Saúde & Bem-estar

Uso de laser de baixa frequencia na recuperação de lesões tendíneas

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A tendinite é uma das patologias que mais acometem o sistema locomotor dos equinos atletas.

Sendo causa frequente de claudicação e uma das mais frustrantes dentre as enfermidades que o envolvem, por possuir um tempo de recuperação longo e com grande chance de recidiva. Dessa forma, esse tipo de lesão se tornou de suma importância na Medicina Veterinária dos equinos, tornando um desafio terapias que diminuam esse tempo de cicatrização, bem como uma cicatriz de boa qualidade, evitando as recidivas.

Assim, o objetivo deste estudo foi demonstrar por meio de uma revisão bibliográfica sistemática os efeitos da laserterapia de baixa frequência no tratamento das tendinites dos cavalos atletas, seu modo de ação, bem como dosagens, tomando por base a anatomia tendínea, sua biomecânica e entendimento da patogenia e patofisiologia desta enfermidade.

O tendão é uma fita densa de tecido conjuntivo fibroso que age de maneira intermediária na inserção do músculo ao osso. Os tendões são compostos de tecidos conjuntivo denso e regular e possuem um arranjo específico que reflete as exigências mecânicas desse tecido. Feixes paralelos espessos e bem compactos de colágeno orientados longitudinalmente são os principais componentes dos tendões.

Diagnosticamos a lesão no tendão quando ele é exposto à um esforço excessivo ou à uma hiperextensão associada à luxação intensa, ou quando ele sofre um trauma. Diversos estudos confirmam a alta incidência destas lesões em cavalos de trabalho e esporte diretamente ligados ao esforço físico excessivo. A lesão ou degeneração dos tendões ocorrem em todos os graus de intensidade, podendo variar de leves e subclínicas a lesões agudas e crônicas, cuja classificação depende do dano e degeneração das fibrilas.

Os meios de tratamento estudados no decorrer dos anos têm mostrado o quão difícil é o realinhamento destas fibras devido à formação do tecido cicatricial colagenoso formando fibroses, que estão ligadas diretamente ao tamanho desta lesão. A laserterapia é preconizada nas tendinites por acelerar a resolução do processo inflamatório e estimular os fibroblastos à migração e à síntese de colágeno.

Como nas lesões tendíneas em equinos os principais desafios são reduzir o tempo de cicatrização e proporcionar uma cicatriz de alta qualidade em relação à quantidade de fibras de colágeno e seu paralelismo, a utilização do laser parece promissora.

Nos hipódromos do Brasil observa-se que o tratamento mais utilizado para cavalos com tendinite é a associação de anti-inflamatório, crioterapia e repouso. Mesmo combatendo a inflamação na fase inicial, esta terapia não acelera o processo de reparo tecidual, que no caso dos tendões é lento. A utilização da laserterapia tem sido descrita como forma eficiente para acelerar o processo de reparo tecidual em diversos tecidos e em tendões de outras espécies.

O presente trabalho trata-se de uma revisão sistemática de literatura que objetivou, principalmente, estudar os métodos de atuação e a eficácia do tratamento da laserterapia de baixa frequência utilizada em cavalos atletas com tendinite, auxiliando em sua recuperação.

Disposto em capítulos, o trabalho procurou relatar, primeiramente, a estrutura anatômica dos tendões demonstrando sua composição e biomecânica. Em seguida, se baseou na tendinite e sua patogenia e patofisiologia, além do diagnóstico. Contudo, baseado nos dados literários adquiridos, descreveu-se os tratamentos mais usados enfatizando a eficácia e as vantagens do uso da laserterapia em busca de uma recuperação mais rápida e eficiente dos tendões.

Características Anatômicas dos Tendões

Os constituintes principais do tendão são feixes paralelos espessos e bem compactos de colágeno orientados longitudinalmente. A estrutura complexa dos feixes colagenosos resulta em uma coesão lateral no interior do tendão e junto com a substância interfibrilar torna difícil o deslizamento entre as fibras e fibrilas. O tendão é uma estrutura dinâmica e renova todo o seu colágeno a cada seis meses e conforme as fibrilas se quebram, os fibroblastos as substituem.

Os tendões possuem grande resistência com relação às tensões, porém baixa extensibilidade. Mecanicamente, eles servem principalmente como transmissores de forças. Porém, outras funções mecânicas podem ser atribuídas a ele, incluindo amplificação dinâmica durante as contrações musculares rápidas, de reserva de energia elástica e de atenuador de forças durante movimentos rápidos e inesperados.

O tendão flexor digital superficial (TFDS) é a estrutura mais sujeita à tendinite, já que o local de lesão mais comum é a região central do metacarpo, onde o TFDS tem sua menor área de secção longitudinal e ao maior estresse que suporta durante a hiperextensão do boleto, quando comparado ao tendão do flexor digital profundo. Os fibroblastos tendíneos não contribuem clinicamente para a resistência do tendão, mas são de suma importância para a manutenção desta resistência.

A unidade básica do tendão são as fibras de colágeno tipos I, II e III, encontradas, respectivamente nas proporções 75%, 5% e 20%, e estão dispostas longitudinalmente ao eixo tendíneo. Dentre as estruturas associadas aos tendões encontram-se o epitendão (ou peritendão); sua extensão, o endotendão; e externamente a este último, o tendão, o qual é revestido por uma bainha tendínea.

Os ligamentos anulares (retináculos) são fortes faixas fibrosas mantendo o tendão na sua posição correta quando ele passa sobre superfícies que poderiam fazê-lo mudar de posição ou em situações em que ele se comportasse como ‘corda de arco’. As fibras de colágeno encontram-se em um padrão ondulado, o que em parte é atribuído à elasticidade. O grau de ondulação varia de acordo com a idade do animal e o local anatômico. Os feixes de fibrilas de colágeno que possuem um ângulo menor de ondulação sofrem uma tensão maior, sendo mais susceptíveis à ruptura, do que os feixes de ângulo maior de ondulação.

Considera-se que existe uma relação positiva entre o paralelismo das fibras e a capacidade de suportar força de tensão pelo tendão, demonstrando, assim, que um tendão com fibras paralelas seria mais resistente do que um com fibras entrelaçadas. Assim, o sucesso de uma cicatrização depende do alinhamento das fibras. Sugere-se que a adaptação funcional do tendão, ou seja, a capacidade de resposta do tecido frente a um novo tipo de exigência mecânica, ocorra apenas na fase de crescimento do animal. Quando atinge a idade adulta, esta capacidade de adaptação é baixa comparada a outros tecidos.

Outro ponto relacionado é se a super extensão que resulta na obliteração do padrão normal de onda causa uma lesão clínica, ou se essas extensões voltam ao normale em que período de tempo.

