Movimiento a La Rienda apresenta campeões do ciclo 2020

Competição da ABCCC foi realizada em Esteio e completou dez anos como prova oficial da raça

O Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS, recebeu no último sábado (5), as disputas do Movimiento a La Rienda. Dessa forma, estiveram em pista as categorias Crioulos do Futuro e Profissional A e B.

Ao todo, 26 conjuntos foram avaliados e formaram os últimos pódios da modalidade em 2020. Ano, inclusive, que completa 10 anos anos como prova oficial da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).

Portanto, o resultado no Crioulos do Futuro – destinada para animais até três anos hípicos – fez do cavaleiro Cleiton Guimarães de Vargas pentacampeão da categoria. Contudo, desta vez título conquistado com Mapuche Martita, uma lobuna domada pelo próprio campeão. A pontuação total foi de 45,250.

“Sem dúvida, é uma égua de um temperamento muito bom, muito mansa. Ela aceitou desde o começo o treinamento e se renova muito bem de uma manobra a outra, porque ela descansa, relaxa e isso ajuda a gente”, enfatizou.

Cleiton Guimarães de Vargas e Vento Negro da Robsur – Foto: Divulgação/ABCCC/Fagner Almeida

Profissional A e B

Já no Profissional B a nota mais alta após oito movimentos foi obtida por Pietro Zanchetta que montou Guzman da Tuneira: 35,833. Há anos competindo no Freio Jovem, é a primeira vez no Movimiento a La Rienda. “Eu nem imaginava que isso podia acontecer, até porque eu vim só pra conhecer e nunca tinha corrido, mas já que deu certo, graças a Deus”, celebrou.

Na sequência, o topo do pódio da categoria Profissional A foi decidido na última corrida, já que Cleiton Guimarães de Vargas entrou em pista com Vento Negro da Robsur para defender o título conquistado em 2019. Deu certo! Com 57,500 de nota final, o conjunto tornou-se bicampeão da categoria. “A gente entra no compromisso, então tem que tentar manter a calma e tentar tirar o melhor do cavalo, e a gente conseguiu. Eu confio muito no cavalo”, finalizou.

Pietro Zanchetta e Guzman da Tuneira – Foto: Divulgação/ABCCC/Fagner Almeida

Julgamento em evolução

De acordo com o coordenador da Subcomissão de Movimiento a La Rienda da ABCCC, Golbery Accioli de Vasconcellos, o que pode ser salientado como evolução na última década é o julgamento.

“As notas mais precisas, os critérios muito mais alinhados, consequentemente, melhoram a qualidade dos conjuntos. Além, é claro, do julgamento, foi o novo formato que a prova teve. Porque no começo os jurados ficavam dentro da pista. Agora, não, ficam fora da pista. Isso aí mudou completamente a prova, não a prova em si, mas mudou a plástica da prova, facilitou o julgamento”, opinou.

Infantil e Feminina

Ocorreram neste ano também as estreias das categorias Infantil e a Feminina. Agora, em 2020, foram elas as responsáveis por abrir a final de La Rienda. Os oito movimentos foram executados por cinco conjuntos da categoria Infantil.

Como resultado, o cavaleiro Martin Alba Heller, de 10 anos de idade, sagrou-se bicampeão com Malaparte do Infinito (com 30,000), além de vice-campeão (com Campana Reboliço e 27,750) e terceiro lugar (com Mapuche Hechicera com 27,667). Em quarto lugar, Alvaro Alexandre Fidler com Capricho de Santa Angélica (com 25,833).

Na categoria Feminina, em primeiro lugar ficou a estreante amazona Amanda Nunes Pinto. Sobretudo, ela atingiu 35,000 de pontuação com Soberano do AEC. Oriunda do rédeas, destacou o seu treinamento para chegar até aqui.

“Eu mesma treino os meus cavalos. Trabalho durante o dia em Porto Alegre e à noite vou para o CT treinar. Eu nunca tinha corrido La Rienda, meu cavalo é de rédeas, aí eu decidi que ia correr”, relatou. O segundo lugar ficou com Isadora Casagrande e Riacho Frio Javaé (28,883).

Cleiton Guimarães de Vargas e Mapuche Martita – Foto: Divulgação/ABCC/Fagner Almeida

Amador A e B

Com quatro conjuntos no Amador B, o atual Freio de Alpaca da Master A do Freio do Proprietário 2020 sagrou-se também campeão da categoria: foi Hendrik Barcelos Platte, montando novamente Vendaval da Lua Branca, com 41,333 de nota. O cavaleiro também garantiu o terceiro lugar da categoria, com 37,500, montando Nacib do Pontal.

“Eu disputo o La Rienda porque eu acho que é uma modalidade que vai dar base para as outras, e como não envolve gado talvez fique até mais fácil de treinar. É interessante, a gente não deixa de participar, a gente continua montando, trabalhando a equitação, e até como criador eu acho que a gente tem que fomentar as provas”, comentou Hendrik após sua apresentação em pista.

Na Amador A, Roberto Vidal Hawerroth com Galanteador do Vô Aldo foi o campeão da sua categoria ao atingir 43,167. O conjunto, aliás, já havia vencido no La Rienda em 2019, porém na categoria B.

Após a prova, Roberto até chegou a dizer que “não conseguiu demonstrar” por completo a capacidade do cavalo, mas no fim o desempenho foi o mais alto do certame. “Eu achei que esse cavalo vinha pra fazer mais ou menos entre 53 e 55 pontos, e eu não consegui demonstrar o cavalo, não consegui, mas mesmo assim deu pra chegar. Às vezes a gente tem que contar um pouco com a sorte também”, celebrou.

Fonte: ABCCC
Crédito das fotos:
Divulgação/ABCCC/Fagner Almeida

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