Bom nível técnico marca última seletiva do Adestramento rumo ao Pan

A quarta e última seletiva para formação do Time Brasil de Adestramento aconteceu dias 22 e 23 de junho na Sociedade Hípica Paulista

Em clima de expectativa, a elite do Adestramento brasileiro voltou a se encontrar no Concurso de Adestramento Internacional – CDI Laffranchi e Haras Crystel. Os resultados permitiram que a Confederação Brasileira de Hipismo convocasse os cinco conjuntos (cavalo/cavaleiro) do Time Brasil para os Jogos Pan-americanos.

A competição intercontinental está marcada para Lima, no Peru, entre 27 de julho e 11 de agosto. Integraram o juri nessa última seletiva Francisco Guerra, juiz 5* da Espanha, a brasileira Claudia Mesquita e Sandra Smith de Oliveira Martins da Argentina, juízas 4*, o chileno Max Piraino Lyon e o argentino Cesar Lopardo, ambos juízes nível 3*.

Adestramento de cavalos
Mauro Pereira Junior com Don Enrico AMM: vencedor Intermediate I

Dos 11 conjuntos em pista nesse derradeiro desafio, seis já contabilizavam os índices técnicos definidos pela CBH. No Small Tour, as duas provas – Prix St. George e Intermediária I – foram válidas para registro do índice desejável de 69%. Dessa vez, apenas o cavaleiro pan-americano Mauro Pereira Junior montando Don Enrico AMM atingiu a meta ao alcançar 69,853% na Intermediate I.

A prova aconteceu dia 23 de junho e ele sagrou-se vencedor. O conjunto também foi vice no dia anterior no Prix St. George, vencida pelo olímpico e medalhista pan-americano João Victor Marcari Oliva montando Biso nas Lezírias, 68,676%.

No Big Tour, série em que o índice técnico estabelecido pela CBH é 68% no Grand Prix, o cavaleiro olímpico e medalhista pan-americano Leandro Aparecido da Silva que montando Dicaprio registrou seu primeiro índice rumo ao Pan com a nota média final de 68,659%.

Adestramento de cavalos
João Victor Oliva com Biso das Lezírias: vencedor da St Georges

O conjunto voltou a vencer no Grand Prix Special, 68,227%, no domingo, 23, disputa Nacional não válida como qualificativa. Nas duas provas o vice foi o cavaleiro olímpico Pedro Tavares de Almeida com Aoleo, com 67,138%, no Grand Prix, e 66,773% no GP Special.

Equilíbrio entre os conjuntos, em especial do Small Tour, marcou as seletivas ao Pan. “Desde minha última vindo ao país durante as seletivas para a Rio 2016, observei uma boa evolução técnica dos cavaleiros e amazonas”, destacou o juiz Francisco Guerra.

“Acredito que o Brasil tem boas chances de medalhas no Pan. Mas não pode se acomodar, têm que buscar uma melhoria constante para enfrentar adversários fortes. Especialmente, o Canadá e o México, que também vão em busca de medalha e vaga para os Jogos de Tóquio 2020”, ponderou o experiente juiz.

Adestramento de cavalos
Leandro Silva com DiCaprio: vencedor do Grand Prix

Para Sandra Smith de Oliveira Martins, diretora de Adestramento da CBH, depois das quatro seletivas, considerando-se as médias obtidas, o resultado é muito bom. “Acredito que vamos ter um time forte disputando medalha no Pan. Os eventos possibilitaram que cada cavaleiro criasse sua própria estratégia de participar de duas ou mais seletivas”, observou.

Ela ainda comenta que o objetivo de agora até o embarque, dia 22 de julho, é o momento de fazer os últimos acertos técnicos, veterinários e estratégicos. “O trabalho será feito individualmente, e para não causar estresse, se decidiu que cada animal será mantido nos haras ou hípicas onde estão acostumados”.

Briga pelo pódio no Pan vale vaga olímpica

No Adestramento, os dois primeiros colocados no pódio das equipes garantam vaga de seus países para Jogos Olímpicos Toquio 2020. Como os Estados Unidos já estão habilitados, por conta da medalha de prata nos Jogos Equestres Mundiais 2018, caso eles fiquem em primeiro ou segundo, abre vaga para o terceiro lugar.

A equipe será formada por quatro conjuntos principais e um reserva. Deve ter no mínimo um conjunto de nível Big Tour (Grand Prix) e os outros três podem ser conjuntos nível Small Tour (St Georges e Intermediate I). O Adestramento é a primeira modalidade do Hipismo no Pan e acontece entre 28 e 31 de julho.

Adestramento de cavalos
Salto: Time Brasil e chefe de equipe Pedro Lacerda no alto do pódio. Foto: CBH/Divulgação

Salto

Às vésperas da convocação para os Jogos Pan-americanos 2019, o Time Brasil de Salto garantiu ouro na Copa das Nações FEI Longines no CSIO5* de Geesteren, na Holanda. Defenderam as cores do Brasil por ordem de entrada nos dois percursos, a 1.60m, Marlon Zanotelli / Sirene de la Motte (4/0), Felipe Amaral / Germanico T (0/0), único duplo zero, Pedro Muylaert / C´est Dorijke (8/4), Pedro Veniss / Quabri de L Isle -(0/não saltou).

A equipe brasileira fechou a competição com apenas oito pontos perdidos. Com o resultado dos dois primeiros brasileiros e das outras equipes, Pedro Muylaert sabia que podia até cometer uma falta para garantir a vitória. Dito e feito e o cavaleiro olímpico Pedro Veniss com seu Quabri nem precisou saltar o segundo percurso.

Holanda ficou com a prata e Espanha com o bronze. Foi a última competição antes da convocação do time para o Pan. No Salto, as três primeiras equipes carimbam passaporte de seus países para Toquio. Aqui também temos os Estados Unidos classificados, abrindo vaga ao quarto colocado.

O Brasil vai defender o hexacampeonato por equipes no Pan, uma vez que foi campeão no Canadá 1967, Cuba 1991, Argentina 1995, Canadá 1999 e Rio de Janeiro 2007.

Colaboração: Assessoria de Imprensa
Fotos: Maria Clara Pessina

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