A tendinite

O termo tendinite é aplicado às inflamações induzidas por esforço que envolvem o tendão circundado por um paratendão, e não por uma bainha tendínea. Quando a porção do tendão envoldido está associada à bainha tendínea, o termo utilizado é tendossinovite, que implica na inflamação somente da bainha tendínea.

As tendinites são causas frequentes de claudicação em cavalos atletas e podem ser consideradas como as mais frustrantes dentre as enfermidades que envolvem o aparelho locomotor equino, com relação à resolução clínica, já que é caracterizada por longos períodos de recuperação e com grande tendência à recidiva após retornar ao exercício.

Essa inflamação acomete principalmente os tendões flexores e suas sucessivas inserções com os músculos. São várias as causas que aumentam o estresse no tendão: treinamento inadequado e fadiga muscular ao final de um exercício forçado; angulação anormal do boleto associada à fraqueza muscular; um terreno desigual ou escorregadio e curvas súbitas que podem forçar desproporcionalmente um lado do tendão; angulação excessiva da quartela; pinças muito longas; tipo de ferradura; idade do animal; pistas enlameadas e ligas muito apertadas são alguns exemplos.

Porém, o TFDS do membro torácico é mais afetado por possuir uma área de secção transversal menor e devido ao maior estresse que suporta durante a hiperextensão do boleto, quando comparado ao tendão flexor digital profundo (McILWRAITH, 2002). Dessa maneira, a tendinite que geralmente ocorre como consequência de uma luxação intensa dos tendões flexores, está associada ao esforço excessivo ou à hiperextensão destes e expressam-se no plano tecidual por fenômenos degenerativos e alterações inflamatórias em diferentes graus de intensidade.

Hoje em dia é sugerido que a sobrecarga a qual o tendão do cavalo atleta é submetido tem papel importante na etiologia da tendinite. Essa sobrecarga leva à degeneração das fibras de colágeno modificando as propriedades da estrutura do tendão (SMITH; WEBBON, 1996). Uma sobrecarga única pode levar à lesões tendíneas devido a força de tração que excede a resistência máxima das fibras, ou quando ocorre o acúmulo de micro lesões proporcionando o aumento do ciclo de cada carga, levando a eventual ruptura desta estrutura. Desta maneira, tendões saudáveis podem acumular micro rupturas por conta de fadiga cíclica que é provocada pela manutenção do galope, sugere que o reparo tecidual não consiga acompanhar o ritmo de acúmulo destas micro lesões.

As ondulações das fibras de colágeno tendem a diminuir com a idade e a atividade física. Dessa maneira, com o passar do tempo, há uma diferença nos perfis das ondulações das regiões central e periférica das fibrilas do TFDS dos equinos. Portanto, em cavalos mais velhos as fibras centrais podem esgarçar antes das periféricas e se romperem primeiro. Assim, as ondulações de intensidade distintas serão deformadas de forma diferente sob o mesmo nível de estresse pelo fato de o ambiente mecânico dos tendões ser heterogêneo.

Contudo, diante deste fatos, uma força acima do limite de resistência da estrutura pode produzir rupturas das fibras, resultando em hemorragia de arteríolas e capilares locais formando hematoma no interior do tendão, podendo estender-se até o paratendão. Diante disso, o resultado imediato é a deposição de fibrina atraindo neutrófilos para a região. Posteriormente, ocorre congestão e acúmulo de fluidos no local da lesão, podendo haver isquemia e necrose de tenócitos. A extensão da necrose na região relaciona-se com o grau de comprometimento vascular.

A tendinite provoca uma alteração permanente na composição molecular tendínea e nas propriedades biomecânicas dos tendões. Por isso, a ocorrência de recidivas é tão comum. A resolução das lesões tendíneas gera um tecido de arquitetura e biomecânica diferentes do original, fazendo com que o animal que sofreu uma lesão possa ter sua performance comprometida ou ainda sofrer uma nova injúria.

Sinais Clínicos e Diagnóstico

Na fase aguda, observa-se um inchaço difuso sobre a região, com calor e dor à palpação. O animal apresenta claudicação, cujo grau e intensidade dependerão do tipo de trauma, do peso do cavalo, do tipo de trabalho que ele executa e da fase de evolução da enfermidade, aguda ou crônica.Evidencia-se mais a claudicação na fase de apoio do membro ao solo, por conta da intensa tração que é exercida sobre os tendões do grupo muscular flexor, superficial e profundo, que são os mais acometidos. Nesta fase ainda, o animal em repouso, procura manter o membro em flexão passiva, apoiando a pinça do casco no solo, de maneira a aliviar a pressão sobre os tendões e, consequentemente, a dor.

No estágio crônico, que decorre da fase aguda e geralmente por tratamento ineficiente, há a presença de fibrose e inchaço firme na face palmar ou plantar, podendo o cavalo ao passo e ao trote estar são, porém no trabalho com esforço apresenta claudicação. Ha relatos em que o local acometido se apresentará com aumento de volume firme (fibrose), normalmente sem dor, porém com restrição de movimentos dos tendões flexores por conta das aderências que podem ocorrer no paratendão, bainhas e ligamentos, além da possibilidade de poder haver a ‘constrição’ do ligamento palmar ou plantar, conforme o membro acometido, o anterior ou posterior.

O exame clínico pode ser visual, podendo o animal estar em repouso e/ou durante o exercício, e através da palpação e manipulação. Quando o animal está em repouso, observa-se criteriosamente aumentos de volume. Na observação do animal durante o exercício, o principal objetivo é identificar o(s) membro(s) afetado(s), o grau de claudicação e a incoordenação do movimento. Deve-se colocar o animal ao passo e ao trote, além da observação de pontos importantes como: balanço da cabeça, alterações na suspensão do membro, fases do passo e colocação dos membros no solo.

Na palpação dos tendões cada região deve ser palpada cuidadosamente em busca de dor, calor e edema, que são sinais de inflamação.  O ultrassom de diagnóstico tem sido utilizado de forma a definir o grau do dano no tendão bem como o grau de formação de adesões. Outros métodos diagnósticos podem ser utilizados em quadros de tendinites, como o uso da termografia, por exemplo, queé útil no diagnóstico precoce da inflamação dos tendões, pelo fato de basear-se nas variações de temperatura, diagnosticando as patologias antes de aparecerem ou no decorrer do seu curso, permitindo assim, o diagnóstico precoce da inflamação dos tendões quando outros sintomas clínicos ainda não estão evidentes.

Tratamento

A eleição do tratamento deve-se levar em conta o processo em que se encontra a lesão, sendo fase aguda ou crônica. Mesmo com a grande diversidade de terapias, a tendinite do cavalo atleta ainda é um desafio para a medicina veterinária por conta do seu longo tempo de reparo e pela formação de uma cicatriz de baixa qualidade, fazendo com que a meta a ser atingida no reparo tendíneo seja reduzir o tempo de cicatrização da lesão e proporcionar uma cicatriz de qualidade com alto grau de paralelismo entre as fibras.

