Classificatória de Inéditos ao Freio de Ouro consagrou égua de criatório de Santa Cruz do Sul e cavalo de cabanhas de Rosário do Sul e Passo Fundo no alto do pódio
A pista do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS, recebeu no último fim de semana o Bocal de Ouro, promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Acima de tudo, o evento respeitou, mais uma vez, todas as medidas sanitárias conforme protocolo estabelecido junto com a Santa Casa de Misericórdia.
No recinto, apenas proprietários e trabalhadores, além da organização. Por outro lado, um grande público acompanhou as provas pela transmissão ao vivo nas redes sociais da entidade.
De acordo com a ABCCC, o tempo e a qualidade do gado ajudaram os competidores que estavam concorrendo pelas vagas para a grande final do Freio de Ouro. Assim, em uma grande disputa, era comum movimentos serem premiados com a placa com a nota 10 vinda dos jurados.
No final, o Bocal de Ouro consagrou como campeã a égua Balisa III do Itapororó, da cabanha Quaraci, de Santa Cruz do Sul/RS. Ela foi montada pelo ginete Fábio Teixeira da Silveira.
Já nos machos, o cavalo Santa Alice Posteiro, da Estância Santa Alice, de Rosário do Sul /RS e da Cabanha El Casillero, de Passo Fundo/RS, guiada pelo ginete Fernando Andrighetti, levou o primeiro lugar.
Médias das disputas em Bocal de Ouro
Nas fêmeas, as oito selecionadas fizeram média acima dos 20 pontos. Balisa III do Itapororó já carregava o título de terceira Melhor Fêmea na Morfologia da Expointer em 2017 e agora mostrou a aptidão funcional garantindo o primeiro lugar na última corrida da prova de campo.
“É uma égua muito importante, extremamente mansa e bem domada. É uma égua que tem tudo para acrescentar para frente. Estou há um ano com ela, mas sempre gostei dela, planejando com paciência para poder colher este fruto”, observa Fábio Teixeira da Silveira.
As médias dos machos também foram altas, com cinco exemplares acima dos 20 pontos. O cavalo Santa Alice Posteiro é irmão materno do atual Freio de Ouro, Santa Alice Nublado II e liderou todo o Bocal de Ouro a partir das etapas funcionais.
“É muita alegria, muito cavalo bom que estamos montando. Esse cavalo já faz um tempo que está comigo, sempre se mostrou bom e demos um tempo para ele ir treinando e deu tudo certo. É um cavalo que tinha uma expectativa muito grande, fizemos um planejamento de longo prazo”, destaca Fernando Andrighetti.
Diferente, mas com a mesma qualidade…
Para o presidente da ABCCC, Francisco Fleck, foi um Bocal de Ouro muito diferente. Mas, mesmo assim, o que foi igual a outros anos foi a qualidade dos cavalos.
“Mais uma vez nos surpreendemos positivamente pelo alto nível e não foi diferente desta vez, com animais belíssimos desde a Morfologia. Estamos no 39º ano do Freio de Ouro e este é o resultado que esta ferramenta de seleção nos trouxe. O cavalo que temos hoje é um dos cavalos mais bonitos e um dos melhores cavalos de sela do mundo selecionados por esta prova”, observa.
Por fim, vale destacar que Alexandre Pons Suñe, Jorge Aginelo Nascimento e Mário Móglia Suñe fizeram o julgamento da categoria Fêmeas; e André Luiz Narciso Rosa, Ciro Manoel Canto de Freitas e Luciano Corrêa Passos foram os responsáveis na avaliação da categoria Machos.
Fonte: AgroEffective
Crédito da foto em destaque: Divulgação/ABCCC/Fagner Almeida