Um benefício aos animais atletas que vem surtindo bons resultados
Para se ter a melhor performance possível de um animal, o mesmo tem que estar em perfeitas condições físicas, sem qualquer sinal de dor ou fadiga muscular.
No momento do exercício físico há uma taxa de conversão de energia química proveniente da molécula adenosina-tri-fosfato (ATP), em energia mecânica durante da contração muscular. Este acontecimento é um dos principais eventos fisiológicos determinantes do desempenho esportivo.
Notou-se que durante esforços de alta intensidade, o suprimento de oxigênio como fonte de energia nem sempre é suficiente, fazendo com que a molécula de ATP seja ressintetizada pela degradação da fosfocreatina e do glicogênio muscular, como fonte de energia, com subsequente formação do lactato. Há relatos de que o ATP estocado no corpo é suficiente por apenas 3 segundos de exercício físico.
Durante muitos anos, preparadores físicos humanos e pesquisadores da área esportiva estudaram o ácido lático como principal fator limitante do desempenho atlético humano, ou seja, causadores de queda de performance.
Quando a demanda de ATP se esgota, se iniciam as reações bioquímicas para a ressíntese da mesma. A mais potente das reações é gerada em exercícios de duração intermediária, ou seja, entre 10 e 120 segundos, Esta reação ocorre a partir da via anaeróbica lática, onde acontece a aceleração específica da via glicolítica, com liberação de ácido lático.
O lactato gerado neste processo é reaproveitado pelo organismo, e com isso há liberação de íons H+, que ficam livres no músculo provocando acidose muscular, que gera dor e queimação. Esta acidose também interfere na ligação do cálcio e tropomiosina, fazendo com que haja inibição do próprio mecanismo de contração muscular.
Ozônio
Foto: GEMEQO gás ozônio é uma das substâncias mais importantes da estratosfera que cerca nosso planeta, que age como filtro de energia ultravioleta. Este gás é altamente reativo e instável, ou seja, em pouco tempo ele se degrada e se biotransforma em oxigênio.
O ozônio é um dos oxidantes naturais mais potentes, com efeitos desde antimicrobiano até anti-inflamatório, dando à ozonioterapia uma ampla gama de aplicações e tratamentos de diversas enfermidades, podendo ser aplicado em todas as vias, exceto inalatória.
Este gás é utilizado na medicina desde o século XIX, com os primeiros estudos realizados na Alemanha, sendo muito utilizado na segunda guerra mundial nos ferimentos dos soldados. Hoje é reconhecido pelo Sistema de Saúde da Alemanha, Suíça, Áustria, Itália, Cuba, Ucrânia, Rússia, Grécia, Israel, Egito, e Austrália, além de ser praticada em 13 estados dos EUA.
Tratamento com ozônio
Entre as diversas técnicas de aplicação da ozonioterapia, a auto-hemoterapia maior, em que o sangue é misturado com o ozônio e aplicado na veia, e a aplicação do gás puro intra-retal, fará com altos níveis de ozônio fiquem disponíveis na corrente sanguínea.
Como todos os músculos do corpo são irrigados, o sangue com ozônio disponível chega ao músculo, fazendo com que a partir de sua biotransformação, tenha oxigênio disponível para seu metabolismo.
Como o ácido lático é produzido por fontes alternativas de energia que ocorrem pela falta de oxigênio nos músculos, a ozonioterapia consegue fazer com que esses níveis de lactato diminuam, por conta da disponibilidade de oxigênio que ele oferece.
Uma vez com maior fornecimento de oxigênio nos músculos, menor a probabilidade dos animais desenvolverem dores musculares oriundas de acúmulo de ácido lático, assim o animal aumenta seu desempenho atlético e a acelera a recuperação pós-prova, fazendo com que se aproveite melhor o tempo de vida esportiva do animal.
Por Ana Paula Monteiro
M.V. especializada em ozonioterapia e clínica de cavalos atletas