Com isso, o tratamento das tendinites busca controlar o distúrbio circulatório e a intensidade da inflamação, mas os resultados nem sempre são satisfatórios sendo frequente a formação de aderências, já que o tecido cicatricial neoformado é menos resistente que o tendão original, predispondo à recorrência da lesão, Apesar de existir diversas terapias que visam remodelar e mimetizar a arquitetura de um tendão normal, dificilmente irão reproduzir a conformação prévia ou as propriedades mecânicas originais.

Um aspecto fundamental no tratamento da tendinite é o repouso e geralmente prolongado. Porém, pode ser melhor um repouso absoluto nas duas primeiras semanas, para que então seja realizada alguma forma de manipulação passiva. Essa recomendação se baseia na descoberta de que uma leve tensão no tendão afetado na fase inicial da cura pode auxiliar no alinhamento dos feixes de fibrina do coágulo inflamatório inicial e promover uma organização adequada do novo colágeno, inibindo também a formação de adesões. Para isso, recomenda-se caminhada controlada por oito a dez semanas até a recuperação da lesão, e deve ser gradualmente aumentada de cinco para 40 a 45 minutos duas vezes ao dia.

Laser Terapêutico

O laser é a abreviação de Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, que significa amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. Dessa forma, o laser terapêutico é um aparelho que emite a energia na forma de luz, contendo uma substância radioativa que produz energia quando estimulada.  Esta teoria Zur Quantum Theories der Strahlung é do físico Albert Einstein que em 1917 expôs os princípios físicos da emissão estimulada de fótons (fenômeno laser), mostrando como um átomo poderia produzir energia, sendo classificado em “alta potência”, aqueles com potencial destrutivo e em “baixa potência”, sem potencial de destruição.

A laserterapia é preconizada nas tendinites por acelerar a resolução do processo inflamatório, estimular a migração de fibroblastos e também a síntese de colágeno. Ainda em um estudo sobre reparo tendíneo em ratos com a utilização do laser, as lesões tratadas apresentaram um nível muito superior de cicatrização quanto à qualidade de fibras, bem como um tempo menor do que as lesões não tratadas. Foi demonstrado ainda, conforme as diferentes doses de energia utilizadas, diferentes efeitos são observados, sugerindo que os efeitos são dose dependentes.

Quanto maior o comprimento de onda, maior a penetração nos tecidos, sugerindo que os comprimentos de onda de 904 nm penetrem alguns centímetros na pele. Sendo, dessa maneira, o tendão flexor digital superficial atingido pela radiação neste comprimento de onda.

Existem uma série de trabalhos abrigados pela literatura, com diversos resultados, sendo uma das explicações os diversos aparelhos existentes o mercado e a grande variedade de protocolos aplicados, além de faltar nos diversos trabalhos parâmetros essenciais para a reprodução do resultado comoo tamanho do spot, por exemplo, entre outros.

O colágeno tipo I produzido de maneira intrínseca (células endotendionsas) seria de melhor qualidade que o colágeno tipo III produzido extrinsicamente. Dessa forma, a estimulação das células intrínsecas pode ser benéfica na reparação tendínea.

O uso de laser terapêutico de Gallium Arsenide (GaAs) é recomendado na reparação do tendão flexor digital superficial, pelo fato de comprovarem um efeito analgésico local quando aplicado na dosimetria de 8/Jcm², de maneira pontual, nas fases inflamatórias aguda e/ou subaguda. Além disso, o laser provoca também a estimulação da circulação linfática, reduzindo o edema local. Contudo, não se observou alterações significativas quanto à proliferação fibroblástica e síntese de colágeno entre os membros tratados e não tratados.

O laser de Arsenito de Gálio na dose de 20 J/cm² mostrou-se eficaz em acelerar a reparação da lesão tendínea nos membros tratados em relação aos membros controle, avaliados após 30 dias do aparecimento da lesão. Os membros tratados com laser apresentaram uma melhora muito significativa na ecogenicidade e no paralelismo, no tamanho da lesão e na porcentagem da ocupação dessa lesão. Dos 11 membros tratados, seis apresentaram preenchimento total da lesão na avaliação no 30º dia e os outros cinco demonstraram uma redução significativa na porcentagem de ocupação dessa lesão, quando comparado ao grupo controle.

Com relação ao número de sessões, concluiu que as dez sugeridas pelo estudo não são suficientes para todos os animais na prática, demonstrando que para lesões mais severas o número de sessões deverá ser maior. Porém, mesmo em lesões mais severas observou-se efetividade no protocolo sugerido para os membros tratados em relação aos membros controle.

O maior efeito do laser é a estimulação dos fibroblastos à produção de colágeno e estes começam a aparecer no local da lesão após o início da terapia, tendo seu pico por volta do sexto dia. Há uma melhora significativa na ecogenicidade e no paralelismo, no tamanho da lesão e na porcentagem da ocupação dessa lesão ocorreu no 30° dia e não no dia 15 quando a terapia foi finalizada. Isso pelo fato de o laser apresentar efeitos secundários, com ações ocorrendo após dias da aplicação

Contudo, a recuperação completa de um tendão lesionado requer muita paciência e um acompanhamento ultrassonográfico periódico para determinar se o tendão está realmente apto a receber carga e assim voltar o animal ao trabalho.

Conlusão

O tendão é uma estrutura forte, porém não suporta grandes cargas com grandes extensibilidades. Dessa maneira, o animal não deve ser exposto a força excessiva e, o tendão uma vez lesionado, pode ter uma recidiva em maior grau, já que foi comprovado que a cicatrização do mesmo não é das mais eficazes.

Para que o tendão se recupere completamente demanda tempo e tratamento adequados. Mesmo assim, a cicatrização errada pode comprometer o animal em sua performance, reduzir sua vida útil ou até mesmo encerrar sua carreira atlética. Tratamentos clínicos e complementares existem para auxiliar na prevenção e no tratamento das tendinopatias.

O aprofundamento das pesquisas contribui para a evolução das terapias, melhorando a capacidade dos tratamentos no cavalo atleta. Isso é um incentivo à busca em minimizar os desafios na medicina veterinária, associando terapias e buscando especialidades.

Contudo, o uso da laserterapia de baixa frequência mostrou ser eficaz no tratamento de tendinites de cavalos atletas quando usada na dosagem e tempo corretos, acelerando a resolução do processo inflamatório, estimulando os fibroblastos a produzir colágeno, e contribuindo, dessa maneira, para uma cicatrização tecidual mais rápida, organizada e com melhor qualidade de fibras.

