Mangalarga Marchador

Top Marchador: Trilho da Zizica, entre o clássico e o brilhante

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Algumas estrelas surgem no firmamento da raça Mangalarga Marchador, e são etéreas… desaparecem com o tempo. Outras, despontam e se firmam de modo permanente … e se eternizam

Esta crônica pretende delinear a trajetória de uma dessas estrelas que se enraizaram solidamente na Galeria dos Imortais da Raça Mangalarga Marchador – Trilho da Zizica, entre o Clássico e o Brilhante!

I – A casa-matriz:

Belíssimo texto de Ione Maria Cardoso, publicado na revista ‘Toada Marchador’ em junho de 2004, expressa com detalhes e elegância a coudelaria sul-mineira, onde um dia nasceu esse nobre alazão:

“(…) É ASSIM QUE SE FAZ: TROPAS MORRO GRANDE E ZIZICA

Dedicação e amor ao trabalho é a receita de Maurício de Barros Pereira para a criação de cavalos Mangalarga Marchador. Com ânimo e disposição, ele acorda bem cedo e trabalha até o anoitecer, acompanhando tudo na Fazenda Morro Grande (Cruzília – MG), além de atender, como veterinário, outras fazendas da região.

Tronco da família Pereira em Baependi, Sul de Minas, unida à família Ferreira Leite, de Carrancas, a Fazenda Morro Grande sempre se dedicou à criação de gado e de equinos. Ao seu lado, no trabalho diário da fazenda, estão o seu tio Marcos, o irmão Marcelo e a dedicação constante do peão ‘Russo’, considerado o braço direito na lida com os animais. Ele conta também com o apoio dos filhos Fernando, Matheus, Ana Clara e dos sobrinhos, além do incentivo da esposa Bebel, sua companheira há quinze anos.

A escolha do Mangalarga Marchador se deu pela tradição e também pela busca incessante de um bom cavalo de sela. Com isso, Francisco Cornélio Pereira, avô de Maurício, por laços de amizade usou principalmente cavalos do Angahy, Favacho, Traituba e Lobos. Hoje, todos os animais têm sangue do Candidato do Favacho. Devido à proximidade da fazenda com a antiga estação ferroviária de Cruzília, havia a necessidade de manter uma tropa sempre pronta para servir às pessoas que chegavam à cidade. 

Com a morte precoce de Francisco Cornélio Pereira, Manoel Antônio Pereira e Hélio Pereira Leite receberam a incumbência da administração da fazenda. Em 1976, os seis irmãos: Hélio, Manoel, Vera, Dora, Francisco e Marco Antônio, em sociedade, assumiram o criatório e registraram toda a tropa na Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador – ABCCMM, com o sufixo “Morro Grande”, dando assim uma identidade aos seus animais. E Maurício, nessa época como estudante de veterinária, já assumia o cuidado com os animais.

Em 1990, com o falecimento de Manoel Antônio Pereira, titular da tropa perante a Associação, continuou-se a sociedade com Francisco, Dora, Vera e Marco Antônio Pereira, sendo que o último assumiu como titular junto à ABCCMM, com o sufixo “Zizica”, em homenagem à avó paterna. Em 1979, tendo reavido o sufixo “Morro Grande”, a família optou por unir os dois sufixos, permanecendo hoje “Morro Grande da Zizica”.

Atualmente a tropa conta com 60 animais, descendentes basicamente de quatro éguas:
– Fama (Lobuna) – que vem de Xeque, Radical e Caxias, sendo que em sua linha baixa descende de éguas de seu bisavô;
– Aliança – que vem de Radical e Candidato;
– Palma (Angahy) – que vem de Quebranto, Jambo e Sátiro; e
– Copa (Gaúcha) – que descende de Tesouro e Candidato.

Copa produziu Truc do Morro Grande, que foi sem dúvida o animal que padronizou, direcionou e impulsionou a tropa do “Morro Grande”. Foi um cavalo ímpar, possuidor de excelente comodidade e um vigor extraordinário: um animal que se impunha onde estivesse.

Truc produziu vários filhos de destaque, entre eles: Edna, Gigi, Gabi, Vic, Imponência, Jussara, Luana, Proeza, Realeza, Sabrina, Qualidade, Zaira, Zureta, Begônia, Barra, Brasa, Copa II, Tributo, Tanque, Telegrama, Trigueiro, etc…

Em 1992, do cruzamento de Gigi com Caruzo J.D. (do criador Bruno Teixeira de Andrade), reprodutor fechado na linhagem Engenho de Serra, nasceu Trilho da Zizica.

Início da história de Trilho da Zizica

Trilho foi testado na lida de gado, em caçadas e cavalgadas. Entre as qualidades demonstradas de andamento, boca e resistência, uma se avulta: o temperamento. Nas competições em que Trilho participou, sempre foi Campeão ou Reservado Campeão, e hoje é possuidor de mais de trinta títulos de marcha, entre eles, três Nacionais.

O trabalho de Trilho foi cobrir filhas de Truc, algumas de Angahy Cartão, sempre com alto índice de acerto. Vale destacar alguns filhos de Trilho, como: Araponga, Xispa, Trilha, Zapata, Candidata, Utopia, Turbante², Caruso, Amanda, Conquista, Brisa, Topázio, Trono, Tuiuiú, Tamaio … que em criatórios de amigos têm se destacado, obtendo, inclusive, muitos campeonatos.

No final dos anos 90, foram adquiridas três éguas – mãe, filha e neta – cuja produção casou muito bem com Truc e Trilho. São elas: Mimosa, livro aberto de origem NRM (Nélson dos Reis Meirelles) e Lobos; Ipanema, filha de Angahy Cartão e Ironia, filha de Traituba Aviso.

O temperamento de sela, comodidade, sempre com muita caracterização racial (pouco falada nos dias atuais), é o que o criatório de Maurício busca no Mangalarga Marchador. Ele destaca que procuram também manter a tropa enquadrada no Padrão Racial quanto ao andamento, porque acreditam que a boa seleção deve ser feita em cima da sela. Por se falar em temperamento de sela, o criador entende que o animal deve ter prazer no trabalho, sendo indiferente o fato de estar indo ou vindo.

