O ECCO FEI – World Championships, prova que substitui os Jogos Equestres Mundiais (WEG) está movimentando o universo do Hipismo nessa semana. A prova, que ocorre na Dinamarca, na arena Herning até domingo (14), está sendo histórica para o time Brasil.
Já na segunda-feira (8), depois de se classificar na 26ª posição para a segunda fase do primeiro Grand Prix Special, (feito inédito para um atleta do país), o cavaleiro João Victor Marcari Oliva montando o lusitano Escorial Horsecampline, atingiu a média final de 73,313%, mais um recorde de aproveitamento conquistado em dois dias.
“Estou muito feliz. Meu cavalo está mostrando o melhor dele e eu também estou dando meu máximo. Trabalhamos para isso e agora estamos colhendo o fruto do nosso trabalho”, comemorou o atleta.
O GP Special contou com a participação dos 30 melhores conjuntos do Grand Prix, quando 93 duplas de 34 países competiram dias 6 e 7. Valendo medalha e vaga para a final individual para os 15 melhores resultados, o GP Special foi representado por amazonas e cavaleiros de 14 países.
João Victor foi o único atleta da América Latina e finalizou a prova no 21º lugar. “Não fomos para a final, mas estamos indo embora com muita alegria porque viemos e cumprimos nosso objetivo. Estou muito feliz com o meu cavalo, minha equipe e o resultado.
Adestramento Paraequestre no Mundial
E no Adestramento Paraequestre deu Brasil no pódio na quarta-feira (10). Rodolpho Riskalla montando Don Henrico conquistou a medalha de bronze na prova técnica.
O cavaleiro de 37 anos fez uma apresentação muito elogiada, no BB Horse Arena terminando sua performance com a nota média geral de 74,925%.
“Estamos super felizes, estava difícil, pois tinha bastante cavalo bom e eram 20 conjuntos, com diversos concorrentes novos. Estou muito contente, pois é o último concurso do meu cavalo que agora está com 19 anos e fez tanto por mim. Já vamos sair daqui com uma medalha e agora é ficar entre os 8 na prova por equipe do meu grau (IV) para classificar para o Freestyle se der tudo certo”, destacou Riskalla.
E as conquistas do cavaleiro não pararam por aí. Nesta sexta-feira (12), ele conquistou sua vaga para o Freestyle, valendo medalha individual, na grande final no domingo (14). O cavaleiro e Don Henrico registraram com 75,195% de aproveitamento na prova por equipes (Grau IV), conquistando o quarto posto entre os oito finalistas, competindo com 18 conjuntos.
A disputa será a última competição do craque Don Henrico, hannoverano de 19 anos, de propriedade da ex-amazona olímpica alemã Liselotte Lisenhof, que agora vai gozar de merecida aposentadoria.
Resultados no Salto do ECCO FEI – World Championships
Já na quinta-feira (10) foi a vez da modalidade de Salto realizar a sua estreia no Campeonato Mundial, no Estádio Stutteri Ask, em Herning, na Dinamarca.
Três conjuntos nacionais fizeram percurso limpo na prova de caça, a 1.55m (em que a cada falta são acrescidos quatro segundos ao tempo final), na seguinte ordem de largada: Marlon Zanotelli com Like a Diamond van Het Schaeck, em 84s27; Yuri Mansur e QH Alfons Santo Antonio, 86s38; e Pedro Veniss montando Nimrod de Muze Z, 85s15, computando respectivamente, 2,60, 3,04 e 3,66 pontos.
Todos ficaram a menos de uma falta do vencedor Julien Epalilard com Carcacole de Roque, 75s08, integrante da equipe da França, vice-líder.
Já Bernardo Alves com Mosito van Hellehof, primeiro em pista, teve um problema no número seis do percurso de 14 obstáculos, idealizado pelos holandeses Louis Konickx e Quintin Maertens, quando seu ainda jovem cavalo (10 anos) estranhou um muro branco e o cavaleiro desistiu, tendo seu resultado descartado para efeito de contagem da equipe.
O saldo do Brasil é o muito positivo, ocupa o sétimo lugar, com 9,29 pontos, a menos de uma falta da França, vice-líder, e a 5,6 pontos do time líder Suécia, 3,69. Dos 22 países, 12 computam menos de 12 pontos (equivalente a três faltas) na competição.
Vaga carimbada na decisão por equipes
Na quinta-feira, (11) a equipe do Brasil carimbou sua passagem para a final, depois de uma classificação em 10º lugar. A Suécia, atual campeã olímpica, lidera com menos de uma falta (equivalente a 4 pontos).
Dez das vinte e duas nações avançaram para a final por equipes. Ao mesmo tempo, os 60 melhores conjuntos também avançaram para final por equipes, também válida como terceira qualificativa individual.
Garantiram o passaporte para a decisão por equipes: Suécia, 3,69 pontos, França, 5,44, Alemanha, 11,76, Holanda, 13,31, Bélgica, 13,49, Grã-Bretanha, 14,66, Suíça, 14,83, Canadá, 15,56, Irlanda, 17,15 e Brasil, 17,29. Vale destacar que o Brasil está a menos de uma falta da Bélgica, quinta colocada.
As cinco primeiras equipes no mundial garantem vaga para Paris 2024 e a França, por ser país sede, independente do resultado, já tem vaga garantida. Assim, se o Brasil chegar em até sexto lugar também estará habilitado aos Jogos Olímpicos, independentemente do resultado do Pan 2023 no Chile, onde os três melhores países também irão se garantir nos Jogos de Paris.
Já a final individual, a 1.65m, dois percursos, acontece no domingo (14), a partir da 9h (fuso brasileiro). Entram na primeira volta os 25 melhores. Todas as disputas do ECCO FEI – World Championships serão transmitidas ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil.
Por Camila Pedroso • Redação Cavalus
Fonte: CBH
Fotos: Luis Ruas
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