Por Clarissa Tomazella –  Aluna de Graduação da Faculdades Anhanguera de Leme e Dr. Evaldo Dias – Médico Veterinário

Foto : cedida

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Tecnologia aplicada à medicina equina

Artigo apresenta como a tecnologia, aliada à medicina equina, pode ajudar no desempenho do cavalo e no bem-estar dele

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Tecnologia aplicada à Medicina Equina

Essa tecnologia tem o nome de TendibootsTM, produzida pela empresa Ekico. Esse equipamento francês de última geração consiste em um par de caneleiras e de boleteiras com sensores em seu interior que permitem a coleta e envio de dados em poucos segundos sobre o funcionamento biomecânico dos cavalos e a visualização instantânea de assimetrias e compensações que podem passar despercebidas, para um software que grava e transforma essas mensurações em dados e gráficos.

Como ele funciona?

Essa ciência permite avaliar cada fase da passada, registrando diversos parâmetros como a carga aplicada, o comprimento da passada e a duração do apoio de cada membro, facilitando a detecção precoce de diversos problemas locomotores que podem passar despercebidos ao olho humano. Os sensores dentro das caneleiras e boleteiras enviam dados ao software permitindo que a Inteligência Artificial transforme os dados em mensurações precisas com números, percentuais, gráficos e estatísticas.

Experiência clínica somada ao Tendiboots

Importante lembrar que a clínica é sempre soberana, que o equipamento não substitui o olho humano e que o conhecimento técnico é imprescindível para um bom diagnóstico, mas através desta tecnologia é possível obter dados precisos sobre a passada “normal” de cada cavalo hígido, acompanhar alterações em que não há claudicação evidente, apenas uma irregularidade de apoio do membro e também é uma tecnologia que pode ser amplamente empregada nos exames de compra, onde qualquer pequena assimetria é considerada muito importante.

Quais as vantagens dessa tecnologia para o veterinário e também para o animal?

As TendibootsTM são uma inovação já difundida no continente europeu e em diversos lugares do mundo e, no Brasil, esse serviço é oferecido através da Clínica Itapema, com o intuito de possibilitar sua utilização por todos os profissionais da comunidade veterinária de equinos e ferradores que tenham interesse em determinar o status de locomoção e movimentação de seus pacientes, bem como identificar precocemente alterações locomotoras, investigações diagnósticas, acompanhamento da evolução clínica de um animal durante ou após um tratamento, identificar o tempo médio de recuperação de um cavalo durante ou após competir em um torneio, avaliar o grau de resultado após um bloqueio anestésico ou a uma flexão articular, avaliar a resposta do animal após ferrageamento, antes e após uma sessão de quiropraxia, obter um gráfico de evolução ao longo da temporada esportiva e identificar o momento de reabilitar um cavalo através de análises objetivas e precisas.

Sua utilização tem apresentado grande relevância na aplicação durante os “vet-checks”, especialmente quando há queixa do cavaleiro perceber alguma dificuldade do animal para engajar os pés, se impulsionar, no apoio ou apresentar dificuldades para um dos lados ou em exercícios específicos.

Durante os exames pré-compra, é um grande aliado na identificação sutil de pequenos graus de assimetrias e na deposição da força, bem como para se determinar o “status quo” do animal que está sendo adquirido e criar seu histórico desde o início de sua carreira com o novo cavaleiro. A criação deste histórico com auxilio da mensuração dos parâmetros de locomoção permitirão melhor entendimento quando houver queixas de queda de performance e diminuição nas intervenções tardias, devido ao fato de auxiliar a se obter um diagnóstico mais precoce de alterações subclínicas.

Os ciclos de ferrageamento também podem ser mensurados, bem como a adaptação (em termo de ganho de tamanho de passada e distribuição de força) a uma nova ferradura.

A Clínica Itapema é responsável pela realização do exame, análise e elaboração dos laudos. Foi necessário muito estudo e dedicação para realizar uma análise precisa dos dados oferecidos pelo equipamento, lembrando que o laudo do exame não aponta o local onde há um problema, mas sim demonstra o membro que apresenta assimetrias e a irregularidade desse membro varia dependendo da afecção que esse animal apresenta (maior ou menor peso depositado, maior ou menor tamanho da passada, maior ou menor tempo nas fases de voo/pouso do membro acometido).

Por Hélio Itapema, Rachel Campbell e Beatriz Tofani
Foto: Divulgação/Tendiboots

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Síndrome de Cushing em cavalos

Pôneis e cavalos mais velhos, podem apresentar um risco mais elevando de desenvolver a síndrome de Cushing

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Síndrome de Cushing em cavalos

O cortisol é uma hormona fundamental que desempenha várias tarefas significativas no organismo do seu cavalo. Mas o que acontece quando o corpo produz demasiado cortisol, descontroladamente? Leia este artigo e aprenda mais acerca da síndrome de Cushing em cavalos (ECS).

Quais os cavalos mais afetados pela síndrome de Cushing?

Em geral, qualquer cavalo pode ter a síndrome de Cushing. No entanto, estudos descobriram que tanto póneis como cavalos mais velhos, acima dos 15 anos, apresentam um risco mais elevado de desenvolver a doença.

Além disso, pelo facto de a síndrome de Cushing em cavalos ser uma doença associada ao estilo de vida, muitos dos pacientes são animais obesos.

Sintomas: quais os sinais da síndrome de Cushing em cavalos?

O excesso de cortisol faz com que o sistema imunitário do seu cavalo esteja permanentemente enfraquecido. Portanto, a síndrome de Cushing nos cavalos identifica-se através dos seguintes sintomas:

  • Transpiram com frequência e o seu desempenho diminui;
  • Urinam mais (poliúria) e bebem mais (polidipsia);
  • Ao longo do ano, cresce-lhes pelo mais comprido e por vezes encaracolado (hirsutismo);
  • Têm tendência para ter outras doenças (por exemplo, problemas dentários, laminite, infeções);
  • A cicatrização de feridas é dificultada;
  • A muda do pelo acontece mais tarde;
  • Foram camadas de massa gorda em partes invulgares do corpo (redistribuição da gordura) e, ao mesmo tempo, perdem músculo;
  • Os tumores benignos desencadeiam esta síndrome. Simultaneamente, provocam queixas a nível do sistema nervoso central, como cegueira ou claudicação.

Diagnóstico: como se detecta a síndrome de Cushing equina?

A síndrome de Cushing em cavalos é uma doença equina bastante conhecida. Ao levar o seu cavalo ao veterinário com sintomas típicos de ECS é muito natural que o médico suspeite desde logo deste problema.

Para o confirmar, o veterinário analisa a concentração de hormona adrenocorticotrópica (ACTH) no sangue. Para tal, tira sangue ao seu companheiro de quatro patas de manhã, com o estômago vazio.