Ao dar ênfase ao cavalo de sela, Barros Pereira consegue demonstrar todo o seu conhecimento e entusiasmo quando ressalta: – “O cavalo de sela tem que ser estruturado, ter membros fortes, sem ser grosseiro. A cernelha destacada, a espádua e o antebraço longos e braço bem angulado, posterior que avança e alavanca, altivez e vivacidade no olhar, tronco profundo e arqueado.”

O também veterinário e grande entendedor da raça disse ainda que é muito importante que se tenha uma visão crítica sobre os próprios animais, procurando melhorar sempre, seguir uma meta e ter uma linha de trabalho que foge aos modismos.

Maurício conta como se faz: – “Nosso manejo é bem simples e extensivo e os nossos pastos são uma mistura de capim nativo, humidícola, andropogon e tanzânia. São tratados apenas os reprodutores e os animais que estão em doma ou trabalho. Os animais são repartidos em pastos por faixa etária, sexo e estágio reprodutivo.”

Quanto ao tratamento dado aos machos, ele entende que é preciso agir de modo radical: – “Assim, só servem para os outros criadores os animais que servem para o nosso, haja vista o pequeno número de machos registrados com nosso afixo.”

Portanto, desde a desmama, os potros que não terão chance de ser reprodutores são levados para um pasto afastado e, no tempo certo, serão castrados. Já os potros com possibilidade de virem a ser reprodutores vão para outro pasto e são avaliados periodicamente até a doma, que acontece por volta dos 3 anos.

Caruso JD

Hoje, o criatório conta com os seguintes reprodutores:
– Trilho da Zizica (Caruso J.D. x Gigi do Morro Grande) – em condomínio com o Haras Conforto (SP);
– Trevo Morro Grande da Zizica (Sátiro do Aeroporto x Edna do Morro Grande) em condomínio com o Haras Aeroporto (MG);
– Savage Garbo (Favacho Estanho x Eva do Morro Grande) – em condomínio com o Haras Cataguá‘S’ (MG);
– Bálsamo do Circuito das Águas (Destaque Botafogo x Andalusa de Mairiflor);
– Absinto J.D. (Truc do Morro Grande x Novela J.D.), e
– Kamicaze Agisa (Zé Boiadeiro Agisa x Mercedes Pitanga) – em condomínio com o Haras Agisa (PR).

Com relação às exposições, Maurício defende a participação dos criadores por acreditar que oferecem boas oportunidades: primeiro, porque esta é a melhor forma de divulgar o trabalho realizado pelo criatório; segundo, porque, na sua opinião, é muito prazeroso competir; e, por último, por considerar esta uma forma de confraternização com antigos amigos e a chance de fazer novas amizades. Por tudo isso, vê as exposições de forma bastante positiva, mas faz questão de afirmar que o animal só revela exatamente o que é nas fazendas, e não em exposições.

Quanto ao futuro da raça, Maurício acredita que ele é infinito, pois é uma raça em constante evolução e aperfeiçoamento. Mas acredita que vai depender muito da condução em separado e em conjunto dos criadores no reconhecimento dessa evolução. Esclarece que a raça é promissora, principalmente se for levado em conta que um bom cavalo Mangalarga Marchador sempre tem mercado, seja de sela ou não. Sua única indignação com relação à atual realidade da raça é a pequena oferta de animais direcionados para atender o público urbano, ou seja, animais para sela e passeio.

Maurício Barros Pereira conclui esta entrevista declarando que, para o futuro da “Morro Grande da Zizica”, a intenção da família é encontrar animais na mesma linha que possui hoje.  Ele faz questão de acrescentar que, em toda a trajetória de vida, as famílias contaram com a proteção divina e, por este motivo, não poderia deixar de dizer: – “Agradecemos a Deus por nos ter permitido chegar até aqui e pedimos que nos ilumine para o futuro”. (…)

II – AS LINHAS DE CRUZAMENTO QUE GERARAM TRILHO DA ZIZICA:

Texto de grande relevância e que traduz em palavras certeiras a origem paterna de Trilho da Zizica é o que nos detalha o criador e mestre Bruno Teixeira de Andrade, quando narra a saga de seus ascendentes:

(…) CARUSO J.D.

No início da década de 80, estava reservada para mim uma grande felicidade, que foi a entrada em reprodução de um potro baio, no qual depositava grande esperança: – Caruso, o filho da Rosada.

Caruso, cavalo de beleza estética e zootécnica, era bonito, forte, esperto e manso, mas o andamento me preocupava, pois eu o considerava um tanto diagonalizado.

Resolvi que, antes de usá-lo, iria testá-lo e o cruzei com duas éguas comuns que arranjei para ele, escolhidas a dedo. Eram duas tordilhas, sendo uma de trote e a outra de pura andadura.

No ano seguinte, nasceu um casal: a égua de andadura deu um cavalinho castanho, que era de pura marcha batida; e, da égua de trote, nasceu uma potra tordilha, também de marcha batida.
– “Caruso é o meu cavalo”, pensei.

Como cheguei a essa conclusão?
Por essa ocasião já era de meu conhecimento a informação dos antigos de que:
– “O exterior do cavalo mostra o que ele parece ser; a sua genealogia dá o que ele pode ser; mas somente a sua progênie mostra o que ele realmente é”.
É claro que apenas dois produtos são insuficientes para se poder chegar a uma conclusão como a que cheguei, mas o teste fora pesado para ele, o que me encorajou a continuar a testá-lo e assim fiz até o final de sua vida, sendo que sua produção nunca me decepcionou.

Desde os quatro anos, Caruso foi usado, por mim e alguns amigos, até morrer aos 25 anos, numa noite de Natal.

Caruso só deu alegrias, mas às vezes fico pensando que nãofui um dono à altura dele. Eu deveria tê-lo explorado mais e também com éguas menos parentes dele e mais variadas e também deveria tê-lo levado mais às pistas.

Montado por mim, foi Campeão em Madre de Deus e Reservado Campeão de Castiço JD, em Caxambu.

