A musicoterapia consiste na utilização da música com o objetivo de promover a comunicação e alcançar necessidades físicas, mentais, emocionais e cognitivas. Muito utilizada em humanos, a técnica passou a ser adotada em equinos com excelentes resultados.
Assim como ocorre em humanos, explica a médica veterinária Juliana Mendes, da Gaia Medicina Veterinária Integrativa, a musicoterapia atua no Sistema Nervoso Central (SNC) do cavalo, diminuindo a frequência cardíaca, os níveis de cortisol e proporcionando relaxamento.
“Além disso, ativa os circuitos neurais de forma mais rápida em várias áreas cerebrais ligadas ao comportamento, como o hipocampo. É importante lembrar que cavalos são animais muito sensíveis, logo, um ambiente calmo, associado à músicas clássicas ou instrumentais suaves, por exemplo, gera um conforto para o animal, diminuindo os níveis de estresse. Com isso, a musicoterapia proporciona melhora na qualidade de vida, além de auxiliar na resposta mais rápida aos tratamentos e às reabilitações.
A técnica pode ser aplicada em situações de estresse, para proporcionar relaxamento, em tratamentos de ansiedade e depressão (transtornos emocionais), para auxiliar na formação de memória positiva e interação entre humano e animal, nos casos de tocar os instrumentos ao vivo.
Qual estilo musical é o ideal para o cavalo?
A médica veterinária explica que não existem muitos estudos sobre a preferência musical dos equinos, mas “algumas pesquisas mostram que jazz, música clássica e rock não possuem efeito relaxante significativo em cavalos, já a country sim”, afirma a veterinária.
Como surgiu essa técnica da musicoterapia?
A música já está presente na sociedade desde a antiguidade, sendo utilizada como forma de cura em diversas comunidades ao redor do mundo. No entanto, o conceito de musicoterapia em si, surgiu em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Soldados e civis afetados fisicamente e emocionalmente pela guerra eram colocados para ouvir músicas tocadas por músicos, e foi notada uma melhora clínica significativa.
No Brasil, foi introduzida em 1964, com a Sociedade Pestalozzi do Brasil e a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação. Desde então a música vem sendo utilizada como uma forma de terapia tanto para humanos, quanto para animais.
Por Camila Pedroso. Redação Cavalus
Colaboração: Assessoria de Imprensa
Fotos: Pexels
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