Gilsinho Diniz e Jone Carlos são campeões do Nacional do Rédeas de Ouro

Competidores ficaram empatados e dividiram prêmio da maior prova de rédeas de uma raça só

A maior prova de rédeas de uma só raça do Brasil não poderia terminar de outra forma, no sábado (14), em Campina Grande do Sul/PR. Sob holofote e gritos de apoio, Gilsinho Diniz e Jone Carlos Silva foram responsáveis por elevar o Campeonato Nacional do Rédeas de Ouro à nota máxima de 220,50.

Como resultado, uma vitória aliada. Dois amigos compartilharam a conquista do Campeonato Nacional. O cavaleiro Gilson Diniz Filho alcançou o bicampeonato com Jubileu da Roraima, conjunto que esteve no topo em 2018.

Do outro lado da disputa, Jone Carlos Silva montando Dom Eldorado Marca dos Santos – cujo cavaleiro também foi campeão do Potro do Futuro Aberto do Rédeas de Ouro 2019. Uma dupla de peso.

Vitória aliada

Gilsinho dedicou o título à memória do avô José Américo Diniz, que faleceu dias antes do evento, com uma vitória aliada. “No Potro do Futuro tive um resultado que me deixou chateado. Eu estava com muita vontade de ganhar. Eu disse que ia ganhar essa prova para o meu avô, mas não deu”.

Gilson Diniz Filho montando Jubileu da Roraima

Entretanto, o cavaleiro ainda enalteceu o potencial do amigo. “Esse moleque [Jone Carlos] é um fenômeno, é a maior revelação que tem hoje, é humilde. Tudo o que vai fazer, conversa comigo, e faz isso porque tem a segurança de ter um amigo e eu vou sempre ajudar o máximo que eu puder”, disse.

Detentor dos dois títulos mais importantes do Rédeas de Ouro – Potro do Futuro e Campeonato Nacional -, Jone Carlos Silva retribuiu as palavras. “Tenho uma história com o Gilsinho porque é um cara que me ajuda muito. Empatar com um dos principais treinadores do Brasil, pra mim é uma satisfação, estou muito feliz. Este final de semana foi abençoado para mim”, afirmou a mais nova sensação das rédeas.

No desempate, ambos zeraram. No discurso de Gilsinho durante a entrega de prêmios, as palavras ditas deixaram claro que não há vitória maior do que uma verdadeira amizade mesmo na divisão de um prêmio. 

Jone Carlos Silva montando Dom Eldorado Marca dos Santos

Por fim, ele garantiu que foi um fechamento mais do que compatível com a maior edição do Rédeas de Ouro da história. Ainda mais porque ele ainda ficou na terceira posição do Nacional, montando Especial Marca dos Santos. O conjunto obteve nota 220,00.

Salvo positivo 

Feliz com os resultados, o presidente da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Crioulo (ABCCC), Francisco Kessler Fleck, projeta ainda mais para o futuro. “A palavra que melhor define o Rédeas de Ouro 2019 é sucesso. Foi um sucesso nas inscrições, na preparação da pista, na parceria com a prefeitura de Campina Grande do Sul, mais uma vez”.

Gilson Diniz Filho montando Especial Marca dos Santos

E ainda acrescentou. “Tudo funcionando, a pista muito boa. O ambiente de amizade que tem entre os competidores deixa a gente realmente fascinado. Os criadores, os treinadores, os tratadores. Acho que saímos com a alma lavada, que o trabalho está sendo bem feito”, concluiu.

Grupo de juízes

Responsáveis por avaliar as performances em pista, o time de juízes foi composto por Ederson Machado, Giovani Bornancin, Marcos Antônio da Silva Júnior, Ricardo Heyman, Valter Lopes Junior e Wadson Lander. Eles foram escolhidos pelo comitê oficial da Associação Nacional do Cavalo de Rédeas (ANCR).

Entre os juízes, Valter Lopes Junior foi um dos estreantes no Rédeas de Ouro. Apesar de ter rodado por provas da ANCR e da ABQM, o ano de 2019 ficará marcado pelo inédito contato com um evento 100% crioulista.

Fonte: ABCCC
Crédito das fotos: Felipe Ulbrich