No dia, o julgamento foi contestado por alguns que entendiam que o resultado deveria ser invertido, ao que o juiz respondeu:

– “Ambos são do Bruno”.

Gigi do Morro Grande

Caruso deixou 106 filhos registrados e muitos sem registro, todos bons, nenhum inferior à mãe. Além de grande marchador, tinha o melhor acerto de boca que já conheci. Foi acertado por mim durante o tempo em que eu ainda morava em Belo Horizonte e vinha à fazenda de quinze em quinze dias. Está claro que esse acerto primoroso não é por mérito meu, mas do próprio animal, que tinha boca “bem rasgada”, levíssima, ótima conformação e direção de pescoço, ganachas afastadas, o que não apenas facilita a boa flexão da nuca, mas ajuda para que o animal seja colocado “na mão”.

Além de tudo, ele era um cavalo de explosão, o que confirma mais uma afirmação de cavaleiros antigos de que “sem progressão, não há direção”. Acrescente-se a tudo isso muita facilidade de aprendizagem e boa vontade. Assim como ele, eram ótimos de boca todos os seus filhos em que tive oportunidade de montar. Essa é uma característica transmissível.

Aliás, essa é uma linha de animais inteligentes e que, por terem grande facilidade de aprendizagem, devem ser trabalhados com certo cuidado, pois, tanto aprendem o certo como também aquilo que não é certo.

São animais corajosos, que passam com a maior facilidade por lugares difíceis, não tropeçam, evitam os buracos e são ótimos na lida de gado, e, desde novos, entram em caminhões sem medo, quando outros dão muito trabalho. Entretanto, não aceitam violência nem maus-tratos e reagem prontamente.

Assim são todos os descendentes da Baia, e isso fez com que eles ficassem com má fama.

Quando os irmãos do Porto compraram, no Engenho de Serra, o negro Ouro Preto II do Engenho de Serra (pai do Ouro Preto do Porto), que era filho do Ouro Preto velho com a Baia Olinda, um antigo peão de São Vicente se dirigiu a um deles com a seguinte frase:
– “Vacê comprou coisa boa, mas vacê comprou cobra”.

Isso porque, naquela época, em que não se conhecia ainda a doma racional, era costume começar a amansar o cavalo com uma boa surra para “quebrar” o bicho.

Dos descendentes da Baia, houve animais que se tornaram perigosos, violentos e outros que adquiriram toda sorte de defeitos.
Como nem Caruso nem seus filhos conheceram violência, são os animais mais mansos que conheço.

Houve uma ocasião, ainda no tempo da TV Manchete, em que a emissora mandou a Caxambu sua equipe para fazer uma reportagem sobre a raça Mangalarga Marchador para o programa ‘Manchete Rural’ e eu, na qualidade de criador e juiz da raça, fui convidado para fazer comentários sobre o padrão racial, mostrando ao vivo todos os itens enfocados pelo padrão.

Eu disse que aceitaria, desde que pudesse mostrar também o meu cavalo Caruso. O acontecimento se transformou em verdadeira festa, com vários criadores participando, todos montados em seus reprodutores. As filmagens começaram dentro do Parque das Águas. Durante a ida para o local onde seriam filmados os comentários, observei que muitos dos cavalos se mostravam indóceis, faziam muitas patacoadas e também tentavam atacar outros animais.

Caruso, mesmo sendo a primeira vez que vinha a uma cidade, marchava sobriamente no asfalto; foi quando um rapaz que eu não conhecia se aproximou e me disse, em tom de crítica:
– “Seu animal parece um cavalo castrado”.

Eu apenas lhe respondi:  – “Ele sabe que está em serviço”.

O tal rapaz sumiu de perto de mim.

Em resumo: Caruso foi ótimo cavalo de sela, ótimo marchador, ótimo pai, e ainda melhor avô e bisavô em tudo: caracterização racial, morfologia, andamento, temperamento e função.

Justamente por ser ótimo de sela e possuir um galope de rara qualidade, Caruso foi muito exigido, inclusive por mim, o que acabou por lhe causar grave lesão dos boletos anteriores e, no final de sua vida, já mancava muito.
Vi, numa manhã gelada, de muita geada, uma pessoa a quem eu havia emprestado o Caruso, depois de selá-lo, montá-lo ainda dentro da baia e sair num galope máximo sem antes ter tido o cuidado de aquecê-lo. Coisas desse tipo destroem um cavalo.

Eu não disse nada, mas me lembrei de um livro de poesias árabes que continha a seguinte verso afirmativo:

– “Não deixes pastar o teu jumento além dos limites do oásis, não galopes o teu cavalo antes de fazê-lo trotar e jamais digas a uma mulher que a amas”. (…)

(…) Caruso produziu muito mais fêmeas que machos e, dentre esses, se destaca, evidentemente, o alazão tostado Trilho da Zizica, que muitos pensam ser filho do Truc do Morro Grande.
Trilho, da excelente égua Gigi do Morro Grande, filha de Truc do Morro Grande, somou as qualidades dos pais e tem exatamente o mesmo temperamento que Caruso: é esperto e calmo, que o recebeu de Angahy Primeiro, através de Rosada JD.

Trilho tem tantos campeonatos de marcha que acho que hoje não haja quem saiba exatamente o seu número. Além de ser um cavalo de sela completo, possui campeonatos de marcha em todos os níveis, inclusive nacionais, como também tem produzido filhos campeões, em todos os níveis. (…)”

Para conhecermos ainda mais profundamente as linhas altas do sublime Trilho, vale aqui lembrar das histórias de Rosada JD, sua avó paterna, mais uma vez viajando com a pena dourada do mestre Bruno:

“(…) ROSADA J.D. por Angahy Primeiro x Baia do Engenho de Serra

Para desfrutarmos da história que cerca esta soberba matriz, recorri aos ensinamentos e memórias do criador Bruno Teixeira de Andrade (Carrancas-MG), como se segue:

“(…)  É um prazer saber que você está escrevendo sobre a minha inesquecível Rosada J.D. Ela era uma égua baia tapada (sem linha de burro, nem zebruras) de 1,48 m de cernelha, criada a pasto. Rosada era filha de Anghay Primeiro em Baia do Engenho de Serra (‘a melhor e mais famosa égua que o Engenho de Serra já produziu em todos os tempos’). Anghay Primeiro era filho do Primeiro Velho (x Angahy Mineiro) em Anghay Telegrama (x Anghay Telegrafista).