Se o resultado não for conclusivo, o veterinário pode também fazer um teste de supressão com dexametasona. Portanto, injeta o cavalo com dexametasona após uma primeira definição do ACTH.

Passadas 20 horas, o veterinário mede novamente o nível de ACTH no sangue, que, num animal saudável, deve baixado. Porém, se o nível de ACTH se mantiver demasiado alto, é sinal da síndrome de Cushing equina.

Como é tratada a síndrome de Cushing em cavalos?

A administração diária e para o resto da vida da substância pergolida atua em relação ao equilíbrio hormonal perturbado. Este medicamento é um agonista da dopamina que imita a ação da dopamina e provoca a libertação da ACTH.

Portanto, são necessários controlos regulares do nível de ACTH no sangue para manter o equilíbrio hormonal.

Além do tratamento da causa, é também importante tratar o seu cavalo de acordo com os seus sintomas. Também deve otimizar a alimentação do seu cavalo.

Para tal, reduza os concentrados na ração e foque-se em feno de elevada qualidade. Óleos vegetais, suplementos vitamínicos e minerais também apoiam a saúde de cavalos com síndrome de Cushing.

Causas: o que desencadeia a síndrome de Cushing equina?

A síndrome de Cushing em cavalos é uma doença hormonal desencadeada por dois acontecimentos dentro da assim chamada pars intermedia, isto é, a parte central da glândula pituitária (hipófise):

  • Por hiperplasia (aumento do número de células)
  • Com hipertrofia simultânea (aumento do volume das células)

Portanto, os veterinários também se referem à síndrome de Cushing em cavalos como PPID (Disfunção da Pars Intermedia da Pituitária).

Quais as possibilidades de recuperação?

Infelizmente, a PPID é uma doença sem cura. No entanto, pode melhorar a longevidade e a qualidade de vida do seu cavalo com a ajuda de medicação.

Além disso, estará a ajudar o seu companheiro de quatro patas se seguir rigorosamente uma dieta equilibrada e o levar regularmente ao veterinário.

Fonte: Zooplus Magazine
Foto: Reprodução/Pixabay

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Anemia Infecciosa Equina: saiba um pouco mais sobre a doença que interditou a Sociedade Hípica Porto-Alegrense

AIE é uma enfermidade classificada como grave, que causa enormes prejuízos e que não tem cura, podendo acometer todos os tipos de equídeos

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Anemia Infecciosa Equina: saiba um pouco mais sobre a doença que interditou a Sociedade Hípica Porto-Alegrense

No último dia 25 de março, a Sociedade Hípica Porto-Alegrense foi interditada devido a uma ocorrência de um animal com Anemia Infecciosa Equina (AIE). A situação acendeu um alerta em proprietários de cavalos em Porto Alegre.

Anemia Infecciosa Equina

A Anemia Infecciosa Equina (AIE), é uma doença causada por um vírus do gênero Lentivírus da família Retroviridae. A doença, que não tem cura, é classificada como grave e pode acometer os equídeos (cavalos, éguas, mulas, burros, jumentos, pôneis) de qualquer raça, sexo ou idade.

Uma das principais formas de transmissão é por picada de mutucas e moscas que se alimentam de sangue. Também pode ocorrer pelo uso da mesma agulha, arreio, freio ou espora em animais diferentes.

Vale destacar que a maioria dos animais infectados não apresenta sintomas da doença. Entretanto, entre os sintomas observados, estão: fraqueza, febre, perda de peso, mucosas amareladas, edemas subcutâneos, anemia.

Prevenção

Apesar de não existir cura, é possível prevenir a doença com a realização de exames a cada 6 meses de todos os equídeos da propriedade; usar agulhas descartáveis para aplicação de medicamentos e coleta de sangue e esterilizar os materiais reutilizáveis; exigir a Guia de Trânsito Animal (GTA) e o atestado negativo de AIE para entrada e saída de animais na propriedade e, em casos de confirmação da Anemia Infecciosa Equina, é necessário o sacrifício do animal infectado.

É importante ressaltar que a Anemia Infecciosa Equina é uma doença de notificação obrigatória, integrante do Programa Nacional de Sanidade Equídea (PNSE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Interdição Sociedade Hípica Porto-Alegrense

Desde o dia 25 de março, na Sociedade Hípica Porto-Alegrense, está proibida a entrada e saída de animais que estão no clube, já que o local também funciona como hospedaria e centro de treinamento de cavalos.

No último dia 29, o clube divulgou através de seu site que “por questões sanitárias dos cavalos, a Sociedade Hípica Porto Alegrense está cancelando CSE (Concurso de Salto Estadual) que estava previsto para os dias 05 a 07 de abril”.

Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, essa é uma medida que segue os protocolos sanitários vigentes com o objetivo de evitar o ingresso de outros animais até o saneamento do foco. “Todos os equinos alojados nas instalações tiveram sangue coletado na semana passada para exames, para verificar se há mais animais infectados no local”, afirma a secretaria, em nota ao G1.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus (Com informações do G1 e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo)
Foto: Reprodução/Pexel

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A importância da suplementação proteica durante o crescimento dos potros

De acordo com a M.V Monique Hoffmann, o uso de Whey Protein em potros contribui no fornecimento do aporte proteico necessário para um desenvolvimento adequado

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A importância da suplementação proteica durante o crescimento dos potros

Cerca de 80% do crescimento do equino ocorre durante o primeiro ano de vida. Devido a este fato, é essencial que os requisitos nutricionais sejam atendidos por meio de uma dieta equilibrada e formulada, especificamente para as suas necessidades em termos de desenvolvimento corporal. “Na fase inicial da vida, os criadores precisam ter o máximo de cuidado na alimentação e suplementação dos animais jovens, pois é uma fase extremamente importante para o desenvolvimento muscular e esquelético dos potros”, explica a médica veterinária Monique Hoffmann, coordenadora de Produtos de Grandes Animais da Syntec.

Suplementação proteica para potros

Em potros, o aporte proteico possibilita otimizar o crescimento. “A suplementação pode auxiliar no ganho de massa muscular e desenvolvimento corpóreo”, comenta a especialista da Syntec.

Segundo a veterinária, o uso de Whey Protein em potros ajuda a fornecer o aporte proteico necessário para um desenvolvimento adequado. “O suplemento fornece rapidamente aminoácidos essenciais de alta absorção e rápida digestão, sendo substratos importantes para a composição muscular e diversas reações e estruturas do organismo.”

A médica-veterinária ressalta a importância de sempre consultar um profissional especializado para orientação precisa sobre alimentação e suplementação dos potros. “Os veterinários fornecem recomendações personalizadas com base nas necessidades individuais do animal, garantindo o seu desenvolvimento saudável.”

