Influenza Equina gera impactos econômicos negativos ao criatório

Uma das enfermidades respiratórias mais importantes entre os cavalos, a Influenza Equina é responsável por perdas econômicas significativas nos criatórios do país e do mundo. Os períodos com maior incidência dos casos ocorrem no inverno e na primavera. Por isso, é preciso atenção.

Transmitida pelo vírus influenza (EIV), é altamente contagiosa, e ataca o sistema respiratório dos equinos, asininos e muares, de todas as raças, sexo e idade, mas tem maior prevalência nos animais entre 1 e 3 anos. Considerada endêmica em muitos países, a Influenza Equina é a principal causa de doença respiratória na população equina mundial.

“A severidade dos sintomas varia de acordo com a saúde dos animas acometidos, a virulência do agente, as condições ambientais e de manejo. De modo geral, os sintomas surgem de forma abrupta, com febre acima de 41ºC sendo o principal alerta e o primeiro a ser percebido. Os animais também podem apresentar apatia; tosse seca; corrimento nasal aquoso; anorexia e perda de peso; lacrimejamento e corrimento ocular”, conta Pollyana Braga, médica veterinária gerente da linha de Equinos da Ceva.

“Os danos que o vírus promovem no epitélio respiratório podem ser facilitadores de infecções bacterianas secundárias, sendo possível evoluir para broncopneumonia, pleuropneumonia ou adenite equina”.

Embora apresente uma taxa de mortalidade baixa para animais adultos, os potros que não possuem anticorpos maternos contra a influenza podem apresentar sinais graves de pneumonia viral e evoluir para óbito.

Estudos apontam que animais imunocomprometidos que se contaminam com o vírus da influenza equina estão predispostos a complicações como miosites, miocardites e encefalites, e animais que apresentam infecções recorrentes tem mais chance de desenvolver doenças pulmonares sérias, como Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (HPIE) e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

Transmissão e tratamento da Influenza Equina

A transmissão do vírus ocorre através de aerossóis, secreções, água, alimentos contaminados e pelo contato direto entre os animais, tendo um período de incubação de 48h até a aparição dos primeiros sintomas.

O tratamento é de suporte, sintomático, prezando pelo isolamento do animal a fim de reduzir o risco de transmissão do vírus. “O trabalho e as outras atividades exercidas pelo equino devem permanecer suspensos, priorizando o repouso do equino e evitando estresses que possam agravar o quadro. É recomendável que o período de repouso seja de 1 semana para cada dia que o animal tenha apresentado febre, o que gera um impacto relevante na performance do cavalo. E o retorno para as atividades precisa ser gradual”, explica Pollyana.

Vacinação é a única maneira de prevenir

A Federação Equestre Internacional (FEI) e a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), determinam como obrigatória a vacinação dos equinos atletas inscritos nas entidades como forma de proteger os animais e prevenir a transmissão do vírus.

As recomendações são para que a primeira dose da vacina contra a Influenza Equina ocorra aos 3 meses de idade, com uma segunda dose em intervalo de 28 dias, e reforço vacinal administrado dependendo do desafio ao qual o animal está exposto.

“O ideal é que animais que participam ativamente de provas, campeonatos e exposições sejam vacinados, no mínimo, a cada 6 meses. As éguas prenhas também devem ser vacinadas no terço final de gestação a fim de se garantir a produção de colostro rico em anticorpos para os seus potros”, finaliza a médica veterinária.

Por: Assessoria de Imprensa

Foto: Pixabay

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