Órgãos de saúde internacional fazem questão de enfatizar essa informação após um tigre testar positivo para o novo coronavírus nos Estados Unidos
Diante da notícia que um tigre testou positivo para o COVID-19 no início dessa semana no zoológico do Bronx, em Nova York, nos Estados Unidos, o assunto passou a ser motivo de preocupação entre criadores e proprietários de cavalos. No entanto, órgãos de saúde internacional garantem que, no momento, não há evidências que cavalos possam ser infectados pelo COVID-19 ou que possam transmitir a doença para humanos.
Antes de mais nada vale ressaltar que mais três tigres e três leões do Zoológico do Bronx apresentaram os mesmos sintomas que o tigre que testou positivo para a doença. Contudo, todos se recuperam bem, de acordo com o site do The New York Times. “Acredita-se que os grandes felinos tenham sido infectados por uma pessoa que cuida deles e que não apresentou sintomas’, informaram.
Dessa forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está investigando ativamente a transmissão humana do COVID-19 aos animais, mas, por enquanto, reafirma a falta de evidências na transmissão da doença para equinos.
Mesmo assim, a Associação Americana de Medicina Veterinária alerta para, em caso de proprietários e criadores de cavalos que testarem positivo para a doença, tomarem algumas medidas de segurança. Ou seja, ter o mínimo ou nenhum contato com o animal, especialmente porque ainda existem muitas incógnitas sobre esse novo coronavírus.
“Infelizmente, isso significa que é preciso evitar contato: montar, abraçar, acariciar, beijar ou compartilhar comida com ele. Eles também não devem lamber você. Se possível, peça para que alguém que não esteja infectada cuide dos animais enquanto você se recupera”, disse Dr. John Howe, presidente da Associação Americana de Medicina Veterinária.
COVID-19 x coronavírus equino
Como já abordamos em reportagens anteriores aqui no portal Cavalus e que ainda causa muita confusão, é que o COVID-19 e o coronavírus que, comprovadamente, afeta os equinos são doenças distintamente diferentes.
De acordo com órgãos de saúde internacional, os coronavírus incluem um grande grupo de vírus RNA que causam sintomas respiratórios e intestinais e foram relatados em animais domésticos e selvagens. Dessa forma, um vírus de RNA é um vírus que tem ácido ribonucleico como material genético.
Ao abordar questões levantadas pelos donos de cavalos, os veterinários de equinos da Clínica Equina de Palm Beach, na Flórida, disseram que o coronavírus que afeta os equinos e o COVID-19 não são da mesma espécie. Dessa forma, não há indicação de que seja transmissível entre as espécies.
“O coronavírus equino é uma doença intestinal ou gastrointestinal no cavalo. Não há evidências de que o coronavírus intestinal equino represente uma ameaça para seres humanos ou outras espécies de animais”, afirmou a clínica.
Estatísticas vitais do coronavírus equino
- Transmissão: O coronavírus equino é transmitido entre os cavalos quando o esterco de um cavalo infectado é ingerido por outro cavalo (transmissão fecal-oral), ou se um cavalo faz contato oral com itens ou superfícies que foram contaminados com esterco infectado.
- Sinais clínicos comuns: sinais tipicamente leves que podem incluir anorexia, letargia, febre, cólica ou diarreia.
- Diagnóstico: Os veterinários diagnosticam o coronavírus intestinal equino testando amostras fecais e a frequência desta doença é baixa.
- Tratamento e Prevenção: Se diagnosticado, o tratamento consiste em sessões de fluido terapia e o uso de anti-inflamatórios. Além disso, o haras deverá colocar o cavalo infectado em quarentena. Por fim, manter as instalações o mais limpas possível ao descartar adequadamente o esterco ajudará a diminuir as chances de os cavalos contrairem o vírus.
Fonte: Horse Talk e Associação Americana de Medicina Veterinária
Tradução e adaptação: Natália de Oliveira
Crédito da foto: Reprodução/Horse Talk
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