), onde acontecem as provas oficiais da ABQM.
“Estamos há 49 anos realizando a Vaquejada. Por ano, injetamos mais de R$ 1,5 mi na economia local. O Parque Rufina Borba começou com o meu avô. Com os eventos, recebemos competidores de todo o país e movimentamos toda a economia da região, desde o setor hoteleiro, serviços e alimentação. Hoje, depois do carnaval, a Vaquejada é o grande atrativo turístico aqui da cidade. É, sem dúvidas, uma importante contribuição social, cultural e econômica”, afirma.
Vaquejada: a força do Nordeste
Um levantamento realizado pela ABQM revela que o Nordeste é 2ª região do país com o maior plantel de cavalos da raça: são mais de 133 mil animais registrados. De acordo com a ABVAQ, por ano, a prática movimenta mais de R$ 800 milhões na economia brasileira.
“A Vaquejada tem mostrado, cada vez, mais a sua força. Em 2022, chancelamos quase 300 eventos, com premiações que ultrapassaram os R$ 22 milhões. A parceria com a ABQM tem contribuído, significativamente, para o crescimento do esporte que, anualmente, já movimenta mais de R$ 800 milhões. E sem falar, é claro, na contribuição social, com milhares de nordestinos, que através da Vaquejada, tiveram a oportunidade de mudar as suas vidas, confirmando como o esporte cresceu e se profissionalizou com regras claras asseguradas por leis que garantem o Bem-Estar Animal nas competições. A nossa tradição cultural gera emprego, renda e movimenta a economia brasileira”, finaliza Pauluca Moura, presidente da ABVAQ e vice-presidente da ABQM.
Por Portal Vaquejada
Fotos: Divulgação/Portal Vaquejada
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