Tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o Projeto de Lei (PL) 3.257/21, de autoria do Deputado Estadual, Betinho Pinto Coelho (SD), que trata sobre a ampliação do prazo de validade do atestado de exame oficial negativo de Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo, de 60 para 180 dias.
Se aprovada, a PL altera a Lei 16.938, de 2007, que institui a Política Estadual de Controle e Erradicação da Anemia Infecciosa Equina.
Para o deputado a proposta traz muitas vantagens ao setor de equideocultura, pois reduz a burocracia no transito de equinos. “Ao mesmo tempo, diminui custos operacionais importantes, desonerando pequenos, médios e grandes criadores/expositores, atendendo a uma demanda antiga que nos foi solicitada”, enfatizou.”
O criador da raça bretão Aluísio Marsalli, possui um criatório na pequena cidade de Bocaina de Minas, e comemorou a iniciativa. “Eu acho uma ótima iniciativa. Aqui na minha cidade não tem veterinário que se dedique à equinos e não há escritórios do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). Não existe laboratório no município e nem próximo a ele. Cada vez que preciso tirar uma GTA (Guia de Trânsito Animal) é uma tremenda mão de obra”, enfatiza Marsalli.
Para o médico veterinário Helio Itapema, a proposta, se aprovada, é extremamente arriscada e pode trazer muito perigo, pois os cavalos, principalmente os de competições, transitam muito entre as cidades e Estados e, eventualmente, um cavalo que tenha entrado em contato com um animal contaminado continuará transitando por seis meses, podendo levar a doença durante seu trajeto.
“Eu particularmente tenho bastante medo, receio. A partir do momento que um animal sai de uma propriedade e entra em contato com um cavalo doente ele pode estar transmitindo a doença, e se você pensar que ele vai estar em contato com outros cavalos por seis meses, é muito arriscado. Imagine um cavalo de esporte, a quantidade de lugares que ele vai, e a quantidade de cavalos que ele tem contato, por estes seis meses. É muito perigoso”, alerta.
A Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou o parecer de 1° turno pela aprovação do Projeto e ele agora vai para votação no plenário.
Por: Camila Pedroso
Fotos: Pixabay
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