Já a Baia do Engenho de Serra (que na verdade se chamava Olinda), era filha de dois irmãos próprios: Baluarte do Engenho de Serra (tordilho) e de Esmeralda do Engenho de Serra (também de pelagem baia), ambos filhos de Panchito J.B. (tordilho) e de Soberana do Engenho de Serra (baia).
Rosada nasceu no Engenho de Serra em 1962, e, após ser desmamada, foi vendida para os criadores Antônio Dirceu de Araújo Carvalho (sufixo ‘Queima Sangue’) e José Roberto Carvalho (sufixo ‘Garirobas’), ambos de Madre de Deus de Minas, que juntos compraram mais de trinta fêmeas do Engenho de Serra.

Acabada de domar, revelando suas extraordinárias qualidades de sela, foi égua de caçadas durante muitos anos.
Produziu com seu meio irmão Oriente de Santa Lúcia (um baio filho de Ouro Preto e Baia), outro baio tapado, Mulato do Queima Sangue, também mestre de caçadas e ótimo de produção.

Com Prelúdio Primeiro do Porto, foi mãe de Mineira da Brenda (tordilha pedrês). Esta gerou a Relíquia da Brenda e, portanto, tornou-se avó de Senhor do Porto (Campeão Nacional de Marcha).
Ainda com Prelúdio Primeiro do Porto, deu Herdade Soberana, que produziu na Fazenda Herdade três machos extraordinários: Herdade Garboso I (por Herdade Cadillac), Herdade Escol e Herdade Fidalgo (Campeão Nacional de Marcha), ambos por Herdade Cobalto.

Somente depois de erada foi que a adquiri e a registrei em Livro Aberto com o sufixo J.D., sob o nº 7390-4. Na minha mão produziu também um neto da Baia do Engenho de Serra, o garanhão Caruso J.D., que foi excelente em tudo: morfologia, andamento e temperamento.
Caruso deu Trilho da Zizica, Campeão Nacional de Marcha e pai de Campeões Nacionais
, e deu ainda, por seu filho Huno J.D., as Campeãs Nacionais da São Diogo: Gibanca e outras.

Depois, Rosada produziu com Trunfo J.D. uma potra castanha que vendi para Francisco Ormeu de Andrade Reis. Mas, por essa ocasião, eu já estava determinado a obter um Engenho de Serra fechado, cruzando os dois últimos animais da tropa antiga do Engenho de Serra: Rosada e Prelúdio.

Foi somente depois de anos de tentativas infrutíferas que consegui o Harpejo J.D., tordilho pedrês, um cavalo de frente linda, cernelhudo, fino, mas de ossatura forte, resistente e com andamento primoroso. Rosada me deu ainda Lola J.D., uma tordilha pedrês filha de Brasil J.D., mas que morreu às vésperas de parir de Angaí Quilher. Sua última cria foi Monalisa JD, castanha e filha de Luar H.B., que me tem dado ótima produção.

A tropa J.D. hoje é 99% descendente de Rosada J.D.
Há, entre os caçadores, algumas estórias sobre a Rosada e uma delas me foi contada pelo Dr. Francisco Pascoal de Araújo, então promotor de Justiça na Comarca de Andrelândia (MG).

Pascoal, que era primo de Antônio Dirceu, costumava caçar com ele aos domingos e, como ele mesmo dizia, era um cavaleiro “assim, assim …”, e escolhia sempre os animais mais mansos e sossegados para caçar.
Um dia, Antônio Dirceu o chamou e disse: – “Pascoal, desse jeito você está perdendo todas as caçadas, pois vai à frente o veado, depois os cachorros, depois os cavaleiros mais espertos, os mais lerdos e no final você.  Semana que vem você vai caçar na Rosada.”

E Pascoal continua narrando: – “ … na outra semana montei a Rosada e a caçada foi diferente: na frente o veado, depois eu na Rosada, depois os cachorros, os cavaleiros mais espertos, os mais lerdos, etc.”
Brincadeiras à parte, a Rosada era destes animais que você monta e jamais esquece.
Grande abraço, Bruno (…)”

Sobre a linha materna, igualmente importante na formação de Trilho da Zizica, vale destacar sua mãe – Gigi do Morro Grande (Truc do Morro Grande x Palma do Morro Grande, por Quebranto Lobos x Angahy do Morro Grande, por Traituba Sátiro).

Na década de 80, tive o imenso prazer e satisfação de proceder ao registro definitivo do garanhão Truc da Morro Grande, criação de Manoel Antônio Pereira, após me certificar de que sua altura à cernelha encontrava-se no limite mínimo permitido. Montei-o naquela tarde, entre os flamboyants da região de Lorena (SP), e me deliciei com seu andamento raro, confortável, ‘pedindo rédeas’ e extremamente eficiente.

Seu pai, Safári J.F., criação de Geraldo Junqueira de Andrade, nasceu a 15 de outubro de 1971, na pelagem alazã tostada. Foi também propriedade dos Haras Dana (Cruzília-MG) e Ituverava (Ituverava-SP).

Seu pedigree completo é o seguinte:

A mãe de Truc do Morro Grande, a soberba tordilha Copa do Morro Grande, descende de Favacho Tesouro, Favacho Velho e Bônus da Vargem (que conheci pessoalmente na Fazenda Araújo, em 1975, quando lá estive para adquirir um de seus filhos – o Ara Cirimbó).

Gigi do Morro Grande, consequentemente, traz em seu bojo as melhores origens do Favacho, ‘53’, Vargem e do pilar Capitel, criação de Sebastião de Almeida Prado (‘SP’). (…)”

III – A PROGÊNIE: ENTRE O CLÁSSICO E O BRILHANTE, ABRACE OS DOIS!

