Congruência com os nossos dons

Marcelo Pardini, em sua coluna da semana, explica como fazer o uso inteligente da falha, tornando o erro uma oportunidade de aprendizado

Ter sabedoria não quer dizer perfeição, mas o uso inteligente da falha, visando a tornar o erro uma oportunidade de aprendizado

“Desenvolver congruência é uma das grandes chaves para o poder pessoal. Quando estou comunicando, sou enfático em minhas palavras, voz, respiração, fisiologia. Quando meu corpo e minhas palavras combinam, estou fornecendo sinais claros para o meu cérebro que é isso que quero produzir”, relata o especialista em Programação Neurolinguística, Anthony Robbins, em seu livro “Poder sem limites” (Ed. Best Selller/2019). “Algumas vezes as pessoas ficam tão obcecadas com o que querem que não apreciam ou usam o que já têm. O primeiro passo em direção à meta é agradecer. Todos temos meios de melhorar nossas vidas a qualquer momento”.

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Então, qual a chave para estabelecer a harmonia? Flexibilidade. “Como um mestre de Aikidô, um bom comunicador, ao invés de se opor aos pontos de vista de alguém, é flexível e tem recursos suficientes para sentir a criação da resistência, encontrar pontos de concordância, alinhar-se com eles e então redirecionar a comunicação da maneira que quiser”, afirma o famoso escritor.

Alimentar a coesão com os nossos princípios e valores, estar em consonância com aquilo em que acreditamos, deixa-nos em paz. “Todo sistema complexo, seja um instrumento de fábrica, um computador ou um ser humano, tem de ser congruente. Suas partes têm de trabalhar juntas; cada ação deve apoiar uma outra ação, se é para trabalhar em alto nível”, escreve Robbins. A vivência prática evidencia que não há sucesso sem rejeição. Quanto mais “não” recebemos, mais “cascudos” nós ficamos e isso nos prepara para os “sim” vindouros. Quando controlamos a rejeição, conseguimos alcançar os nossos objetivos com maior facilidade e leveza.

Anthony Robbins ressalta a importância de superarmos a nós mesmos. “Sempre haverá alguém que tem mais do que você. E alguém que tem menos. Nada disso importa. Você precisa julgar-se pelas suas metas e nada mais”.

Como a vida é um constante aprender, encerro esta coluna com uma frase marcante do poeta e bibliotecário, Archibald MacLeish, ligado ao Movimento Modernista norte-americano, falecido em 1982: “Só existe algo mais doloroso do que aprender com a experiência: é não aprender nada com ela”.

Ter sabedoria não quer dizer perfeição, mas o uso inteligente da falha, visando a tornar o erro uma oportunidade de aprendizado. O “fracasso” não deve trazer sentimentos de mágoa, dor e angústia, mas, após o normal baque, ele deve ser interpretado como uma chance de recomeço, de volta por cima, de ponto de inflexão. O ontem já se foi e o futuro pode não chegar… O tempo que temos é o hoje, então, vamos valorizá-lo, vamos celebrá-lo! Congruência com os nossos dons. Para cada riso, cada lembrança, cada memória, a gratidão pela vida!

Marcelo Pardini é narrador, poeta, jornalista, pós-graduado em Marketing e leiloeiro rural. Titular da marca Agro MP – A voz do Agronegócio.

E-mail: contato@agromp.com.br / Instagram: @marcelopardinioficial

Crédito da imagem: Arquivo Pessoal

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