Para auxiliar os criadores, a Syntec do Brasil disponibiliza Whey Protein Syntec, suplemento proteico de alto valor biológico. Ele fornece aminoácidos essenciais que auxiliam na hipertrofia e manutenção da massa muscular. Whey Protein Syntec é indicado para animais em fase de crescimento, fêmeas gestantes ou lactantes e animais atletas que necessitam otimizar o desempenho físico.

Por Divulgação/Assessoria de Imprensa
Fotos: Reprodução/Shutterstock

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Saúde & Bem-estar

Por que fazer um programa nutricional para cavalos atletas na volta das provas?

Alimentação adequada para cada fase do treinamento e modalidade esportiva beneficia em resistência, longevidade e bem-estar dos animais de alta performance

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Por que fazer um programa nutricional para cavalos atletas na volta das provas

O início do calendário de competições esportivas de equinos, a partir de março, é o período ideal para os criadores implementarem programas nutricionais ajustados às demandas alimentares dos animais de alta performance, que retornam ao ciclo competitivo após uma breve pausa entre dezembro e fevereiro. “A criação de um programa nutricional para cavalos atletas é necessária e está relacionada com a intensidade do treinamento. Deve ser iniciado de forma gradual, acompanhando o retorno às atividades e respeitando as evoluções de curto, médio e longo prazo”, orienta o zootecnista Sigismundo Fassbender, gerente de produtos equinos da Guabi Nutrição e Saúde Animal.

Programas Nutricionais

Segundo ele, como existem dietas específicas para cada fase do treinamento e ajustadas conforme a modalidade esportiva, é muito importante o criador procurar profissionais capacitados para desenvolver o planejamento nutricional com um programa estratégico adequado para cada animal. A nutrição equilibrada e a suplementação correta resultam em melhor desempenho atlético, vitalidade, resistência, entre outros fatores. “Planejar uma dieta adequada é crucial para esses animais. Uma alimentação correta refletirá em melhor fornecimento de energia, recuperação muscular, manutenção da saúde articular, hidratação, suporte imunológico e equilíbrio da massa corpórea”, destaca.

“Por mais que os cavalos de diferentes raças compartilhem muitas necessidades nutricionais básicas, existem algumas diferenças específicas entre eles”, explica o especialista da Guabi. No caso dos cavalos Mangalarga Marchador, que competem em provas de longa duração, Fassbender salienta a necessidade de ofertar uma alimentação rica em fibras, gorduras e com poucos carboidratos. Ele aponta que a situação é contrária quando é o momento de planejar um programa nutricional voltado aos equinos da raça Quarto de Milha, que exigem maiores quantidades de carboidratos balanceados. A quantidade de energia na dieta também deve ser direcionada para o tipo de atividade física e intensidade da atividade.

“Os benefícios de uma boa alimentação para cavalos competidores incluem: melhor desempenho atlético, recuperação mais rápida após o exercício, menor risco de lesões, aumento da resistência, maior longevidade na carreira esportiva e melhor qualidade de vida em geral. Por isso, é necessário ter um acompanhamento profissional para garantir que eles atinjam seus potenciais e permaneçam saudáveis ao longo de suas carreiras”, ressalta o zootecnista.

Na busca por um melhor desempenho nas pistas, os criadores têm ao seu dispor diferentes técnicas complementares à preparação física. De acordo com o zootecnista, uma dessas soluções está no uso de probióticos, que podem auxiliar o bem-estar animal. “Os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, proporcionam benefícios à saúde intestinal e o equilíbrio da microbiota gastrointestinal, além da melhora da digestão e absorção de nutrientes, reduzindo os riscos de cólicas”, indica o gerente de produtos equinos da Guabi Nutrição e Saúde Animal.

Por Assessoria de Imprensa/Guabi
Foto: Reprodução/Shutterstock

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Saúde & Bem-estar

Com mercado aquecido, cooperativa agroindustrial fatura mais de R$ 7 bilhões ao ano

Há mais de 50 anos no mercado de nutrição animal, a Agrária está entre as maiores cooperativas do Brasil; conheça essa gigante do agronegócio

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Com mercado aquecido, cooperativa agroindustrial fatura mais de R$ 7 bilhões ao ano

Mais de R$ 7 bilhões. Este é o faturamento anual de uma das maiores cooperativas do Brasil. Fundada em 1951, a Agrária se destaca no cultivo de trigo, cevada, soja e milho, para produção de ração animal. Há 50 anos no mercado de nutrição de aves, bovinos de corte e leite, coelhos, ovinos, suínos e equinos, a marca se tornou referência em todo o país. A partir de investimentos robustos, sua capacidade fabril atingiu 240 mil toneladas/ano.

Para se tornar essa gigante do agronegócio, nos últimos anos, a Agrária Nutrição Animal investiu mais de R$ 56 milhões em capacitação, modernização e infraestrutura. “Um dos investimentos realizados, foi na capacidade de armazenagem de estoque de matéria-prima e de produtos acabados. Também direcionamos recursos à revitalização da automação e aumento da capacidade produtiva”, afirmou Marcelo Narlok, coordenador industrial da Agrária.

Cooperativa Agrária investiu 15 milhões em nova linha de ração para equinos

A inovação está no DNA da Cooperativa Agrária Agroindustrial, que atualmente conta com 705 cooperados e 1,7 mil colaboradores. Em 2022, a cooperativa realizou um investimento, acima dos R$ 15 milhões, para o desenvolvimento de uma nova linha de rações texturizadas (multicomponentes), para nutrição de equinos de todas as raças. Segundo a Agrária, esse aporte gerou um salto na capacidade de produção de rações para cavalos.

“Modernizamos as embalagens da nova linha de rações equinas, que conta com sete produtos de baixo teor de amido (Cool Diet). Deixamos de usar embalagens de polipropileno, e passamos a produzir embalagens de polietileno. Essa mudança reflete a nossa busca contínua por mais segurança, resistência e qualidade, alinhando os nossos produtos ao perfil do mercado de nutrição que queremos alcançar”, enfatizou Juliano Gross, coordenador comercial da Agrária.

Baixo teor de amido nas rações eleva saúde e desempenho dos equinos

A abordagem convencional da alimentação equina, baseada em altos teores de amido e melaço, está ficando para trás. Sob a liderança da Agrária, o conceito ‘Cool Diet’ (baixo amido) está emergindo no país, como uma mudança pioneira na nutrição animal. Um estudo recente, aponta que este avanço inovador, além de atender às necessidades nutricionais, traz benefícios à saúde geral e melhora o desempenho atlético dos cavalos de competição.

