Desde pequeno ele anda a cavalo e acabou fazendo nome na modalidade pelos melhores rodeios do país
Há quem diga que o Bulldog acabou por não vê-lo mais sendo realizados nas maiores festas do peão no interior de São Paulo. Isso não é verdade, já que o pessoal de Minas Gerais vem segurando as pontas e reerguendo o esporte pouco a pouco. Bem antes de toda essa ‘maré Baixa’, Nivio Alves Daldegan, de Minas Gerais, se destacava.
Aos 36 anos, ele ainda é ativo na modalidade, mesmo que indo há poucas provas, e se juntou aos antigos companheiros e à nova safra de buldogueiros para a retomada da Associação Nacional de Bulldog. Como consequência, o esporte voltou a se fortalecer. Nascido e ainda residente em Divinópolis/MG, um dos poucos rodeios que realiza todas as modalidades, o cavalo vem de berço para ele.
Seus animais estão alojados o rancho da família, o Rancho Daldegan. Nesses anos de estrada Nivio contou sempre com o apoio dos pais Nilton Marcelino Daldegan (In Memorian) e Maria Dionisia Alves Daldegan, 78; dos irmãos Nilton Junior, 56, Nilmar, 46, Mirna, 55, Milene, 53, e Nivaldo Daldegan (45); e da esposa Mariana Pires Coelho Daldegan, 34, e dos filhos Bento, 3, e Mariah, 1.
Divide seu tempo entre o trabalho na empresa da família e os cavalos. Confira nossa conversa com ele!
Como tudo começou?
Nivio: Foi na comunidade rural do Cacôco, em Divinópolis/MG, onde temos o rancho. Eu tinha aproximadamente três anos e montava já nos cavalos de lida. Eu andava com meu pai me puxando.
Lembra quando fez sua primeira prova?
Nivio: Fiz a minha primeira prova de Bulldog em 1997, no cavalo chamado Itu, no rodeio de Divinópolis. Mas a primeira prova que eu competi foi de Seis Balizas, no ano de 1992, no rodeio de Divinópolis também. Era exposição agropecuária esse ano e eu ganhei!
Além de Bulldog e Baliza, já fez outros esportes?
Nivio: Sim. Pratiquei Laço de Bezerro, Três Tambores, Maneabilidade e Team Roping.
Como buscou se aperfeiçoar no Bulldog?
Nivio: Fazendo cursos fora, buscando técnicas diferentes e que mais eu me adaptava. E sempre, até hoje, procuro trocar ideias com todos. Hoje não treino mais no dia a dia, mas sempre que posso vou ao rodeio de Divinópolis e Claudio.
Títulos mais importantes:
Nivio: Alguns rodeios em que fui campeão como Divinópolis quatro vezes, Americana uma vez, Vargem Grande do Sul uma vez, Cajuru quatro vezes, Cláudio três vezes, Pará de Minas uma vez, Itauna uma vez, Arcos uma vez, Carmópolis uma vez, Itapecerica uma vez, e da CNAR.
Qual prova te marcou mais até hoje e porque?
Nivio: Foi o rodeio de Barretos no ano de 2011 em que fiquei em segundo lugar. Mas para mim foi como se fosse o primeiro lugar, pois eu perdi apenas para o americano, Luke Branquinho que estava no Brasil e que hoje é pentacampeão mundial na modalidade.
Tem um cavalo especial da vida?
Nivio: Sim. My Last Boy
A ANB voltou esse ano, Minas é um estado forte hoje no Bulldog, como você vê esse momento da modalidade?
Nivio: Para mim, Minas Gerais sempre foi um estado forte na modalidade. Talvez até o mais forte. Porém está em destaque agora devido a todas as atenções estarem voltadas para cá. O fato de não ter mais a modalidade em São Paulo, fez com que os olhos voltassem para o nosso estado!
Por Luciana Omena
Colaboração: Yasmin Sani
Fotos: Cedidas