Segundo o magnífico trabalho do hipólogo Sérgio Barcellos – ”Cavalos de Corrida: Uma Alegria Eterna” (Topbooks , Rio de Janeiro – 2002), cavalos de corridas podem ser descritos em duas vertentes primordiais: os Clássicos e os Brilhantes.

Reverberando esta análise para o mundo do Mangalarga Marchador, e traduzindo a paixão e a admiração que nos cercam toda a vez que penetramos no mundo dos cavalos, definimos aqui:

– Clássicos: são aqueles animais que venceram algumas das provas mais seletivas dos certames, exposições e concursos. Neste caso, Trilho da Zizica se encaixa perfeitamente nesta Galeria de Campeões, pois são incontáveis seus títulos em concursos de marcha, sejam eles no âmbito regional, estadual ou, até mesmo, nacional;

– Brilhantes: são aqueles reprodutores capazes de preservar e transmitir marcha à sua descendência, afinal o maior compromisso de um semental Mangalarga Marchador. Aqui, a relação de filhos e filhas insuperáveis em concursos de marcha e, por que não acrescentar, campeonatos de morfologia, é vasta e marcante:

a) Turbante Morro Grande da Zizica (x Imponência do Morro Grande) – Campeão dos Campeões Nacionais de Marcha;

b) Xispa Morro Grande da Zizica (x Imponência do Morro Grande) – Campeã das Campeãs Nacionais de Marcha;

c) Galante do Expoente (x Única Kafé) – Campeão dos Campeões Nacional de Marcha;

d) Athos do Conforto (x Caiana do Imperador) – Campeão dos Campeões    Nacionais de Marcha;

e) União Caxambuense (x Nave Caxambuense) – Campeã das Campeãs de Marcha – CBM;    

f) Vedete do Conforto (x Espoleta R.F.) – Reservada Grande Campeã Nacional da Raça;

g) Caxambu Beirute (x Catitó Olinda) – Bi-Reservado Campeão dos Campeões Nacionais de Marcha – CBM;

h) Dínamo do Conforto (x Vermelha do Conforto) – Grande Campeão Nacional da Raça.

Progênie de Trilho da Zizica

Outros filhos do Trilho que se sagraram campeões nacionais, preservando e transmitindo qualidades de marcha e morfologia para suas progênies: Risada do Conforto (x Pérola da Seara Dourada); Araponga Morro Grande da Zizica (x Ironia do Vale Formoso); Gaiato do Expoente (x Duna do Expoente); Flor do Expoente (x Fanfarra Bavária); Galileia do Expoente (x Única Kafé); Ciranda do Trabanda (x Isca da Ogar); Lupo MUG (x Gloriosa MUG); Virgílio do Conforto (x Lenda da Today); Navarro dos Varões (x Candelária dos Varões); Trilho do Porto Azul (x Duna do Porto Azul).

Deste modo, ao vislumbrarmos a dispersão das qualidades que se espalham nos dias de hoje por centenas de criatórios nacionais do cavalo Mangalarga Marchador, não temos dúvida alguma em afirmar que Trilho da Zizica consolida-se como verdadeiro melhorador via sua progênie; superando deficiências próprias e alicerçando robustez, vitalidade, andamento e temperamento de sela.

Trilho da Zizica, o raçador!

Nota Autor: Favacho Candidato nasceu no criatório de Gabriel Fortes Junqueira de Andrade (“Bilota”) a 7 de setembro de 1943, castanho e filho de Armistício e Favacho Onda. Foi pai, entre outros, de Radical, Albatroz, Rassunda, Artista, Tezoura e Zum-Zum, todos nascidos na Fazenda do Favacho.

Nota do autor: Aquele cavalinho castanho, como não tinha registro, foi vendido e veio parar no aluguel em Caxambu. Chamava-se Diamante e era do Fernandinho. Um empregado do Fernandinho me disse: – “O meu patrão tem quarenta cavalos de aluguel, o Diamante é o melhor de todos os dele e também o melhor de todo o aluguel em Caxambu”. É importante salientar que Caxambu, sendo uma cidade de turismo, tem muitos cavalos de aluguel. E que em Caxambu há os cavalos de carruagem e os de sela, sendo que todos os de sela são macios, pois os proprietários que, em geral, vivem disso, descobriram, há muito tempo, que cavalo de andamento duro fica no ponto sem alugar e dá prejuízo.

Nota do autor: Esse Ouro Preto II foi vendido para Barbacena, onde, cruzado com éguas Campolinas, produziu alguns campeões nacionais daquela raça. Eram crias do mestre José Eugênio Dutra Câmara.

Por Ricardo L. Casiuch, Faz. Campos do Pinhão/Top Marchador
Crédito das fotos: Reprodução/Top Marchador

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12ª Cavalgada Temática na Serra Canastra reuniu exemplares de Mangalarga Marchador

Além de criadores e proprietários, passeio contou com a presença de autoridades do estado de Minas Gerais e fãs da raça

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12ª Cavalgada Temática na Serra Canastra reuniu exemplares de Mangalarga Marchador

No último sábado (06), foi concluída a 12ª edição da Cavalgada Temática do Mangalarga Marchador. O passeio, que foi feito no Roteiro do Queijo da Serra Canastra reuniu, em São Roque de Minas, criadores, autoridades de Minas Gerais e fãs do Cavalo Mangalarga Marchador em um percurso que privilegiou, além das belezas naturais, com parada na Cachoeira do Nego, o produto mais famoso da região, o tradicional queijo da Serra da Canastra, com visita à Queijaria do Otinho.

12ª Cavalgada Temática

Na abertura da Cavalgada Temática, que ocorreu no Sindicato Rural de São Roque de Minas, estiveram presentes, além dos cavaleiros e amazonas, o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes e o Presidente da Faemg/Senar, Antônio de Salvo.

De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), a 12ª Cavalgada Temática contou com 182 participantes no total, sendo 135 montados e 47 acompanhantes.

