Raça Paint Horse perde Chasin the Money

Importado dos Estados Unidos por Francisco Garcia, o garanhão servia ao plantel brasileiro há 8 anos

No último dia 21 de fevereiro, a raça Paint Horse perdeu Chasin the Money (Easy Jet Too x Western Morning, por Western Native). Importado dos Estados Unidos por Francisco Garcia, homozigoto, o garanhão sofreu uma fratura na região do úmero e recebeu eutanásia. Aos 21 anos e no auge de sua vida reprodutiva aqui no Brasil, deixou 100 filhos.

De acordo com Chico, seus filhos foram recordistas de preço no Paint Horse e servem a plantéis de todo o país. Chasin the Money, um dos grandes reprodutores da raça, estava com saúde e físico de atleta, índole e sêmen surpreendentes. Com seus 1,70m de cernelha e mais de 650 kg, único a ter dez animais Hall Of Fame em seu pedigree.

“Do alto dos meus 33 anos como profissional do cavalo, afirmo sem medo de errar que o Chasin the Money está entre os cinco melhores animais a raça Paint Horse que vieram para o Brasil. Primeiro como indivíduo, um exemplar robusto e grande. E, em seguida, transmitia todas as suas qualidades para seus produtos”, conta Chico Garcia.

Segundo ele, toda sua estrutura óssea e muscular era passada para seus filhos, assim como sua índole que exalava docilidade. “Como pedigree, era um cavalo que sua mãe produziu quatro campeões mundiais nos Estados Unidos; sua avó materna, Indian Music, é considerada a segunda melhor égua Paint Horse do mundo, está no Hall da Fama da APHA”.

Chico destaca ainda a linha paterna: “Seu pai foi um dos maiores produtores de campeões de Velocidade. Um cavalo que produziu mais pontos de registro de mérito na associação americana. E seu avô paterno, Easy Jet, presente também na linha baixa, é um cavalo pilar de raça, não só no Paint, como também no Quarto de Milha. Um pedigree, sem dúvida, surreal”.

Importado dos Estados Unidos por Francisco Garcia, o garanhão Chasin the Money servia ao plantel brasileiro há 8 anos e morreu por eutanásia
Chico Garcia e Chasin the Money

Legado de Chasin the Money

Para aqueles que o conheceram, puderam constatar o que é um garanhão homozigoto de qualidade na sua essência, um reprodutor cuja genética agrega valor, um ‘melhorador’ de verdade. Assim Chico o descreve e complementa: “Muito cavalo importado que vem para o Brasil tem um baita pai e não tem mãe. Ou, por outro lado, tem uma super mãe e não tem pai. Com o Chasin the Money isso não aconteceu, já que os destaques do pedigree dele chegam a seus antepassados”.

Sua perda, sem dúvida, deixará uma lacuna no Paint Horse aqui no Brasil em termos de genética ofertada. Mas, como sua contribuição até o dia de sua morte foi muito significativa, algo em torno de 100 produtos registrados, seu legado está garantido. Seus filhos estão reproduzindo, de acordo com Chico, na mão de grandes criadores da raça. “Sem contar a sua aceitação nos leilões, valores altos e compatíveis com a qualidade de sua genética”, reforça o criador e assessor da Horses Consultoria.

“Quem tem um filho do Chasin the Money sabe o que estou falando. Sua contribuição genética estará para sempre marcada na história da raça Paint no Brasil. Penso que Deus estava precisando de um cavalo bom para melhorar seu plantel lá no Céu e resolveu vir buscá-lo aqui em casa”.

Por Equipe Cavalus
Crédito das fotos: Divulgação/Fabio Cabrera

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