Estratégias de nutrição em um mercado feroz: custo ou investimento?

André Luiz Litmanowicz, Diretor Comercial da Guabi Nutrição e Saúde Animal, comenta neste artigo sobre a nutrição dos animais. Afinal é um custo ou um investimento?

A indústria de nutrição animal, assim como outros setores, vem atravessando uma sequência de fatos históricos que deixaram o agronegócio bastante instável. Nos últimos anos, uma combinação explosiva de pandemia humana e animal, crise hídrica, dificuldades de logística e alta do dólar resultaram, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em um aumento de 70% no valor das principais commodities brasileiras. Agora, em 2022, vemos a guerra entre Rússia e Ucrânia elevar o preço de matérias-primas aos maiores níveis das últimas duas décadas, impactando diretamente nos custos de produção do campo. 

Segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado, o milho e a soja, principais insumos para a fabricação de rações, bateram recordes em março, custando, respectivamente, US$7,64 e US$14,25 por bushel. Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que, em fevereiro, o preço do trigo já estava cerca de 15% mais caro e o do milho mais de 7%.

Nesse cenário, o mercado de nutrição animal tem sido desafiado não só a enfrentar a constante inflação das matérias-primas, mas a repassar essas oscilações da forma menos onerosa possível para produtores rurais. Para fazer isso, o grande desafio – e oportunidade – é a busca constante de desempenhos superiores por meio de uma nutrição de qualidade.

Claro que, momentaneamente, rações mais econômicas, ou seja, menos imbuídas de recursos nutricionais e tecnologia, soam mais atrativas ao produtor que está tentando cortar custos e economizar. Contudo, essa é uma conta que não fecha no fim do ciclo. Quando se trata de desempenho animal, nutrição de qualidade é sinônimo de resultados, como ganho de peso diário, redução de estresse e doenças, melhor aproveitamento e digestibilidade dos produtos. E uma nutrição de qualidade necessita estar adequadamente balanceada, contar com aditivos dimensionados com precisão e matéria prima de excelência. 

E a relação entre volume de produção e alimentação é bem fácil de se compreender. Na piscicultura, por exemplo, é possível reduzir o tempo de crescimento dos peixes e ampliar o número de ciclos em um mesmo período com uma boa ração. No caso dos equinos, conseguimos ter muito mais energia, resistência e desempenho, percebidos de forma bastante evidente nas provas atléticas. Pensando em bovinos, podemos aumentar – dependendo do período, até dobrar – o ganho de peso diário. 

Usando produtos balanceados e com tecnologia, junto a um manejo adequado, infraestrutura, controles  de biossegurança e uma gestão estruturada, a produção consegue alcançar, de modo seguro e certeiro, seu máximo de potencial. Isso sem falar no diferencial mercadológico conquistado por criadores que não só aumentam o volume da produção, como também, a partir da nutrição, garantem a uniformidade de suas entregas, em produtos de origem animal que se destacam por atributos comerciais superiores, a exemplo de carnes com menor concentração de gordura saturada, melhor coloração, brilho e maciez, tempo de prateleira prolongado e enriquecidas com mais propriedades funcionais, que agregam valor à mercadoria final. 

Na Guabi, nossos produtos e serviços procuram ajudar, cada vez mais, produtores a alcançarem resultados para além da commodity, levando à mesa dos brasileiros produtos com benefícios adicionais e que contribuem para o bem-estar socioambiental. Afinal, atuar com responsabilidade social e redução de impactos ambientais são uma obrigação de todos nós.

Sendo assim, nutrição de qualidade é um custo ou um investimento para aqueles que desejam altos desempenhos e competitividade num mercado cada vez mais turbulento e feroz? Sabe a resposta certa quem, mesmo com as adversidades, está conquistando boas performances.

Por: André Luiz Litmanowicz, Diretor Comercial da Guabi Nutrição e Saúde Animal

Fotos: Pixabay

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