Um dos melhores laçadores do mundo, o brasileiro segue a temporada de provas e rodeios nos Estados Unidos
O ano de 2019 começa a esquentar para os competidores de rodeio de todo o mundo. Nos Estados Unidos, o brasileiro Junior Nogueira segue o difícil e disputado circuito da Professional Rodeo Cowboy Association. São 75 rodeios por ano só para pontuar, mas as etapas pipocam em mais de 20 a cada final de semana quando a temporada aperta.
É inverno por lá e neve e frio são questões a serem enfrentadas. Grandes rodeios como San Angelo, San Antonio, Denver, Fort Worth e o The American acontecem nessa época. Uma forma de ficar afinado é participar de provas particulares também. É o que faz Juninho. No final de janeiro ele esteve no Wildfire Roping, em Hamilton, Texas.
Para quem não lembra, Clay Smith é o cabeceiro campeão mundial pela PRCA em 2018, que junto com Paul Eaves no pé, ficou com o título almejado por Juninho e seu parceiro Kaleb Driggers. Rivalidade dentro da pista somente. É o que mostrou a vitória da dupla Smith e Juninho na categoria Gunslinger Open. Os dois somaram 29s33 em cinco rounds, embolsando US$ 5 mil cada.
Nessa mesma prova, Smith tinha vencido apenas 12h antes com seu parceiro habitual. Ao lado de Eaves, cada um ganhou US$ 15 mil pela vitória na categoria Open to the World. Depois de ficar com o título máximo da temporada, Smith vem tendo uma boa maré, indo bem em provas como Western Horseman Timed Event Challenge, em Fort Worth, o National Western, em Denver, e o Texas Circuit Finals, em Waco.
“Eu acho que é a maturidade”, disse Smith sobre seu sucesso sem precedentes. “Me sinto mais satisfeito no geral do que jamais senti antes na carreira. Ganhar provas é importante, claro, preciso do dinheiro. Mas fico muito feliz em volta para casa, para minha família, minha esposa e filho. Ouvi pessoas dizendo isso por anos e agora percebo como é importante. Estou apenas fazendo meu trabalho e sou abençoado com uma grande família, ótimo cavalos e parceiros incríveis”.
As grandes vitórias de Smith nos últimos tempos têm sido com seu cavalo Marty, de 12 anos de idade. Mas ele tem montado também Ransom e Suntan, esse último fez conjunto com ele no short-go da categoria que ganhou ao lado de Juninho. “Ainda tenho que ganhar confiança em Suntan, mas ele se mostrou excelente”.
Juninho também trocou de cavalo para o short-go. Montou Timon, um buckskin castrado que ele comprou de Kenny Brown. “É um grande cavalo. Está com oito anos agora, mas ainda precisa ser treinado, lapidado. Está no caminho, mas ainda temos trabalho. Treinei muito com ele quando me preparava para a NFR e Kaleb também o monta para ajudar a torna-lo mais consistente”.
E sobre essa parceria com Smith? “Ele é incrível, um ótimo laçador. Também é muito bom com os cavalos. Foi uma boa experiência laçarmos juntos”, finalizou Juninho.
Por Chelsea Shaffer/Team Roping Journal
Tradução e adaptação: Luciana Omena