Sobre a Cooperativa Agrária Agroindustrial

A Agrária é uma cooperativa agroindustrial, localizada em Guarapuava (PR). Fundada em 1951, alia tradição e história à tecnologia e gestão de excelência. A partir da agricultura, a Agrária instituiu cadeias produtivas completas, que compreendem desde pesquisa agrícola, até a industrialização. A Agrária Nutrição Animal, empresa que compõe os negócios da cooperativa, conta com 23 representantes e tem atuação no Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Por Jean Philippe Vasconcelos/Agência Cavalus
Fotos: Divulgação/Agrária Nutrição Animal

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Saúde & Bem-estar

Equonomia irá promover II Encontro de Agronegócio Equino com tema voltado para o Bem-Estar Animal

Evento será realizado no Pavilhão Nicolau Athanassof, na Esalq, em Piracicaba (SP), a partir das 9h

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Equonomia irá promover II Encontro de Agronegócio Equino com tema voltado para o Bem-Estar Animal

No próximo dia 05 de abril, o grupo de extensão Equonomia da ESALQ-USP, irá promover o II Encontro de Agronegócio Equino – Bem-estar do nascimento à aposentadoria. O evento tem como objetivo disseminar o conhecimento relacionado ao bem-estar de equinos nas diferentes fases de sua vida.

II Encontro de Agronegócio Equino

O encontro, que ocorrerá no Pavilhão Nicolau Athanassof, na Esalq, em Piracicaba (SP), das 9h às 19h, já conta com nomes confirmados, como André Galvão Cintra, que irá falar sobre bem-estar antes da doma, Paolla Luchin sobre o treinamento para esportes, Claudia Leschonski falando sobre a vida do cavalo no esporte e Claudia Poci abordando sobre a aposentadoria de um cavalo.

Vale destacar que as inscrições já estão abertas e devem ser feitas através do site da FEALQ, com o valor de R$ 50 para profissionais e R$ 20 estudantes. A programação completa do II Encontro de Agronegócio pode ser conferida através do Instagram @equonomia.

Por Heloisa Alves/Portal Cavalus
Foto: Divulgação/Pexels
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Saúde & Bem-estar

Curso sobre coluna vertebral reúne cerca de 90 veterinários do Brasil e do mundo

Profissionais buscam aprimorar seus conhecimentos e principalmente conhecerem novos tratamentos para a recuperação de equinos

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Curso sobre coluna vertebral reúne cerca de 90 veterinários do Brasil e do mundo

Reunindo médicos veterinários especializados em equinos do Brasil e do mundo, o Curso ESS – Equine Spine Specialist proporcionou uma imersão completa na saúde da coluna dos equinos aos profissionais que buscam os melhores tratamentos a seus pacientes. Cerca de 90 profissionais estiveram presentes durantes os dias de 26 a 29 de fevereiro para poderem aprimorar seus conhecimentos.

Com foco total e muita atenção, os veterinários participantes do 1º módulo – Coluna Cervical puderam aprender novas técnicas de diagnósticos e tratamento durante os 4 dias de aulas teóricas e práticas realizadas em Sorocaba (SP), onde tiveram oportunidade de dialogar com a Dra. Brunna Fonseca, além de terem o contato com os cavalos, podendo realizar exames e os procedimento aprendidos.

Aulas teóricas ministradas em 2 dias e as aulas práticas em mais 2 dias na Universidade do Cavalo ofereceram a oportunidade dos veterinários de conhecerem melhor a coluna cervical, os principais problemas e as melhores formas de diagnósticos e tratamentos.

“É muito importante a gente sempre juntar a teoria com a prática, então a gente tendo a prática com bastante cavalo, os equipamentos, com o foco em apalpação e diagnóstico, é muito importante para o tratamento ter um sucesso, então nisso o curso está com uma qualidade ímpar”, destacou a médica veterinária Camila Junqueira Populin de Ribeirão Preto (SP), que atua com foco em quiropraxia equina e fisioterapia. A participante ainda destacou, que em sua atuação em reabilitação e tratamentos, compreende que a coluna é base de tudo, principalmente pela cervical onde toda a enervação do corpo passa, e os conhecimentos adquiridos somam a qualidade dos atendimentos e ao sucesso do tratamento realizado.

Estudo constante e os profissionais veterinários

Para os médicos veterinários que atuam em campo em todo o Brasil, um exame clínico e cirurgias são parte da rotina de trabalho, mas a busca por novos conhecimentos e técnicas possibilitam um melhor tratamento aos pacientes e a melhor recuperação possível aos animais. A imersão proposta pelo Curso ESS tem esse objetivo, oferecendo um conhecimento de extrema qualidade, possibilitando uma melhor atuação de todos os profissionais.

Para a organizadora do Curso, a professora Dra. Brunna Fonseca, a união das aulas práticas e teóricas são fundamentais, sedimentando os conhecimentos aprendidos. “A atualização é fundamental, o estudo é para sempre, tem que se atualizar para cada vez ser um profissional melhor. A busca pela excelência, que é o que eu busco na minha Clínica Axial, está dentro de cada um, e a vontade de fazer o melhor possível sempre para seus clientes. Quem faz bem feito, faz sempre”, destacou Brunna.

“Hoje a atualização com os estudos é uma necessidade, você precisa estar sempre atualizado, temos notado a importância da coluna vertebral no cavalo, nos exames de claudicação vários cavalos mancam, e isso é por causa da claudicação na coluna vertebral, e a Dra. Brunna está trazendo isso pra gente de uma forma prática, e as pessoas estão aqui por sentir a necessidade desse conhecimento e não por opção”, destacou o médico-veterinário Hélio Itapema, que participou do Curso ESS.

O próximo módulo do Curso ESS está programado para acontecer de 27 a 30 de maio com foco em Coluna Toracolombar e já está com as inscrições abertas através do Instagram: @equinespinespecialists.

Por Matheus Oliveira/Agência Cavalus
Fotos: Matheus Oliveira/Agência Cavalus

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A importância das Vitaminas do Complexo B para os cavalos

As vitaminas são compostos orgânicos de origens diversas e que desempenham variadas funções no organismo

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A importância das vitaminas do complexo B para os cavalos

A recuperação metabólica e física dos equinos são aspectos fundamentais quando o assunto é bem-estar e desempenho em períodos de atividades intensas, como competições. “Com a rotina vigorosa de treinamentos, o organismo dos cavalos pode não se recuperar de forma eficiente devido a desbalanços entre a quantidade de energia e nutrientes necessários para exercer suas atividades e o que está contido na dieta. Dentre esses nutrientes, algumas vitaminas, como as do complexo B, precisam frequentemente ser administradas de forma suplementar à dieta, já que há maior necessidade pelo organismo. Por isso, é tão importante o uso de complexos vitamínicos”, informa Kauê Ribeiro da Silva, coordenador de comunicação técnica da Vetnil, uma das líderes em medicamentos e suplementos para equinos no Brasil.

