A princípio, é importante destacar que as desordens orais são responsáveis por pelo menos 10% dos atendimentos em equinos. Devido ao confinamento eles não desgastam seus dentes da mesma maneira que os cavalos que pastam continuamente.
Dito isso, falaremos da importância da saúde bucal dos cavalos. A manutenção dentária adequada além de manter a saúde dos cavalos em dia, faz com que os animais respondam melhor aos seus comandos na hora de montar.
Nesse sentido, a saúde bucal é uma área fundamental na medicina veterinária, com benefícios aliados à melhora do desempenho esportivo. Entretanto, este é um serviço prestado por um médico veterinário, especialista no assunto.
Dentição equina
Além disso, os dentes dos equinos são de crescimento contínuo. Com a domesticação, e o fornecimento de uma alimentação menos abrasiva, como rações comerciais e fenos, houve uma limitação do desgaste dos dentes que antes era mais homogênea.
Cavalos jovens possuem 24 dentes de leite, sendo 12 incisivos e 12 pré-molares. Os dentes de um potro começarão a erupção dentro de uma semana após o nascimento. Eles terão um conjunto completo de dentes até os seis meses, que serão substituídos por volta dos cinco anos de idade.
Quando adultos, os cavalos machos têm entre 36 e 44 dentes permanentes. Já as fêmeas adultas têm 36 a 40. Todos possuem seis incisivos superiores e seis inferiores localizados na frente da boca. Estes são usados para cortar grama e outras folhagens.
Por outro lado, eles têm 12 molares superiores e 12 inferiores (conhecidos como dentes da bochecha) na parte de trás da boca para moer a comida, facilitando, assim, a digestão.
Mastigação
Na mastigação, temos a apreensão dos alimentos, logo após a mandíbula realiza movimentos elípticos, e com a compressão do alimento pela língua em direção as cristas palatinas forma-se um rolo alimentar que desloca em movimento espiral até a orofaringe onde é engolido.
Sendo assim, é preciso ficar atento aos sinais de doença dentária. Que incluem, por exemplo, salivação excessiva, perda de peso, inclinação ou sacudimento da cabeça, boca com sangramento, mau odor da boca ou do nariz e sensibilidade da bochecha.
Sendo percebidos sobre a sela também, já que quando montados, apresentarão sensibilidade aos freios e bridões, torção da cauda, recusa em obedecer a ordens, porte ruim da cabeça, etc.
Por fim, aquele velho ditado que ‘Cavalo dado não se olha os dentes’, não está correto. Haja vista que os dentes são os indicadores da saúde e idade dos cavalos. Entretanto, se receber um cavalo como presente, apenas agradeça.
Por Equipe Cavalus
Foto: Divulgação
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