Quando, há mais de 30 anos, Doris Ravage decidiu seguir sozinha após a dissolução de seu casamento, ela tinha em mãos apenas um barracão, algumas ferramentas e a mis- são de sustentar quatro filhos adolescentes. A necessidade virou combustível para sua criatividade: com o ferramental disponível, começou a fabricar fivelas e botões com acabamentos diferenciados, que logo conquistaram confecções e atacadistas.
O caminho, porém, estava longe de ser fácil. A entrada de produtos importados – mais baratos, mas de qualidade inferior quase paralisou a produção. Doris, no entanto, não se intimidou. Movida pelo desejo de garantir o futuro dos filhos: Rogério Francisco Alexandre, Liliane Alexandre, Renato Francisco Alexandre, Luciane Alexandre e de seus funcionários, decidiu ousar: investiu na fundição e passou a criar fivelas country, um merca- do que, na época, carecia de produtos nacionais de excelência.
Sumetal
A inovação não veio apenas do domínio da técnica. Doris apostou no design exclusivo e no atendimento personalizado, elementos que passaram a distinguir a Sumetal no cenário equestre. Doris relembra a história de um cliente, Sr. João do Rancho Silverado, que em 1992 a procurou por ter sido campeão do Congresso Brasileiro ABQM, e ele queria uma fivela e na época não tinha essa premiação. Então sua filha, Liliane Alexandre, que na época ainda tinha pouco conhecimento de designer sobre fivelas, criou uma fivela exclusiva para ele, com apenas doze aulas especiais, onde ela muito se dedicou e iniciou os designers diferenciados.
Quando, em 2003, apresentou as primeiras fivelas oficiais para premiações da Associação Brasileira de Quarto de Milha (ABQM), abriu um novo capítulo para a marca – e para o próprio universo das competições no país. Além da ABQM, outras grandes associações se tornaram clientes e também os rodeios como Barretos, o Campeonato da ANTT, Colorado, campeonato importantes como ANLI, APCQM, NBQM, Grand Prix Haras Raphaela, assim como projetos como Circuito Sertanejo, entre tantas outras que fazem parte da história da empresa e do esporte no Brasil.
Com o tempo, as fivelas da Sumetal deixaram de ser apenas troféus: tornaram-se símbolos de conquistas, peças de coleção e objetos que eternizam histórias. Cada detalhe, do desenho à embalagem, reflete o cuidado e o compromisso que Doris imprimiu desde o início. “Nosso propósito sempre foi criar, inovar e realizar sonhos”, resume a fundadora.
Hoje, a Sumetal atende clientes em todo o Brasil, além de Argentina, Panamá e Paraguai, desenvolvendo produtos sob medida para eventos, criadores e competidores. A equipe, formada por colaboradores que cresceram junto com a empresa, compartilha a mesma filosofia: qualidade impecável, entrega no prazo e respeito às realizações que cada peça celebra. Ao longo dos anos a empresa se tornou sustentável, tendo o selo de Multiplus Ambiental, tendo um tratamento diferenciado na água utilizada para a fabricação das fivelas na fundição do metal.
Todo o trabalho da empresa junto também a comunidade resultou em reconhecimento pela Ciesp de Presidente Prudente, o título de Industrial Símbolo 2018, além de em 1995 um troféu de melhor empresa pela qualidade dos serviços prestados. Rumo ao meio século de atuação, Doris segue firme no propósito que a guiou desde aquele barracão em Pirapozinho: transformar metal em arte e materializar conquistas. Mais do que um negócio, a Sumetal é um legado construído com perseverança, sensibilidade e a paixão por valorizar cada história que merece ser eternizada em uma fivela.
Essa trajetória de sucesso já vem há alguns anos sendo compartilhada com as ideias e administração dela junto ao filho, Rogério Francisco Alexandre, que trouxe inovação e um novo olhar para o futuro, usando a tecnologia a seu favor.
Por: Redação/Revista Tambor & Baliza
Imagens: Arquivo/Sumetal
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