Prova máxima da raça Crioula, o evento acontece de 22 a 25 de agosto
Os julgamentos morfológicos ajudam na seleção e evolução genética de qualquer raça. A partir de 1977, a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Crioulo, com a 1ª Exposição Funcional de Jaguarão, introduziu além da Morfologia as Provas Funcionais nos eventos. Criadores da época perceberam que a evolução da raça precisaria ir além dos julgamentos e passaram a avaliar os exemplares também pela funcionalidade.
A ABCCC segue para a 38ª edição da prova que se tornou a mais importante do Crioulo, o Freio de Ouro. Marcada para 22 a 25 de agosto, no Parque Assis Brasil, em Esteio/RS, abrirá, como já é tradição, a programação da Expointer, umas das maiores feiras agro da América Latina. Após cinco meses de credenciadores e classificatórias, e sete semifinais, entre as quais duas ocorreram fora do Brasil, 96 finalistas (48 fêmeas e 48 machos) se habilitaram à disputa pelo pódio.
O Freio de Ouro é uma avaliação rigorosa e integral do cavalo da raça Crioula e todos os que fazem parte buscam um lugar para mostrar seus cavalos e, quem sabe, levar os títulos Ouro, Prata e Bronze. Na Morfologia, são valorizadas características como o equilíbrio estrutural, a frente leve, a firmeza da linha superior e um bom relevo muscular. Todo o conjunto tem de estar bem sustentado sobre bons aprumos e a pontuação dada por três juízes vai de zero a dez.
O primeiro dia, no caso a quinta-feira dia 22, fica reservado para essa fase. Nos demais três dias de evento, de 23 a 25, as Provas Funcionais entrarão em cena. Nessa etapa, são testadas a doma, a resistência, a docilidade, a aptidão e a coragem que formam o perfil funcional do cavalo Crioulo. A raça saiu das estâncias e chegou ao centro urbano, provando sua versatilidade como animal de passeio, de trabalho e esporte.
Quem pode participar da final? Animais classificados nas semifinais do ciclo e que tenham obtido no mínimo 18 pontos de média. No ranking, além dos animais habilitados também constarão os reservas (cada classificatória elege reservas, que também devem obter no mínimo 18 pontos). O ciclo 2019 passou por Jesus Maria (Argentina), Esteio/RS (Bocal de Ouro), Montevidéu (Uruguai), Esteio/RS (Aberta), Esteio/RS (Gaúcha), Araranguá/SC (regiões 5 e 7) e Campo Grande/MS (região 8).
A premiação é uma das novidades deste ano. Serão R$200 mil em prêmios, distribuídos entre os oito ganhadores. Campeões macho e fêmea receberão R$ 50 mil cada; segundo lugar de cada naipe, R$ 25 mil cada; os freios de bronze receberão R$ 15 mil cada; e ainda fêmeas e machos Freio de Alpaca receberão R$ 10 mil cada.
Nas fêmeas, quem conquistou o maior índice, 21,331 pontos, foi Jaguel Olímpica da Cabanha Septiembre. Na sequência, até a quinta melhor classificada: Desavença dos Castanheiros, 21,269 pontos, de Miguel e Rodrigo Scarpellini Campos; La Castellana Kaila, 20,782 pontos,de Marcelo Amaral Moraes; Ibérica da Vendramin, 20,523 pontos, de Aldo Vendramin; e Basca Anita-Te, 20,512 pontos, de Mariana Franco Tellechea e Filhos.
O macho melhor classificado para esse ano foi Abraço do Camboim, com 22,182 pontos, de Felipe N.G. Martins/Délcio R. Pereira. Chegam como favoritos também: Jotace Amuleto, 21,775 pontos, de João Juraci Cantarelli; Querendon da Sesenta e Seis, 20,746 pontos, de Valdecir Souza de Lima; Bailongo de Santa Angélica, 20,026 pontos, de Parceria Santa Angélica; e Peñarol da Boa Vista, 19,911 pontos, de Parceria Penarol.
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Colaboração: ABCCC e Canal Rural
Na foto de chamada: Jaguel Olimpica, que se classificou na etapa Gaúcha. Crédito: Fagner Almeida