Importância da vacinação de equinos contra influenza e tétano

Se não forem bem tratadas, abrem portas para outras doenças oportunistas e podem levar o animal a óbito

Influenza e tétano são importantes enfermidades que acometem os equinos. Responsáveis, sobretudo, por consistentes prejuízos no mercado equestre. Ambas comprometem bastante a saúde dos animais.

Se a influenza equina não for bem tratada, por exemplo, abre a porta para outras doenças oportunistas. Em outras palavras, levam, inclusive, à perda do animal. O tétano também é fatal. Por isso, é importante entender o que são, como se manifestam e quais as consequências das duas doenças para o plantel.

Influenza equina

A causa da influenza equina é um vírus de mesmo nome. Uma doença endêmica em diversos países. Ou seja, doença infecciosa que afeta significativamente uma certa região ou população. É altamente contagiosa e se aloja nas vias aéreas superiores e inferiores dos equinos.

Por conseguinte, causa alta morbidade e baixa mortalidade. Contudo, resulta em broncopneumonia por infecções secundárias bacterianas. E chega a ser fatal, particularmente em animais jovens. Em qualquer destas situações implica prejuízos econômicos significativos aos criadores.

Equinos de todas as raças e idade, não vacinados e sem exposição prévia ao agente infeccioso estão susceptíveis. A doença ocorre pela contaminação dos animais pelo vírus, por via aérea na forma de aerossóis, em ambientes contaminados.

Os animais sintomáticos apresentam febre, tosse seca não produtiva, corrimento nasal, conjuntivite, inapetência, apatia e depressão. Em contrapartida, a pneumonia é comum em potros não vacinados.

Tétano

Já o tétano é uma doença infecciosa causada pela ação das toxinas produzidas pela bactéria Clostridium tetani. Este micro organismo está presente no ambiente em forma vegetativa ou esporulada.

A bactéria penetra em feridas abertas, liberando toxinas que impedem a liberação de neurotransmissores importantes para o relaxamento muscular. De acordo com estudos, a taxa de mortalidade chega a 80% em equinos não vacinados.

Os animais sintomáticos apresentam rigidez muscular, tremores, prolapso de 3ª pálpebra, cauda em bandeira, orelhas eretas ou cruzadas. Bem como dilatação das narinas, dispnéia, dificuldade de mastigação e deglutição e cauda em bandeira.

Se a Influenza e tétano não forem bem tratadas, abrem portas para outras doenças oportunistas e podem levar o animal a óbito

Vacinação de equinos contra influenza e tétano

Promover a vacinação dos animais periodicamente é o modo mais eficaz de evitar essas doenças. Para isso, o mercado conta com vacinas compostas pelos vírus inativados da Influenza Equina (vírus A-equi-1 e A-equi-2) e toxóide tetânico.

O imunizante proporciona imunogenicidade, que é a capacidade de desencadear resposta imune a partir da formação de anticorpos. E também antigenicidade, capacidade de interagir com anticorpos. Em alguns casos, vacinas confirmadas em estudo na espécie alvo e aplicada em potros, fêmeas prenhes e animais adultos.

Por exemplo, equinos previamente negativos para anticorpos neutralizantes receberam três doses da Get-Vacina Syntec. O intervalo foi de 30 dias, avaliados logo após coleta de sangue dos animais antes de cada dose.

Misturou-se o soro colhido dos animais vacinados com os vírus utilizados para elaboração da vacina. Incubados em cultura de células MDCK até o controle dos vírus (sem soro animal) apresentar o efeito citopatogênico.

A saber, os soros colhidos dos animais, antes da inoculação da primeira dose da vacina, não apresentaram títulos detectáveis de anticorpos neutralizantes (≤ 100). Por isso, a OIE – World Organization For Animal Health recomenda um aumento no título de quatro vezes ou mais relação aos controles negativos.

Os resultados obtidos mostram a capacidade da vacina em desenvolver anticorpos (imunogenicidade), assim como de reagir com os anticorpos induzidos após vacinação (antigenicidade) de forma específica nos equinos vacinados.

No caso, após a primeira dose da vacina, o soro apresentou um aumento de 15 vezes o título de anticorpos neutralizantes estipulados pela OIE e, após a 3ª dose, este valor aumentou ainda mais 4 vezes.

Conclui-se, portanto, a importância da vacinação de equinos contra influenza e tétano.

Colaboração: Fernando Santos, gerente nacional de vendas da Unidade de Negócios Bovinos e Equinos da Syntec
Crédito das fotos: Divulgação/Pexels

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