Médicos veterinários estão tendo êxito ao associar fototerapia e eletroterapia para pôr fim à dor lombar nos cavalos
A lombalgia – ou dor lombar – é uma das queixas mais comuns na clínica de equinos e pode levar a ocorrência de claudicações de difícil caracterização, localização e identificação da área dolorida. Desta forma, torna-se uma das causas mais importantes de queda de desempenho atlético, pois animais que apresentam essa afecção relutam durante o exercício, não conseguindo correr devido à dor.
O diagnóstico da lombalgia pode ser realizado através do exame físico, que tem como objetivo identificar a presença de dor, e dos exames complementares. O exame físico é essencial para o diagnóstico, sendo de grande importância a avaliação do equino como um todo para identificar problemas que possam contribuir para a claudicação e para a queda do desempenho esportivo.
O exame é realizado através de inspeção, palpação, testes de mobilização e análise do animal em movimento. Por fim, os exames complementares realizados são bloqueio anestésico, termografia, ultra-sonografia e radiografia.
Os principais tratamentos utilizados são anti-inflamatórios não esteroidais, infiltrações locais, Acupuntura, Fisioterapia, manejo do treinamento e cirurgia, sendo que, o objetivo do tratamento consiste na eliminação da dor do animal o mais rápido possível para permitir que o mesmo volte ao trabalho, evitando, assim, a perda de massa muscular e do condicionamento físico.
Dentre os tratamentos citados, a Acupuntura e a Fisioterapia proporcionam, de modo não invasivo, a recuperação do animal. Esta segunda é uma ferramenta utilizada frequentemente na prevenção e no tratamento das afecções musculoesqueléticas. Ela age nos tecidos responsáveis pela movimentação, ou seja, atua nas articulações, ligamentos, músculos e nervos, auxiliando os animais ao retorno das atividades físicas e atléticas.
Dentre as técnicas utilizadas, a associação da fototerapia e da eletroterapia tem obtido resultados satisfatórios no tratamento da lombalgia. Antes de cada sessão de Fisioterapia, o animal é reavaliado e em seguida é realizada a aplicação das técnicas. A fototerapia e a eletroterapia devem ser aplicadas sobre a região acometida durante 20 minutos.
A eletroterapia é capaz de influenciar e modular o processo de neuro condução da dor e promover a liberação de endorfinas. Desta forma, atua promovendo o alívio da dor, o relaxamento muscular e o aumento da força e da resistência muscular. Atualmente, a fototerapia é empregada no tratamento de afecções musculoesqueléticas, em quadros de dor e inflamação.
Os efeitos promovidos por ela incluem a aceleração do reparo tecidual, a ação anti-inflamatória, a redução de edema e o alívio da dor. A vantagem de utilizar esse recurso é que, além de não ser uma ferramenta invasiva, também previne injúrias, pode ser usado em conjunto com terapias convencionais, diminui o uso de medicamentos, não é considerado doping e melhora o desempenho dos cavalos-atletas.
O tratamento da lombalgia equina visa reduzir a dor, ajudar o cavalo a restabelecer a mobilidade e o alongamento do local lesado, restabelecer toda a função e evitar a re-injúria.
Ao aplicar a Fisioterapia no tratamento de cavalos que estão em atividade, os resultados obtidos são ótimos, pois tal ferramenta promove o equilíbrio, o bem-estar e aumenta a qualidade de vida do animal, melhorando o condicionamento físico do mesmo.
Assim, a associação da fototerapia e da eletroterapia no tratamento da lombalgia em equinos irá promover todos os efeitos descritos anteriormente e irá reduzir o tempo de recuperação do animal, fazendo com que o retorno às atividades seja mais rápido e melhor.
Por Dra. Bruna Monteiro
Fonte: Editora Passos
