Como estão os cascos do seu cavalo? Saiba que a higienização adequada e visitas frequentes do ferrador podem evitar diversas enfermidades no membro, entre elas a Candidíase, uma doença cutânea causada por fungos do grupo Candida spp.
Estes fungos são oportunistas, e quando encontram condições ideias para seu crescimento, se multiplicam. Por isso o cuidado com os cascos é essencial, pois ele lesa principalmente a região dos sulcos centrais e laterais da ranilha, áreas mais propícias ao acúmulo de matéria e retenção de calor e umidade. “Portanto, é de extrema importância o manejo adequado do cavalo para que o casco se mantenha limpo”, ressalta o médico veterinário Hélio Itapema.
Sintomas da Candidíase
Os cascos acometidos com a Candidíase costumam apresentar umidade e secreção escura de odor forte na região da ranilha, chegando a aparecer tecido necrótico nas bordas, dependendo do grau de evolução da doença.
Os sintomas mais comuns da Candidíase são secreção, sensibilidade no casco ou até mesmo em todo o membro afetado, claudicação, odor forte característico e casco/membro com maior suscetibilidade à sangramentos. “O desconforto gerado pela evolução da infecção pode levar à perda de apetite, movimentação atípica a fim de evitar pressão no membro afetado e apatia”, pontua Hélio Itapema.
Como prevenir a Candidíase?
O primeiro passo, instrui o especialista, é garantir um recinto limpo e seco para o cavalo acometido, e limpeza diária de toda a região infectada, especialmente a ranilha e seus sulcos. “É necessário uma reavaliação e balanceamento do casco pelo ferrador, a fim de favorecer o tratamento, além de uma rotina de exercícios que permita que o cavalo se movimente, em solo seco”.
Em relação à medicamentos, o veterinário indica optar por soluções adstringentes, como solução de sulfato de cobre, para a limpeza diária dos cascos, assim como fórmulas prontas que possuem dióxido de cloro. “No entanto, estas devem ser evitadas em casos em que há exposição de tecido granuloso e/ou sensível, passando a optar por metronidazol. Na maioria dos casos, essencialmente nos mais graves, é válida a aplicação de bandagens e troca diária dos curativos”, pontua.
A patologia não é considerada uma doença transmissível, uma vez que a área afetada dificilmente entrará em contato com outro cavalo por tempo suficiente para que ocorresse transmissão. Mas, nos casos em que o cavalo é mantido em baias ou mesmo piquetes onde há presença do fungo em condições semelhantes e favoráveis à sua proliferação, aumenta a probabilidade de a infecção acometer mais de um animal. Nestes casos, é primordial a atenção ao espaço, garantindo que as baias estão limpas e secas.
Além disso, para evitar a Candidíase, é preciso atenção ao manejo dos cavalos, com uma boa rotina de higiene dos cascos e das ferramentas utilizadas nos cuidados com os equinos. Além disso, o animal deve ter uma rotina diária de exercícios, e frequência nos cuidados com ferrageamento e casqueamento. “Esses cuidados diminuem consideravelmente a probabilidade de infecção, além de facilitar o diagnóstico no início da doença, facilitando seu tratamento e prevenindo a contaminação de outros indivíduos”, finaliza o médico veterinário Hélio Itapema.
Por Camila Pedroso . Redação Cavalus
Colaboração: Maria Eduarda Geórgia
Fotos: Reprodução / Pexels
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