O ECCO FEI – World Championships está movimentando os atletas do hipismo no mundo. Não é para menos, pois a prova é um passaporte para as Olimpíadas de Paris 2024 para os países que se classificarem entre os seis primeiros colocados.
A prova, realizada na Dinamarca, na arena Herning, é o palco das modalidades hípicas até o próximo dia 14 e chega para substituir os Jogos Equestres Mundiais (WEG, na sigla em inglês) que entre 1990 e 2018 foram realizados a cada quatro anos, reunindo a elite das oito modalidades regidas pela Federação Equestre Internacional (FEI) em um único local.
A complexidade da infraestrutura de um evento desse porte levou a FEI a retomar o nome e modelo do ECCO FEI – World Championships, instituído em 1953, evento que inspirou o WEG, com a volta da realização dos Mundiais em diferentes palcos e países.
Em Herning, o Brasil é representado por equipe nas modalidades Salto, Adestramento Paraequestre e Volteio, e com representantes no individual no Adestramento (Dressage).
Conheça time Brasil de cada modalidade no Mundial de Hipismo
O Salto é a única modalidade que o país já conquistou uma medalha no WEG, outo no individual para o conjunto Rodrigo Pessoa e Gandini Lianos, nos jogos realizados em Rooma, no ano de 1998.
O time verde e amarelo conta com atletas olímpicos, medalhistas e campeões panamericanos: Marlon Zanotelli montando Like a Diamond van het Schaeck, Bernardo Alves com Mosito van het Hellehof, Yuri Mansur montando QH Afons Santo Antoni e Felipe Amaral com Androide 3K. O técnico é o suíço Phillipe Guerdat e o chefe de equipe Pedro Paulo Lacerda.
João Victor Marcari Oliva montando Escorial Horsecampline e Nuno Chaves de Almeida com Feel Good V serão os representante do Brasil no Adestramento (Dressage).
Até a semana passada, o Brasil estava inscrito para participar como equipe, mas devido à problemas de saúde, o cavalo Famous do Vouga, montaria de Pedro Tavares de Almeida, não conseguiu embarcar da Alemanha para a Dinamarca. O alemão Norbert
A modalidade de Volteio, esporte que exige muita técnica e equilíbrio na execução das acrobacias realizadas no lombo do cavalo, terá Nicolas Martinez Valencia, Clara Zerwes Tremblay, Giovanna da Matta Ghidetti Pimentel, Giovanna Teixeira Ricardo, Manuela Santos Garcia, Carolina Plihal Ferreira, Flávia da Rocha Brito, Hélène Natalle Lejeune, Edoardo Crivelli Visconti e Sophie Marie Cambrai Martin. A técnica é a alemã Agnes Werhahn, colecionadora de títulos mundiais, e a chefe de equipe é Maria Luiza Giugni, ex-atleta com participação em Mundiais.
No Adestramento Paraequestre, Rodolpho Riskalla montando Don Henrico (Grau IV) e Sérgio Oliva com Millenium (Grau I) – duas duplas medalhistas paraolímpicas -, e os estreantes Thiago Fonseca dos Santos com Johnny Walker Plus (Grau V) e Flamarion Pereira da Silva montando Francis (Grau II) são os representantes do Time Brasil no Adestramento Paraequestre.
Andrea Kober é a técnica da equipe, Rosana Ayrosa como chefe de equipe e Luana Kim como médica fisiatria multidisciplina.
Com duas pratas no último Mundial, em Tryon, Estados Unidos, em 2018, e prata na prova técnica na Paralimpíadas de Tóquio 2021, Rodolpho Riskalla compete pela última vez com Don Henrico em Herning, com expectativa de somar mais um pódio na carreira da dupla.
Primeiros resultados promissores no mundial de Hipismo
E o time brasileiro começou muito bem no mundial. João Victor Marcari Oliva conquistou um feito inédito para o país: ficou na 26ª posição entre 93 competidores de 34 países, avançando para a segunda fase da competição. A segunda etapa ocorre hoje (08) com os 30 melhores conjuntos. A prova é válida para a classificação para a disputa do pódio individual com participação de 15 duplas finalistas.
“Estou muito feliz, foi uma boa prova, meu cavalo estava escutando bem as ajudas e concentrado. Fiquei feliz com o resultado e a nossa apresentação. Desde Tóquio tivemos tempo de fazer alguns ajustes e temos melhorado os resultados com muito trabalho. O Escorial vem correspondendo a este trabalho e conto com a ajuda de uma boa equipe”, comemorou o atleta.
“É a primeira vez que temos um brasileiro no segundo dia de competição individual. O João fez uma prova excelente, chamou a atenção de todos e merecidamente recebeu essa classificação inédita. Está de parabéns!”, comemorou Sérgio de Fiori, diretor de Adestramento da Confederação brasileira de Hipismo (CBH).
O GP também definiu o pódio por equipes neste domingo com participação de times de 19 países. Para efeito de classificação foram consideradas as três melhores notas de cada país, e quem conquistou o ouro foi a Dinamarca com 235,451%, a prata ficou com a Grã Bretanha (234,223%) e o bronze com a maior detentora de títulos mundiais e olímpicos, a Alemanha (230,791%).
Acompanhe todas as provas ao vivo do ECCO FEI – World Championships no site https://www.canalolimpicodobrasil.com.br/.
Por Assessoria de Imprensa CBH
Fotos: Luis Ruas
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