A jovem de 15 anos acabou de voltar da Itália, onde representou o Brasil em uma inédita competição que envolveu 19 países
A gaúcha Maria Luiza Michelin Fagundes dedica seu tempo entre o colégio – está no 9° ano – e os treinos na propriedade da família, o CT Haras Virgínia. Nascida em Caxias do Sul, ela mora em Portão/RS, cidade em que o rancho está sediado. Com My Gunner Tinseltown, foi campeã Derby de Rédeas ANCR 2019, seu título mais recente na categoria Jovem. E com o mesmo cavalo foi top 5 nesse mesmo evento, só que na Amador.
Pensando em trilhar seu caminho na modalidade, a jovem amazona também tem vontade de fazer faculdade de Direito. Com apoio incondicional dos pais, José Fernando Fagundes e Fabíola Michelin Fagundes, e do irmão, Luiz Fernando Fagundes, ela busca se aperfeiçoar ouvindo os conselhos do seu treinador e vendo horas incontáveis de provas de outros competidores.
Com Panda Gunner RLT ela despontou nos pódios e agora conta sua história para nós! Confira!
Como tudo começou?
Luiza: Ando a cavalo desde que me conheço por gente. Desde muito novinha tive contato com os cavalos. Com meus quatro anos, comecei a andar sozinha, na minha primeira égua, a Cigana, uma mangalarga marchador que ganhei de presente da minha avó. Comecei na Rédeas aos sete anos, treinando com o Rodrigo Nieves.
Lembra da primeira prova?
Luiza: Sim, no Centro Querência, em Porto Alegre/RS. Acredito que tenha sido em 2012. A égua que eu montei se chama KC Mia Lil Wimpy, que compramos do Haras Sacramento.
Já praticou ou pratica outras modalidades?
Luiza: Sim, Laço Comprido! Mas só em casa, de brincadeira (risos).
Como procura melhorar sua técnica de apresentar?
Luiza: Eu tenho o costume de assistir muuuuita prova. E também tento seguir todos os ensinamentos do meu treinador, Marcelo Almeida.
Tem algum ídolo na Rédeas?
Luiza: Nacionalmente: Marcelo Almeida, Kiki Benevides e Joana Azevedo. Apresentam muuuito bem. E com todos os títulos que já conquistaram, se mantém sempre humildes. Internacionalmente tenho vários, mas acho legal ressaltar o Casey Deary, o Andrea Fappani e o Jason Vanlandingham. Eles têm um jeito incrível de entrar em pista e passar confiança a quem está assistindo. Algo como ‘deixa pra mim, eu sei o que estou fazendo!’. A Ann Fonk e a Cira Baeck são as legítimas ‘girls powers’, acho muito importante a presença feminina nas provas!
Como é o seu dia a dia hoje?
Luiza: Estudo das 7h15 às 12h40. Às vezes tenho aula durante a tarde. Depois dos meus compromissos escolares, entre outros, vou montar!
Tem algum título que considera mais importante?
Luiza: Todos os meus títulos são importantes, pois me ensinaram alguma coisa e me fizeram crescer.
E qual é aquele que você deseja muito conquista?
Luiza: Potro do Futuro
Nesse tempo que compete, consegue eleger alguma prova que mais te marcou?
Luiza: O Global Youth Reining Cup, na Itália. Porque tive apenas um dia de treino com o cavalo e entrar em pista representando o meu país não foi naaada fácil. O maior aprendizado da minha vida, tive que confiar em mim e sair de cabeça erguida independente de resultados.
Qual cavalo mais te marcou?
Luiza: Panda Gunner RLT
Todo esse sucesso até agora, você dedica a quem?
Luiza: À minha família, que faz o possível e o impossível para me ver fazendo o que eu gosto. E à toda a equipe Marcelo Almeida Rédeas, que não mede esforços para me ver erguendo o troféu.
Para finalizar, o que a Rédeas e o cavalo representam na sua vida?
Luiza: Impossível expressar tudo o que eu sinto em palavras. Minha paixão, meu hobby! O lugar que eu me sinto feliz e realizada. Toda a vez que coloco o pé no estribo, sinto um friozinho bom na barriga e a sensação de que estou fazendo uma coisa que amo!
Por Luciana Omena