A competição anual de raças que projeta as novas gerações de cavalos da modalidade olímpica reúne raças de vários países e animais divididos em três categorias de idade: 5, 6 e 7 anos. Em 2025, o Brasil será representado pelo Puro Sangue Lusitano Odin Comando SN (Escorial (SRB) x Hervilha Comando SN por Tulum Comando SN) que compete na categoria animais de 7 anos sob a sela do cavaleiro olímpico espanhol Cláudio Castilla Ruiz. A dupla participou de três seletivas, entre março e junho, em Portugal e na Espanha, totalizando 289.101 pontos, já com descarte.
Cavalo de criação do haras Comando SN, de Simone Nowak e Rogério Pinheiro Passos, Odin Comando SN foi transferido para Portugal, onde conquistou importantes títulos também em Concurso de Modelo e Andamentos (Morfologia), e posteriormente levados para a Espanha, aonde vem construindo brilhante campanha na Dressage.
“Fico muito feliz e orgulhosa que cruzamentos que realizei resultaram em animais fundamentais para a evolução da raça no esporte. Sem dúvida, o precursor desses cruzamentos importantes foi o Peralta dos Pinhais que vem, a meu ver, modificando a raça a nível mundial, e na sequência o Tulum Comando SN com sua progênie que resultou no Odin, que nasceu e se criou de uma parceria com a Coudelaria do Castanheiro, da minha amiga Clélia Erwene, até os 3 anos de idade”, comemorou Simone Nowak.
Processo seletivo no Brasil
A CBH promoveu um processo seletivo com três Concursos de Dressage Internacional Young Horse (CDIYH) entre fevereiro e início de julho, com participação de candidatos nas três categorias de idade. Para se habilitar a única vaga em cada categoria que o Brasil tem direito, os conjuntos precisaram competir ao menos em dois concursos e nas duas provas – Preliminary e Final -, e obter o Requisito Mínimo de Elegibilidade (MER): 75% de nota média final para animais de 5 e 6 anos e de 70% para os de 7 anos, seja na prova Preliminary ou na Final. Para efeito de classificação, a CBH somou o resultado das duas provas e transformou em pontos.
Só podem representar o Brasil, país nomeante, os cavalos nascido no país e que estão registrados em studbook brasileiro, ou seja, os animais que têm um UELN – Universal Equine Life Number (representando o studbook de origem). As nomeações são feitas pelas associações de raça, no caso a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL), que informou o animal selecionado para a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), responsável pela comunicação da participação do animal junto a Federação Equestre Internacional (FEI).
No processo seletivo em solo nacional, três candidatos da categoria 5 anos atingiram o MER, mas declinaram da participação no Mundial: os Lusitanos Querido da Sasa JE conduzido por Frederico Correia Mandrot, da Sasa Horse (312.400 pontos), Quehermosa do Vouga sob a sela de Fábio Rogério Lombardo Jr, do Rancho Cariama (306.400 pontos), e o Brasileiro de Hipismo Quite Good V.O conduzido por Eduardo Alves de Lima, da Coudelaria Ilha Verde (302.000 pontos).
Cavaleiro olímpico brasileiro, por Portugal
Pela quarta edição consecutiva do Mundial de Cavalos Novos, João Victor Marcari Oliva montando cavalos Lusitanos nascidos fora do Brasil vai representar Portugal. E pela segunda vez montando o francês de nascimento Mantovani´s Orion de La Gesse (Escorial x Hipotese por Zamorim), portanto, irmão paterno de Odin Comando SN. João e Orion atingiram a maior pontuação da raça na categoria de animais de 7 anos, 296.219 pontos, e a nomeação do conjunto foi feita pela Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (APSL) junto a Federação Equestre Portuguesa e essa junto a FEI.
Sobre o Longines FEI WBFSH
Competição de raças organizada pela Federação Equestre Internacional (FEI) em colaboração e cooperação com a World Breeding Federation of Sport Horses (WBFSH), entidade que conta com a filiação de 87 associações de raça, entre elas a APSL, que concentra o registro dos cavalos Lusitanos nascidos em todo o mundo.
No evento, a FEI estabeleceu o limite máximo de 46 inscrições por categoria de idade. Todos os conjuntos competem na Preliminary, e os 12 melhores resultados de cada categoria se classificam direto para a
Final, enquanto os outros competem no “Small Final”, quando os três melhores resultados de cada categoria também se habilitam para a Final que reúne um total de 45 conjuntos em uma prova Freestyle – coreografia livre e música.
Por Assessoria de Impresa
Fotos: Rui Pedro Godinho e Astrid Appels / Eurodessage/Divulgação
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