A chegada dos potros nas propriedades exige uma série de cuidados tanto com eles quanto com as éguas, para garantir que os pequenos cresçam sadios e as mães tenham saúde e leite para cuidar de sua cria.
Este cuidado deve ser iniciado na gestação, preparando a égua para receber o potro. O período de parição é de 11 meses após a data de cobertura, entre 310 e 365 dias.
Primeiramente, é preciso redobrar a atenção para a alimentação da égua neste período, pois é na gestação que 70% do desenvolvimento do animal ocorre.
Segundo o médico veterinário Hélio Itapema, a alimentação da mãe e do potro deve ser rica em proteínas, principalmente no período de lactação, pois éguas com alimentação hipoproteica têm potros pequenos.
Após o nascimento
Primeiro passo após o nascimento do potro é observar se ele eliminou o mecônio, que são as primeiras fezes. “Qualquer dificuldade de estrumar pode ser uma patologia”, alerta o veterinário.
Outro ponto a ser observado é o umbigo do potro. “Deve-se observar se ele se rompeu corretamente da placenta, além de sempre deixa-lo bem limpo, pois é uma ponte severa de infecções que podem ser generalizada e levar a uma septicemia”, alerta o veterinário.
Além disso, é preciso verificar se há vestígio de aspiração do líquido amniótico nas narinas e na boca e se o animal respira normalmente e consegue urinar.
Bem como, logo ao nascer, o potro precisa estar bem esperto, levantar rápido após o nascimento, mamar bastante e, algumas horas depois, se ele ainda não estiver de pé, pode ser um sinal de uma patologia.
Amamentação
É importante que o potro mame o colostro logo após o nascimento, que é rico em nutrientes.
Ainda mais que a quantidade de imunoglobulinas presentes no colostro diminui com o passar o tempo, por isso, alerta o veterinário, quanto mais tempo demorar para o potro mamar, menos nutrientes ele vai adquirir.
Contudo, para saber se o potro está mamando bem, observe a glândula mamária da mãe. “Ela deve estar cheia, mas não muito. Se estiver muito cheia pode ser um sinal de problema. O potro deve mamar muito, toda hora. Se isso não estiver ocorrendo, chame um profissional”, ressalta Itapema.
Se a égua tiver pouco leite ou mesmo rejeitar a cria, existem medicamentos que podem ser administrados que auxiliam neste processo. “Estes medicamentos podem ser utilizados até com potros órfãos, para que a nova mãe aceite o animal como filho”, explica o veterinário.
Itapema reforça que os proprietários precisam estar atentos a alimentação da égua neste período, com suplementos para ajudar na produção de leite, além da dieta hipoproteica e o fornecimento de muita água.
Desmame
De acordo com o veterinário, o desmame do potro deve iniciar entre o quarto e sexto mês, de acordo com o desenvolvimento do potro. “Eu prefiro fazer de uma vez, separando o potro da mãe e o colocando com outros da mesma idade”, ensina Hélio Itapema.
Neste momento, após o desmame, deve-se iniciar a vacinação do potro com os medicamentos de acordo com as doenças presentes na sua região.
“Quanto mais natural e com menos interferência humana for este processo de nascimento e amamentação, melhor. Mas se você observar alguma patologia, a intervenção deve ser imediata, rápida, realizada por um profissional que entenda do assunto, pois os potros, ao contrário dos animais adultos, possuem pouco tempo para corrigir algum desequilíbrio”, finaliza o veterinário.
Por: Camila Pedroso
Fotos: Pixabay
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