Tratamento de feridas em equinos

Um dos principais motivos do atendimento veterinário em equinos são as feridas da pele ou em tecidos moles, como tendões e ligamentos.

Estas feridas são, na maioria das vezes, ocasionadas por objetos estranhos como cercas, portões ou materiais de construção. O esquema de classificação de feridas leva em consideração três aspectos básicos: contaminação, grau de exposição tecidual e localização. As feridas podem ser classificadas como abertas ou fechadas dependendo do grau de penetração na pele.

Feridas fechadas são aquelas que não atingem a espessura total da pele e incluem abrasões, contusões e hematomas. Feridas abertas penetram a derme e comumente envolvem estruturas mais profundas, estando incluídas neste caso as incisões, lacerações, avulsões e perfurações. Feridas abertas, contaminadas e lacerantes em membros são comumente encontradas em equinos.

A cicatrização das feridas é um processo complexo, no qual se desenvolvem reações vasculares, celulares e humorais que visam reparar o tecido original ou substituí-lo por colágeno. Durante este processo, o ideal é sempre deixar a ferida limpa e seca. Alguns cuidados como uso de agentes antimicrobianos ou antissépticos adicionados às soluções para lavagem da ferida, debridamento de tecidos desvitalizados, antibioticoterapia sistêmica e uso de drenos podem fazer a diferença no tratamento.

Os equinos são conhecidos pela formação excessiva de tecido de granulação em feridas cutâneas localizadas em extremidades, e esta complicação ainda é um desafio para o médico-veterinário e criador. Arames farpados constituem uma causa comum de feridas em cavalos.

Desta forma, manter as pastagens limpas e livres de objetos que possam causar traumas é primordial para evitar o problema. Além disto, utilizar um manejo sem estresse também pode ser uma boa forma de proteger os animais, visto que os equinos são animais ativos, com respostas rápidas e podem, desta forma, se envolver em acidentes desnecessários.

Fonte: Ouro Fino Saúde Animal

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