No encerramento, a presidente da ABCCMM, Cristiana Gutierrez, o Diretor de Esportes e Provas Funcionais, Mauricio Pierrotti e o presidente do Núcleo MM do Alto São Francisco, Diego Arlei, encerram o evento, agradecendo os participantes que realizaram todo o trajeto do evento, bem como aos parceiros e apoiadores que colaboraram com esta iniciativa.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus (Com informações da ABCCMM)
Fotos: Divulgação/ABCCMM

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Programa de Formação por Competência da ABCCMM está com inscrições abertas

Programa voltado para formação de profissionais com atuação voltada para o Mangalarga Marchador será realizado na cidade de Bambuí (MG)

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Programa de Formação por Competência da ABCCMM está com inscrições abertas

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), abriu as inscrições para o programa de Formação por Competência. O curso, que acontece em parceria da ABCCMM com o Sistema FAEMG/SENAR, para formação de profissionais com atuação voltada para o Mangalarga Marchador, está com inscrições abertas para uma nova turma na cidade de Bambuí (MG).

Programa de Formação por Competência

De acordo com a associação, para participar do processo seletivo os interessados deverão realizar inscrição via WhatsApp, com a Mobilizadora do Sindicato Rural de Bambuí, através do número: (37) 9969-0460 (Daiane), de forma gratuita, até às 12h, do dia 11 de abril de 2024.

Ainda na quinta-feira (11), a partir das 15h, os inscritos deverão participar da apresentação do programa, de forma online ou presencial no Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí. Vale lembrar que o teste de aptidão para a seleção dos 15 alunos que formarão a turma será no dia 17 de abril, às 10h, também no Instituto Federal de Minas Gerais.

Já as aulas do Programa de Formação para os participantes selecionados terão início em maio/junho de 2024 e acontecerão no Instituto Federal de Minas Gerais. Todas as informações sobre o programa estão disponíveis no site da ABCCMM e as inscrições são gratuitas.

Por Assessoria de Imprensa ABCCMM
Fotos: Divulgação/Fernando Ulhoa

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Exposição Brasileira do Criador reúne expositores de dez estados diferentes

Considerado o primeiro grande evento do ano do Mangalarga Marchador, exposição foi realizada de 19 a 23 de março no Haras NSG, em São Pedro (SP)

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Exposição Brasileira do Criador reúne expositores de dez estados diferentes

No último sábado (23), a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), finalizou a Exposição Brasileira do Criador. O evento que começou no dia 19, foi realizado no Haras NSG, em São Pedro (SP).

Exposição Brasileira do Criador 2024

De acordo com a organização, a competição contou com 429 animais, 113 expositores de dez diferentes estados do Brasil (SP, RJ, MG, PE, SC, RS, PB, PR, BA e GO), sendo deste total, 54 criadores estreando na Exposição do Criador.

Além dos julgamentos, a programação contou com as Provas Sociais, Curso para Provas Esportivas – Módulo I (ministrado pelo instrutor Fabiano Bittencourt para 20 alunos) e Provas Esportivas de Ranch Sorting, com 101 passadas e muita animação dos participantes.

Vale destacar que o evento, foi organizado em parceria com o Núcleo Bandeirantes de Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, disponibilizando uma infraestrutura completa com área gastronômica, espaço comercial e shows com artistas locais para os visitantes.

Durante a cerimônia de abertura, a presidente da ABCCMM, Cristiana Gutierrez acompanhada de Georgina Penna Costa (diretora de Eventos), Maurício Camera Pierrotti (diretor de Esportes) e Denilson César de Castro (diretor Administrativo), anunciou em o início das comemorações dos 75 anos da associação e os demais eventos do ano.

A entidade ainda destaca que essa foi a segunda vez que o estado de São Paulo sediou a Exposição Brasileira do Criador. Hoje o estado ocupa a segunda colocação em número de criadores associados e possui plantel ativo com 79.628 animais.

Por Assessoria de Imprensa/ABCCMM
Foto: Divulgação/ABCCMM

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Mangalarga Marchador

Trilho da Zizica deixa uma história de legado no Manglarga Marchador

Alazão é considerado um dos grandes exemplares da raça, responsável pela evolução moderna do Manglarga Marchador

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Trilho da Zizica deixa uma história de legado no Manglarga Marchador

Uma semana de perdas para o mundo do cavalo, dessa vez para a raça Mangalarga Marchador. Faleceu na quinta-feira (21), o alazão Trilho da Zizica, considerado um dos grandes nomes da raça. Filho de Caruso J.D. com Gigi do Morro Grande, Trilho da Zizica é um dos responsáveis pela evolução do moderno Mangalarga Marchador.

Trilho da Zizica

De acordo com a revista Raça Marchador, a história de Trilho começou na Fazenda Morro Grande em Cruzília, sul de Minas Gerais, puro de marcha, montado era o cavalo de caçadas e da lida, portanto um cavalo que foi forjado a campo por suas qualidades de sela, índole boa, comodidade extra, e temperamento que agradava a todos, por isto, era o mais requisitado por todos.

Na sua carreira em pista, conquistou mais de 50 títulos de Marcha, sagrando-se em 1999, Res. Campeão Nacional de Marcha – 2000, Res. Campeão Nacional de Marcha e em 2001, Campeão Brasileiro de Marcha.

Como reprodutor, ele seguiu sua vida projetando filhos Campeões Nacionais, sendo um deles Galante Expoente, número 1 no Ranking Nacional de Reprodutor da raça em 2022. Nas redes sociais, muitos entusiastas do Manglarga Marchador lamentaram a perca de Trilho da Zizica.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus (Com informações da Revista Raça Marchador)
Fotos: Reprodução/Internet

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Mangalarga Marchador

Cavalgada das Patroas reforça a força da mulher junto ao Mangalarga Marchador

Celebrando o mês que comemora o Dia Internacional das Mulheres, mulherada se reuniu em um encontro para uma cavalgada com exemplares da raça Mangalarga Marchador

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Cavalgada das Patroas reforça a força da mulher junto ao Mangalarga Marchador

Na última sexta-feira (16), um grupo de mulheres se reuniram para um passeio muito especial, a ‘Cavalgada das Patroas’. Organizada pelo Núcleo Mangalarga Marchador Centro Oeste Mineiro, a cavalgada contou com a presença de 40 amazonas.

