A 10ª reunião anual do Consórcio Internacional de Qualidade de EPI visou estabelecer um sistema global único de avaliação e mitigação de riscos químicos no campo. Realizado por Centro de Pesquisa do Instituto Agronômico (IAC-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em Jundiaí (SP), o evento, voltado à segurança no trabalho rural com agroquímicos, reuniu 40 especialistas de 16 países, incluindo como Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Suíça, Quênia, República da Coreia e Uganda. Eles discutiram cenários de exposição a agroquímicos e modelos de comunicação e mitigação de riscos químicos na lavoura.
A reunião organizada pelo Centro Internacional de Qualidade de EPI no Uso de Agroquímicos (ICPPE), durante os três dias, possibilitou aos especialistas abordarem diretrizes para avaliação e mitigação de riscos, especialmente em pequenas propriedades que utilizam pulverizadores manuais costais e semiestacionários. Ocorreram apresentações de especialistas de órgãos oficiais estrangeiros, governos, universidades, centros de pesquisa e empresas como BASF, Bayer e UPL. Também, foi realizada uma demonstração prática do uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) em aplicações de agroquímicos. Os visitantes ainda conheceram o Laboratório de Qualidade de EPI do Quepia e estiveram em campo para treinamento do ‘Aplique Bem’ para conhecer as técnicas utilizadas no Brasil para tratamento fitossanitário da uva, acompanhados por pesquisadores do IAC.
Agroquímicos
À frente dos programas IAC-Quepia, Aplique Bem, Drone SP e Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos, o coordenador do evento, Hamilton Ramos, pesquisador do Centro de Engenharia e Automação (CEA) do IAC, destacou a importância das vestimentas protetivas agrícolas. Ramos, que colabora com o setor empresarial e o Centro de Engenharia, é membro do Comitê da ISO Internacional e atua há quase trinta anos em pesquisa com ênfase em tecnologia e segurança na aplicação de agroquímicos.
Hamilton enfatizou que a reunião avançou para mobilizar esforços de parcerias entre esses países. O foco será construir uma abordagem global estruturada, envolvendo avaliação de riscos, mitigação de riscos, rotulagem de produtos pesticidas, e dar apoio a cada país na oferta de EPI.
Esse cenário compreende uma série de desafios tecnológicos, barreiras culturais e esforços avançados de pesquisas, envolvendo nações com muito ou pouco avanço no cenário agrícola global. “Avançamos no objetivo, porém somente será possível viabilizar efetivamente as principais deliberações da reunião à medida que a indústria global de EPI e a de defensivos agrícolas, as entidades de pesquisa e os governos de diferentes nações auxiliem com investimentos no aprimoramento contínuo da segurança no trabalho rural ligado a agroquímicos”, detalha Hamilton.
Representantes do Quênia reforçaram a visão de Hamilton, ao dizerem que em seu país a população está crescendo, a agricultura avança e a produção de alimentos deverá crescer bastante nos próximos anos. “Usamos os agroquímicos em suporte à melhor produção, mas é necessário que essa prática seja suportada pela sustentabilidade e pela segurança.” Recentemente, eles receberam a primeira certificação de qualidade com base em relatório emitido pelo IAC, para um modelo de vestimenta protetiva ou EPI agrícola.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo
Imagem: Divulgação/Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo
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