O casqueamento do cavalo não consiste apenas na manutenção do casco do animal, evitando possíveis dores, claudicações e doenças mais graves, mas também auxilia na correção de aprumos e desvios severos. O chamado casqueamento corretivo é indicado a partir dos dois meses de idade para os animais que possuem desvios severos. Nos casos mais sutis, pode começar aos quatro meses.
Este tipo de casqueamento corretivo possui chances maiores de sucesso se realizado até os nove meses, visto que nesta idade o fechamento do epifisário começa a ocorrer, com isso, as cartilagens que eram macias e fáceis de moldar, se tornam mais rígidas e menos maleáveis.
O casqueamento e ferrageamento do cavalo devem ser realizados por um profissional habilitado, visto que o casqueamento incorreto pode trazer inúmeros prejuízos ao animal, como: comprometimento da sua saúde e performance; desconforto ao caminhar e distribuição incorreta do peso.
Principais erros no casqueamento do cavalo
A limpeza excessiva da sola do casco é um dos principais erros cometidos ao casquear o cavalo, o que pode ocasionar em dores e desconforto ao caminhar. Além disso, o excesso de remoção das barras ou extensão das muralhas compromete a sustentação do animal, ocasionando no estreitamento de talões e bulbos.
Desconsiderar a angulação entre o casco e o sistema digital é outro erro comum e muito prejudicial. Ao desconsiderar a angulação e não observar as condições anatômicas do cavalo, a sola fica comprometida e, com o tempo, começa a se tornar mais grossa e menos flexível, perdendo a capacidade de absorver os impactos com eficiência.
Por isso é sempre importante lembrar que nenhum casco é igual, cada um tem sua forma de crescimento, desvios e ajustes. Por isso é extremamente importante recorrer a um profissional capacitado e realizar o casqueamento a cada quatro ou seis semanas.
Por Camila Pedroso . Redação Cavalus, com informações da Vetnil
Fotos: Reprodução / Pexels
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