Os mamíferos de forma geral, transferem seus anticorpos para seus filhotes através da placenta, mas as éguas não. Elas repassam seus anticorpos por meio do colostro, um líquido amarelado, semelhante ao mel, que sai no leite em quantidade limitada apenas na época do parto.
Os potros ingerem este colostro nas primeiras 24 horas de vida e assim, ficam protegidos das doenças que podem acometer eles nas primeiras quatro a oito semanas de vida. Entretanto, outros fatores estão relacionados à manutenção da saúde dele neste período.
Se o colostro produzido pela égua vazar antes do parto, se for de má qualidade ou mesmo se o potro nascer em um ambiente carregado de bactérias, sua saúde pode ficar comprometida. Ele pode até mamar e ficar em pé nas duas primeiras horas de vida, mas isso não quer dizer que esteja saudável.
Qualidade do colostro
A concentração de anticorpos no leite da égua começa no último mês de gestação. Este colostro terá os anticorpos que a égua foi exposta neste período, e por meio da vacinação que ela recebeu. Por isso, levar a égua para uma instalação de parto uma semana antes do nascimento é um erro comum, pois a mãe não terá tempo de produzir os anticorpos para as bactérias presentes naquele ambiente e assim proteger seu potro.
Por isso, este ambiente do parto deve estar devidamente limpo, pois ao nascer, a primeira coisa que o potro faz quando tenta se levantar é esfregar a cara e a boca no chão. Se estiver com esterco, ele vai lamber e levar as bactérias ao trato gastrointestinal.
Comportamento esperado após o parto
Lembre-se: o potro deve ficar de pé em uma hora e mamar em duas horas; e a égua deve expelir a placenta em no máximo três horas. Os potros devem ingerir cerca de dois litros de colostro durante as primeiras três horas de vida para garantir a máxima transferência e proteção de anticorpos.
Se o potro não estiver de pé em duas horas e sugando ativamente. Em caso de dúvidas, procure imediatamente um médico veterinário.
Reprodução: American Quarter Horse Association (AQHA)
Fotos: Pixabay / Divulgação AQHA Leann Burns
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