Cavalgada das Patroas

De acordo com a organização, a atividade partiu do Haras Mozer, em Onça do Pitangui (MG) com intuito de reunir e incentivar as mulheres na participação da atividade. O evento contou ainda com a presença da presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador (ABCCMM), Cristiana Gutierrez.

É um fato que, cada vez mais, vemos mais mulheres à frente e participando de eventos equestres, mostrando que a força feminina também faz parte desse universo único que é o meio do cavalo.

“A Cavalgada das Patroas ficou marcada pela confraternização, e usufruindo o que de melhor nosso cavalo nos oferece, o conforto na sela e as amizades”, destacou a entidade através das redes sociais.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus (Com informações da ABCCMM)
Fotos: Reprodução/Instagram

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Mangalarga Marchador

Começa a Exposição Brasileira do Criador na cidade de São Pedro (SP)

Exposição é evento de destaque no calendário da raça Mangalarga Marchador neste primeiro trimestre de 2024 acontece até o próximo sábado (23)

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Começa Exposição Brasileira do Criador na cidade de São Pedro (SP)

Começou nesta terça-feira (19), a Exposição Brasileira do Criador, edição 2024, que será realizada no Haras NSG, na cidade de São Pedro – SP (Rod SP191, KM 206. Bairro Campestre).

Exposição Brasileira do Criador

Primeiro grande evento promovido pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) neste ano, a competição é uma oportunidade para que os criadores possam conferir e avaliar, por meio dos julgamentos, o seu próprio trabalho de criação, pois o critério para participação é que o expositor do animal seja também o seu criador.

Com participação de 429 animais e 113 expositores de dez diferentes estados do Brasil (SP, RJ, MG, PE, SC, RS, PB, PR, BA e GO), os julgamentos de Marcha e Morfologia ocorrem entre os dias 19 e 23 de março (de terça a sábado) e poderão ser acompanhados por todo o público.

Também compõem a programação da Exposição, as Provas Sociais, prova esportiva de Ranch Sorting e o Curso para Provas Esportivas– Módulo I.

Organizada em parceria com o Núcleo Bandeirantes de Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, o evento possui infraestrutura completa para acolher criadores, expositores e visitantes. Com área gastronômica, espaço comercial, shows com artistas locais e outros atrativos.

O Mangalarga Marchador

São Paulo possui relevante participação no fomento da raça, o estado possui o segundo maior número de criadores associados na ABCCMM, 2.383, e um plantel ativo de 79.628 animais.

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) é uma entidade civil sem fins lucrativos, credenciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para fazer o registro genealógico oficial dos animais da raça Mangalarga Marchador. Atualmente a entidade possui 23.210 sócios ativos e 737.542 animais registrados.

Serviço
Expo Brasileira do Criador 2024
Data: de 19 a 23 de março de 2024
Local: Haras NSG – São Pedro – SP (Rod SP191, KM 206. Bairro Campestre).
Entrada franca

Por Assessoria de Imprensa/ABCCMM
Foto: Divulgação/ABCCMM

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Mangalarga Marchador

ABCCMM define data para 41ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador

Considerado o maior evento da raça, Exposição Nacional reunirá exemplares de todo o Brasil no Parque de Exposições da Gameleira em Belo Horizonte – MG

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ABCCMM define data para 41ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador

Nesta quinta-feira (14), a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador (ABCCMM), divulgou a data da 41ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, que, neste ano, ocorrerá de 20 de julho a 03 de agosto de 2024, no Parque de Exposições da Gameleira em Belo Horizonte – MG.

Considerado o evento mais esperado do ano, a Exposição Nacional 2024, terá um acréscimo de dois dias em sua programação, e os animais julgados e não classificados para os Grandes Campeonatos, poderão, conforme decisão do seu expositor, deixar o Parque da Gameleira de volta para casa, a cada dois dias.

De acordo com a associação, estas medidas vão de encontro às propostas pautadas nas reuniões entre a Diretoria da ABCCMM e criadores/expositores da raça, realizadas durante o 37º Campeonato Brasileiro de Marcha Batida e o 16º Campeonato Brasileiro de Marcha Picada, em novembro de 2023. Nas ocasiões foram discutidos possíveis cenários para a 41ª Exposição Nacional, que neste ano celebrará, ainda, o aniversário de 75 anos da entidade.

Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador

Vale relembrar que a Exposição Nacional acontece anualmente desde 1982. Naquela ocasião, participaram do evento 413 animais da raça. Desde então, o evento foi crescendo gradativamente, chegando aos mais de 1.600 cavalos atuais e 561 expositores, se consolidando entre os maiores eventos privados da capital mineira e um dos mais importantes do setor no país.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus (Com informações da ABCCMM)
Fotos: Divulgação/H.Possebon

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Mangalarga Marchador

Provas esportivas do Mangalarga Marchador contribuem fortemente para o setor

De acordo com a entidade, as provas esportivas com o Mangalarga Marchador têm alcançado cada vez mais destaque na programação de eventos da raça

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Provas esportivas do Mangalarga Marchador contribuem fortemente para o setor

A criação de cavalos no Brasil é um negócio que movimenta mais de R$ 30 bilhões no país, de acordo com os dados mais recentes do IBGE, o Brasil é o quarto país em rebanho de equinos no mundo, possuindo mais de 5,8 milhões de animais, atrás apenas da China, México e Estados Unidos.

Outro ponto a se destacar, é que o estado de Minas Gerais é o maior produtor no país nos dias atuais. Não é à toa que o estado é um dos principais a sediar provas e eventos da raça Mangalarga Marchador, que até 2023, correspondia a 31% do total do rebanho equino brasileiro, liderando esse nicho econômico.

Provas Esportivas Mangalarga Marchador

E as provas da raça seguem sendo realizadas não só em Minas, mas em diversos estados brasileiros, com um alcance a todos os povos. No último final de semana a primeira etapa do Circuito Norte de Minas de Provas Esportivas, realizada durante a Exposição Especializada de Montes Claros (MG) foi sucesso entre competidores e público presente. As provas de Três Tambores e Seis Balizas, em 07 de março, contabilizaram, ao todo, 110 passadas. No dia seguinte, na prova de Ranch Sorting, os conjuntos realizaram 103 passadas.