Vitaminas

As vitaminas são compostos orgânicos de origens diversas e que desempenham variadas funções no organismo. As do Complexo B, por exemplo, que são hidrossolúveis, possuem diferentes funções e atuam como cofatores de reações importantes na geração de energia e no metabolismo proteico e lipídico. Por isso, são altamente exigidas por equinos atletas.

“Como parte deste, podemos citar a vitamina B3 essencial para o metabolismo das células e participa em processos no DNA celular; a vitamina B5, que opera na formação de coenzima A, importante para o Ciclo de Krebs, processo pelo qual é gerada energia à célula; A B6, que tem papel fundamental no metabolismo proteico e oferece suporte para a formação de proteínas em diversos tecidos e órgãos, como o fígado e a musculatura; além da vitamina B12, que tem papel no crescimento, desenvolvimento e maturação de células de rápida multiplicação, apoiando o metabolismo de lipídios e carboidratos, além de atuar na hematopoiese, sendo ainda mais demandada por animais que possuem alta exigência do sistema cardiorrespiratório, possuindo também função nas células nervosas”, completa o Coordenador de Comunicação Técnica da Vetnil.

Outro nutriente importante, classificado como um macronutriente, é o fósforo, um mineral com participação importante no metabolismo ósseo, contração da musculatura e funções neurológicas, auxiliando também no metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos (por compor parte do ATP, por exemplo). Uma fonte de fósforo orgânico (forma melhor absorvida pelo organismo em relação à forma inorgânica) é a butafosfana, que confere todos os benefícios relacionados ao fósforo.

Ainda, pelo alto esforço físico, é quase intuitivo pensarmos que os cavalos precisam de um alto nível de proteína em suas dietas. Especificamente, precisamos pensar nas subunidades que formam as proteínas, os aminoácidos. Dentre eles, podemos destacar alguns também relacionados ao metabolismo hepático e proteico, como a arginina e a metionina, aminoácidos essenciais.

Vitaminas do Complexo B, juntamente a Butafosfana e os aminoácidos Arginina e Metionina compõem o Bionew®️, produto que passou por reformulação é indicado para tratamentos de quaisquer estados carenciais desses componentes em equinos, sendo especialmente importante para animais em estado de alta necessidade de recuperação metabólica e física, repondo tais componentes de forma rápida.

Para Kauê, estar atento às necessidades dos animais é preveni-los de futuros problemas. “O bem-estar animal deve ser primordial para quem cuida de cavalos, seja o proprietário, o médico veterinário ou o atleta. Optar por ter como parceira uma instituição como a Vetnil é ter a garantia de produtos de alta qualidade que atendem às diferentes necessidades dos animais à campo. Onde tem cavalo, tem Vetnil.”

Sobre a Vetnil

A Vetnil é uma empresa brasileira idealizada pelo médico veterinário Dr. João Carlos Ribeiro, em 1994, na cidade de Louveira (SP). Nasceu com a intenção de desenvolver produtos nacionais de qualidade a preços acessíveis para o mercado de saúde animal. Hoje é uma das líderes em medicamentos e suplementos para equinos no Brasil, com um portfólio sólido e reconhecido entre os profissionais do setor. Está presente em diversos países da América Latina, em especial, Chile, Colômbia e Peru, e em países como Eslovênia, Angola e Emirados Árabes Unidos. Em 2020 recebeu o prêmio Melhores Empresas para Trabalhar GPTW Brasil no ranking Indústria.

Por Divulgação/Assessoria de imprensa
Fotos: Divulgação/Vetnil

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Anestesia inalatória proporciona segurança durante procedimentos cirúrgicos em equinos

Neste artigo, a M.V Monique Hoffmann fala sobre a eficácia da técnica e os benefícios da sua aplicação em equinos

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Anestesia inalatória proporciona segurança durante procedimentos cirúrgicos em equinos

No âmbito da medicina veterinária, a anestesia inalatória destaca-se como uma técnica fundamental, desempenhando papel crucial em procedimentos cirúrgicos. Neste artigo, analisamos não somente a eficácia da técnica, mas também os benefícios da sua aplicação em equinos.

Anestesia inalatória

A administração de agentes anestésicos inalatórios redefine a experiência do paciente. O Isoflurano é administrado por meio da sonda endotraqueal e é rapidamente distribuído pela corrente sanguínea para outros tecidos, incluindo o cérebro, assim o ativo desencadeia o efeito desejado.

A anestesia inalatória oferece segurança tanto para o animal quanto para o médico veterinário, isso ocorre devido a rápida absorção, distribuição e eliminação do Isoflurano, com baixíssima taxa de metabolização hepática (cerca de 0,2% de taxa de metabolização), de forma que é excretado praticamente inalterado pelos pulmões, permitindo com que seja utilizado em grupos especiais como: animais jovens, idosos, com quadros de disfunção hepática, renal ou cardíaca, tendo em vista que a maior parte dos fármacos de indução anestésica injetáveis dependem do metabolismo hepático e eliminação renal, sendo uma grande desvantagem para animais que se enquadram nos grupos especiais citados anteriormente. Além disso, essas características permitem a segurança para o veterinário devido a facilidade na manutenção da profundidade anestésica e na recuperação ágil.

O anestésico inalatório não é utilizado de forma isolada, sendo necessário um protocolo anestésico adequado, com demais produtos que ofereçam, juntos, a inconsciência, relaxamento muscular e analgesia adequadas para o procedimento em questão. O Isoflurano isoladamente não possui propriedade analgésica. É importante reforçar que o protocolo anestésico deve ser sempre definido caso a caso. A escolha do agente anestésico é crucial para a redução dos riscos de complicações no paciente, tornando-se um elemento fundamental para a segurança do procedimento. Diferentes agentes apresentam características distintas e a seleção depende do tipo de procedimento, duração desejada da anestesia e condições de saúde específicas do animal.

Após o procedimento, é essencial assegurar a recuperação do animal em relação à anestesia. Este cuidado contínuo promove a transição suave do estado anestesiado para a plena recuperação pós procedimento. A utilização de anestésico inalatório permite recuperação mais rápida e calma em relação aos anestésicos injetáveis.

Portanto, precauções individuais devem ser meticulosamente observadas. A consulta ao veterinário especializado e a adesão às melhores práticas de anestesia tornam-se fundamentais para a segurança e o bem-estar dos animais durante esses procedimentos, proporcionando uma abordagem personalizada e cuidadosa em cada situação.

Artigo escrito por Monique Hoffmann, médica veterinária e coordenadora da linha de produtos de grandes animais da Syntec do Brasil e Julia Bogik, auxiliar de marketing da linha de produtos de grandes animais da Syntec do Brasil
Foto: Reprodução/Freepik

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