A dermatite estival equina afeta sobretudo raças de cavalo nórdicas, como o cavalo islândes e o pónei Shetland. Mas também outras raças podem desenvolver esta doença de pele inflamatória. Saiba como a doença surge e o que pode fazer para aliviar os sintomas.
Quais os sinais de dermatite estival equina?
A dermatite estival equina é uma doença que afeta a pele dos cavalos, sobretudo na primavera e no verão. Formam-se feridas abertas que inflamam. Em consequência, o cavalo coça e morde as áreas afetadas pela dermatite para tentar aliviar a comichão, acabando por perder pelo nessas áreas. A pele da crineira e da base da cauda são especialmente afetadas.
Se os germes entrarem na ferida, forma-se pus e a inflamação piora. No caso de serem afetadas grandes áreas de pele, a dermatite estival equina pode ser bastante dolorosa para o cavalo.
Ao longo dos anos os sintomas podem voltar, normalmente mais graves, em resultado das mordidas repetidas do animal.
Diagnóstico: como detectar a dermatite estival equina nos cavalos?
Os sintomas da alergia, como áreas inflamadas e sem pelo, são desde logo identificadas pelo veterinário. Para confirmar o diagnóstico, o médico pode fazer um teste cutâneo in vitro. Este demonstra a sensibilização do sistema imunitário em relação a certos alérgenos.
Como tratar a dermatite estival equina?
De forma a reduzir o prurido provocado pela alergia e a inflamação cutânea decorrente, o veterinário irá administrar glucocorticoides (preparado de cortisona) ao seu cavalo. Se o médico detetar germes na ferida, poderá prescrever antibióticos, para eliminar agentes bacterianos, ou antimicóticos, caso se tratem de fungos.
Além disto, é necessário cuidar diariamente das feridas do seu cavalo, em particular nos dias quentes de verão. Para tal, limpe cuidadosamente com água as áreas da pele que provocam comichão. As feridas maiores devem ser limpas com produtos específicos.
A imagem do pelo de um cavalo afetado por dermatite estival equina não é agradável. No entanto, é importante que o animal se pode coçar uma vez por outra. Evitá-lo totalmente só irá aumentar ainda mais o stress do cavalo.
Alimentação adequada
A dermatite estival equina é debilitante e afeta muito a força do cavalo. Assim, é fundamental providenciar ao animal uma dieta equilibrada e nutricionalmente rica. Deve, então, ser rica em minerais, vitaminas (vitamina A, vitamina B) e micronutrientes (cobre, selénio e zinco).
Causas
A dermatite estival equina é, em resumo, uma alergia à saliva de reação imediata (tipo I). É a saliva de determinadas espécies de mosquitos, especialmente os culicoides, a causa da doença. Em consequência da alergia, os cavalos sentem imensa comichão. Se coçarem muito podem surgir feridas, podendo ocorrer infeções secundárias provocadas por bactérias e fungos.
Já que a dermatite estival equina é mais comum nos meses quentes, suspeita-se que as suas causas vão além das picadas de mosquito. Fatores ambientais, como a subida das temperaturas e o aumento dos níveis de ozono, têm atualmente importância. Pastagens ricas em proteínas, stress e doenças pré-existentes são outros fatores para o desenvolvimento da doença.
Cientistas provaram, entretanto, que algumas raças têm predisposição genética para a doença, como é o caso dos Shettys.
E em relação ao prognóstico?
No caso de as feridas infetarem e se o animal apresentar reações alérgicas graves, o tratamento pode demorar várias semanas. De qualquer modo, desde que tratada cedo, o prognóstico da dermatite estival equina é favorável.
Prevenção
Para proteger o seu cavalo desta doença deve limitar ao máximo o contacto com mosquitos. Estão disponíveis no mercado cobertas especiais para a sela e mantas protetoras para os passeios e momentos de pastagem. Redes de proteção contra insetos para a porta do estábulo e repelentes também poderão ser úteis.
Se mantém o seu cavalo num estábulo aberto, deve facilitar uma zona de sombra, como um abrigo. Arbustos e árvores grandes também oferecem boas sombras.
Pretende adquirir um cavalo islandês ou um pónei Shetland? Deve, antes da compra, descartar a sua predisposição genética para a dermatite estival equina.
Fonte: Zooplus Magazine
Fotos: Reprodução/Pixabay
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