Já no dia 09 de março, aconteceu a IV Etapa do Circuito Rio Minas de Provas Esportivas, promovida pelo Núcleo dos Criadores do MM de Campos, no Rancho Gabriela, em Campos dos Goytacazes (RJ), que realizou 189 passadas.

Em Jaguariúna, estado de São Paulo, a primeira etapa do Campeonato Paulista de Equitação de Trabalho 2024, em 09 de março, sediada na Agro Maripá, evidenciou a participação expressiva do Mangalarga Marchador, ao todo 17 exemplares, o maior número de animais inscritos.

A 12ª Cavalgada do Batom, promovida no dia 09 de março pelo Núcleo Berço da Raça MM, reuniu 115 amazonas, na cidade de Cruzília (MG). A Cavalgada contou com a participação da diretora de Eventos, Georgina Penna Costa.

Completou as atividades esportivas do fim de semana, a prova de Ranch Sorting, promovida pelo Núcleo do Sul de Minas, em Três Pontas (MG), no dia 10 de março. A atividade contabilizou 92 passadas.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus (Com informações da ABCCMM)
Fotos: Divulgação/Fazenda da Roseta

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Mangalarga Marchador

ABCCMM irá promover curso de provas esportivas durante a Expo Brasileira do Criador 2024

Além do curso, haverá também a prova de Ranch Sorting, que acontecerá no dia 22, logo após o almoço, com inscrições no local

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ABCCMM irá promover curso de provas esportivas durante a Expo Brasileira do Criador 2024

Na última semana, a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), divulgou algumas atividades que farão parte da Exposição Brasileira do Criador 2024. Dentre elas, estão o Curso para Provas Esportivas – Módulo I e uma prova de Ranch Sorting.

Vale destacar que a Exposição Brasileira do Criador é considerada o primeiro grande evento do ano, que será realizado de 19 a 23 de março, no Haras NSG, em São Pedro (SP). De acordo com a organização, será preparado um grande evento, seguindo o modelo das edições passadas, com estrutura planejada para receber criadores, usuários e fãs da raça.

Curso para Provas Esportivas e Prova de Ranch Sorting

E como parte da programação, a ABCCMM irá promover o Curso para Provas Esportivas – Módulo I, que será realizado de 19 a 21 de março com o instrutor Fabiano Bittencourt. Serão 20 vagas, com inscrições a serem feitas via Departamento de Esportes da ABCCMM.

É importante destacar que as inscrições, que são gratuitas, devem ser feitas até o dia 18/03. Segundo a associação, serão disponibilizadas 13 disponíveis para animais dos participantes do curso, por ordem de inscrição. Os demais participantes poderão adquirir a baia com investimento de R$ 320,00. Além disso, o feno será responsabilidade do proprietário do animal.

Além do curso, haverá uma prova de Ranch Sorting, que acontecerá no dia 22/03, após o almoço. Para participar, é necessário fazer a inscrição até o dia 21/03, com os organizadores no local do evento.

A associação destaca que os alunos do curso e participantes da Expo Brasileira do Criador terão quatro passadas gratuitas. As demais serão pagas no momento da inscrição e o valor total será revertido em premiações. Outro ponto é que cada competidor poderá realizar o máximo de 8 passadas.

Mais informações podem ser adquiridas através do Departamento de Esportes da associação através do telefone (31) 98290-9199 com Elizene Martins.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus (Com informações da ABCCMM)
Fotos: Divulgação/Gabriel Lage

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Mangalarga Marchador

ABCCMM fará pré-venda exclusiva da 6ª edição do Modão Mangalarga Marchador

Evento será realizado em julho na Expominas em Belo Horizonte (MG) e contará com nomes de peso do sertanejo

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ABCCMM fará pré-venda exclusiva da 6ª edição do Modão Mangalarga Marchador

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), divulgou na última segunda-feira (26), que iniciará a pré-venda exclusiva para associados da 6ª edição do Modão Mangalarga Marchador. Vale destacar que o evento será realizado no dia 26 de julho, durante a 41ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, na Expominas em Belo Horizonte (MG).

De acordo com a entidade, neste ano, as atrações confirmadas serão Zé Neto e Cristiano e Boate Azul (Edson e Hudson e Gian e Giovani). “Nesta edição, a organização do evento trouxe uma novidade, pré-venda de ingressos exclusiva para os sócios da ABCCMM, entre os dias 02 e 05 de março”, destacou a associação através de seu site.

A associação ressalta ainda que, para participar da pré-venda, os associados interessados deverão realizar cadastro prévio, que começou na segunda-feira (26) e segue até esta quinta-feira (29), com login e senha de acesso ao sistema da entidade, em link disponível dentro do site da ABCCMM.

É importante destacar que somente os associados previamente cadastrados poderão comprar seus ingressos antecipadamente. A bilheteria para o público geral será aberta no dia 06 de março.

6º Modão Mangalarga Marchador

Com infraestrutura para receber até 12 mil pessoas, o 6º Modão Mangalarga Marchador contará com três tipos de espaço: Espaço Modão (Open Bar – Whisky, Vodka, Gim, Cerveja e mais); Camarote da Marcha (Open Bar & Open Food – Wisky 12 anos, Vodka Premium e Buffet variado) e Lounge Personalizado (Welcome bar & Gourmet Buffet – Wisky 12 anos, Espaço Gourmet e Atendimento Premium).

Serviço

  • 26 a 29/02: Cadastro prévio para sócios ABCCMM
  • 02 a 05/03: Venda exclusiva para sócios ABCCMM (máximo de 05 ingressos por associado)
  • 06/03: Venda para o público geral
  • 26/07: Modão Mangalarga Marchador (Expominas – Av. Amazonas, 6200 – Gameleira, Belo Horizonte/MG).

Mais informações através do site da ABCCMM ou no Instagram @abccmmoficial.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus (com informações da ABCCMM)
Fotos: Reprodução/Instagram @boateazulaovivo

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