Andaluzia – o próprio nome já relaciona a região com cavalos -a raça Andaluz
Lá está Jerez de La Frontera, a ‘Capital do Cavalo da Espanha’, que tem em sua Real Escola Andaluza de Arte Equestre, uma das maiores atrações equestres do mundo. Durante oito séculos, os árabes dominaram a região do sul da Espanha aonde hoje está a Andaluzia. Boa parte das construções dessa época se transformaram em atrações turísticas, e alguns hábitos foram incorporados à cultura andaluza.
A relativamente pequena distância da base de nossa cavalgada estão grandes atrações, além da espetacular cidade de Sevilha, e Jerez de La Frontera – já incluídas em meu roteiro -, fomos conhecer Granada, que tem no Alhambra uma das construções muçulmanas mais impressionantes do mundo. Málaga, terra de Picasso, com um ótimo museu dedicado a ele, é um destino que valeu a pena conhecer.
Também fomos a Tarifa, ponto mais ao sul da Espanha, junto ao Canal de Gibraltar de frente e a somente a 15 quilômetros do Marrocos, no continente africano. A vontade de cruzar o canal foi grande, mas tive que deixar o Marrocos para outra viagem.
No roteiro de nossa cavalgada tivemos trilhas através de floresta, com longas faixas de areia, trilhas no campo ao longo de antigos caminhos tropeiros e cavalgadas na praia que se estendem por vários quilômetros.
No primeiro dia fomos a Vejer de La Frontera, povoado com grande e importante influência da época muçulmana, ruas estreitas, arquitetura árabe e edifícios de um branco imaculado. Vejer foi declarada Monumento Nacional e Conjunto Histórico Artístico da Espanha. De seus monumentos posso destacar o castelo marroquino e a Igreja Gótica, que foi construída sobre uma mesquita.
No segundo dia cavalgada pelas praias Palmar, Bolonia e Caños de Meca, até chegar no famoso farol Trafalgar. Almoço piquenique ao redor do farol e depois cavalgamos pelo Parque Brena até Barbate, de onde voltamos em carro para a Hacienda aonde estávamos hospedados.
No terceiro dia a cavalgada foi dentro de bosques e no campo, com alguns bons galopes. Depois do almoço piquenique no campo, cavalgamos em um campo de touros, participando das atividades de campesinos.
No meio da semana é dia de folga para os cavalos e fomos a Jerez visitar às caves Gonzalez Byass, onde são produzidos os famosos conhaques brandy. Depois fomos assistir ao espetáculo da Real Escola Andaluza de Arte Equestre, maravilhoso!
No último dia de cavalgada partimos de Hinojos pelo entorno do Parque Nacional Doñana para a aldeia de Rocio, um caminho muito bonito através de campo e bosque. Rocío é uma pequena aldeia, de pequenas casas brancas, com muita tradição, que rodeia a Ermida da Virgen del Rocío, onde mora a “Blanca Paloma”, nome que é dado a esta Virgem, que conta com milhares de devotos que semanalmente a vêm venerar.
O Parque Nacional de Doñana é uma das reservas de zonas úmidas mais importantes da Europa e um importante local para as aves migratórias. É uma área imensa de mais de 1.300 quilômetros quadrados. É internacionalmente reconhecido por sua grande riqueza ecológica. Doñana é bem conhecida por sua enorme variedade de espécies de aves, sejam residentes permanentes, visitantes de inverno do Norte e Europa central ou verão visitantes da África.
El Rocío, é famosa por sua romaria anual à Virgem de El Rocío, que se realiza no dia de Pentecostes. Nesse dia chegam à vila milhares de peregrinos vindo de toda a Espanha. Eles percorrem os ancestrais caminhos a pé, a cavalo ou nos tradicionais carros de bois com decorações berrantes.
Por Paulo Junqueira Arantes
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