Evento será transmitido ao vido pela internet entre os dias 12 e 14 de dezembro
As provas do Rédeas de Ouro 2019, na arena coberta de Campina Grande do Sul/PR, serão transmitidas ao vivo no site da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), entre os dias 12 e 14 de dezembro.
Nesse sentido, um dos destaques da transmissão é a participação do multicampeão da modalidade, Gilson Diniz. Ele fará comentários sobre as provas ao lado do jornalista Sandro Fávero.
“A culpa é toda do Alemão [Antônio Corrêa, coordenador da Subcomissão de Rédeas da ABCCC], não é uma coisa que me agrada muito o tal do microfone. Sou muito mais íntimo das rédeas na mão e das esporas no pé”, brinca.
Gilson tem propriedade para falar de Rédeas
Gilson Diniz tem bagagem suficiente para comentar, com propriedade, sobre o esporte. Afinal, a vida do treinador e a conexão com o cavalo nasceram praticamente juntas.
Natural de Coromandel/MG, o mundo equestre mostrou ser a sua realidade desde os seus primeiros passos. “Eu nasci em fazenda. Os primeiros cavalos que eu domei, que eu montei, foram cavalos que eu fiz para ir à escola”, relembra.
O que antes era necessidade, portanto, transformou-se em vocação profissional quando tinha pouco mais de 22 anos de idade. Hoje, com 60 anos (com quase 40 destes dedicados ao trabalho), é um dos treinadores mais respeitados do Brasil.
O grande salto em sua carreira veio com a Rédeas, cuja história começou em 1987. De lá para cá, conquistou títulos importantes como o pentacampeonato no Potro do Futuro da ANCR, do qual também foi 11 vezes vice-campeão (é recordista, empatado com o cavaleiro Marcelo Almeida), além de outros Potro do Futuro da ABQM.
Os títulos na estante da memória não terminaram aí. Possui mais de 10 campeonatos nacionais e outras provas, como Super Stakes, Derby e inúmeras provas da ABQM. “Sou Hall da Fama no que eu faço, então isso para mim é o título mais importante”, aponta.
Gilson Diniz e o Cavalo Crioulo
No entanto, o contato com a raça Crioula se deu na década de 1980 por intermédio do ginete (primeiro campeão do Freio de Ouro) Vilson Charlat de Souza.
“Eu conheci quando o Seu Vilson levava os cavalos [para vender] em Goiás porque eu morava em Goiânia na época. Foi o primeiro contato que eu tive. Contato visual, na verdade”, conta.
Com o tempo, mais do que contato visual, passou a montar Cavalo Crioulo em competições de Rédeas. Hoje, aos 60 anos de idade, o seu trabalho com a raça se dá além das rédeas.
“Eu assessoro bastante gente no Freio de Ouro, inclusive o Fabrício Barboza que foi Freio de Prata neste ano. Então tenho bastante assessoria aí no sul, na Argentina e no Uruguai, e estou bastante envolvido com o Crioulo de uns anos para cá”, conta.
Expectativa pelo Rédeas de Ouro 2019
Para a edição deste ano do Rédeas de Ouro, a expectativa do renomado treinador é das melhores. “Como todas as provas vêm numa crescente, então o que eu espero é uma evolução natural, que tenha cavalos melhores do que o ano passado. A modalidade está numa crescente, independentemente de raça e de idade de cavalo”.
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Ademais, a prova é interessante porque vai correr Potro do Futuro e Nacional. “Então a gente vai ver cavalos de todas as idades e vai [ver cavaleiros] desde principiante até profissional. Eu imagino que vai ser uma festa grande e de alto nível”, projeta.
Fonte: ABCCC
Crédito da foto: Felipe Ulbrich e Arquivo Pessoal/Gilson Diniz