Por unanimidade, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, na terça-feira (12), o Projeto de Lei nº 431/2023, de autoria da deputada estadual Adriana Lara (PL), que reconhece o ofício de domador como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado. Agora, falta apenas a sanção do governador Eduardo Leite para que a lei entre em vigor.
A proposta também homenageia Vilson Souza, símbolo da doma gaúcha e primeiro ginete campeão do Freio de Ouro, acumulando cinco títulos de Ouro, quatro de Prata e dois de Bronze. A lei receberá o nome de Vilson Souza.
Sobre o projeto que reconhece ofício de domador
“Esse projeto de lei foi feito em algumas mãos. Sempre tive o sonho de vê-lo acontecer, porque é o primeiro passo para, em breve, regulamentar a profissão de domador, que hoje ainda é apenas um ofício. A doma existe há milhares de anos, mas nunca foi regulamentada em lei. Agora, com esse reconhecimento, o domador passa a integrar o patrimônio cultural do Rio Grande do Sul”, afirmou Pablo Souza, neto de Vilson Souza.
Segundo ele, a aprovação abre caminho para que a atividade seja reconhecida também em âmbito nacional. “Esse projeto prevê não só a valorização do domador, muitas vezes esquecido, como também é o primeiro passo para que a profissão tenha espaço e, futuramente, seja legalizada em todo o Brasil”, completou.
Max Heller, coordenador da Escola de Ginetes Vilson Souza, destacou que a proposta vem sendo construída há anos. “É um trabalho 100% artesanal, feito por homens e mulheres. Hoje já temos muitas domadoras atuando. O objetivo é que, sancionada a lei, esse reconhecimento seja o primeiro passo para que o domador possa ter sua profissão legalizada, com carteira assinada e direitos garantidos”, disse.
“O Domador é muito mais que um cavalo – é a alma que entende o compasso, a paciência e a bravura da nossa terra. Essa lei é um tributo a todos que, com rédea firme e coração manso, mantêm vivo o orgulho gaúcho”, afirmou a deputada Adriana Lara.
Por Giovanna Catanho/Portal Cavalus
Foto: Divulgação
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